Clarice homenageada com um doodle , na arte da sua neta Mariana Valente Eu sou fã de Clarice Lispector . Tenho todos os seus livros (exceto os infantis). Foi a autora predileta na época da escola, quem me virou de ponta-cabeça e me mostrou que literatura é arte e é muito bom escrever, a observar e a dissecar o ser humano. É uma frasista memorável, e eu tive a sorte de comprar e ler a sua coleção especial dos 100 anos , lançada pela Rocco em 2020 , belas edições com pedaços dos seus quadros nas capas [paguei com o 1 º cachê que recebi como autor na vida, para marcar que é muito bom ser remunerado pelo trabalho artístico]. Entre 2014 e 2023 , selecionei 408 trechos de 20 livros de Clarice Lispector e publiquei-os por aqui. Abaixo, segue o índice, para celebrar a obra da maga. Clarice eterna! As crônicas “O inalcançável é sempre azul” Leia aqui Os contos “O proibido é sempre o melhor” Leia aqui Os romances “Cada dia é um dia roubado da morte” Leia aqui
Quando vejo a imagem do poeta Ferreira Gullar , só me lembro do meu pai: cara de carranca e cabelos grandes, magro, filopoeta e contestador. São contemporâneos de nascimento, dos longínquos anos 1930 . Nos 80 anos do poeta maranhense, estive presente na mesa-festa dedicada a ele na Flip 2010 e, a poucos metros do futucador nascido Ribamar , mais um Zé desse Brasil surreal, nordestinamente me conecto ao sergipano Ildegardo , que faria 80 no ano seguinte. “ Dentro da noite veloz ” me apresenta o trabalho de Gullar [exigido no colégio], mas é “ Poema sujo ” que me choca e forma o gosto por poemas para muito além da forma e prepotência; é o jorro que importa, os enquadros que fotografam o que todo mundo vê, mas quase ninguém eterniza. Em 2011 , faço um teste: na prateleira de poesia da Cultura , leio um monte de autor, e o único livro que compro, o único que me satisfaz, é “ Em alguma parte alguma ”, o último livro do maranhense, morto em 2016 . No comecinho de 2022 , com as vendinhas p