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Mostrando postagens de 2012

Datas idênticas 2001-2012: Eu Fui!

Onde você estava nas 12 datas idênticas dia-mês-ano deste século? Fucei nos arquivos, apertei a memória, cavuquei adoidado até que consegui lembrar o que eu fiz nessas datas que significam porra nenhuma. Coincidentemente passei todas as datas na minha cidade natal, Salvador, na Bahia. Olha a besteirada: 01/01/01 Segunda, 2001 O milênio começou numa segunda. A única lembrança que tenho é que, dentro do táxi, voltando pra casa do Reveillon na praia da Barra em Salvador-BA, acompanhado pela namorada da época, vi no celular dela, por acaso, o horário das 01h01min do dia 1/1/1. Havíamos brigado na festa, mas o mundo não acabou. 02/02/02 Sábado, 2002 02 de fevereiro, dia de Iemanjá. Mas nessa época eu ainda não frequentava a melhor festa do verão baiano. Dois dias depois do 1ª show da banda The Orange Poem (no extinto bar Café Cultura, no Rio Vermelho, na quinta 31/01), o dia em Salvador-BA foi dedicado a analisar a banda/show e os próximos passos, com direito a intensa psico

Pedra só, de José Inácio Vieira de Melo

José Inácio Vieira de Melo Foto: Ricardo Prado | Arte: Mirdad Pedra só é o sétimo e mais novo livro do poeta alagobaiano José Inácio Vieira de Melo , lançado este ano pela editora Escrituras. Não é o meu predileto (que são A terceira romaria e A infância do centauro – veja a Pílulas deste livro aqui ), mas é um excelente livro, com destaque para a entrevista que o jornalista Gabriel Gomes fez com o poeta no Posfácio da obra, e para os poemas pilulados a seguir: "para o voo ser só voo e asas, é preciso que o baú sinta a fome dos cupins e traças. A arte da pedra é ser o silêncio que cresce. E o que toda a gente quer é sombra e rede e água. Mas o tamanho da sede é de acordo com o merecimento. E o que mais se vê pelo mundo é gente engolindo gente O desejo cego dos homens habita suas cabeleiras: saltar para o amplo vazio dos elementos e ver na soleira da arte o assombro e a magia." "apesar da cara de totem, ela era mesmo um mantra."

Resenha do novo CD de Tiganá Santana

Show de lançamento do novo CD de Tiganá Santana na Suécia (foto: Iñaki Marconi) " The Invention of Colour " é o novo CD de Tiganá Santana , que será lançado em breve no Brasil. Confira a crítica do sueco Peter Sjöblom para o site Tidningen Kulturen (original aqui ), traduzida por Sebastian Notini : Talvez "The Invention of Colour" seja o disco mais contraditório do ano, tanto em termos de design e conotações culturais. Primeiro o disco vem, com um título forte colorido, com uma capa de cor modesta. Segundo, ele é feito por um brasileiro, então seria fácil a associação de percussão e dança exuberante, mas o cantor/compositor Tiganá Santana é praticamente o oposto disso. Críticos têm o hábito de o tempo todo traçar paralelos com Nick Drake ao escrever sobre qualquer artista que faz música melancólica e que também é guitarrista original e talentoso, mas no caso de Santana, na verdade é a comparação mais adequada. Até mesmo a voz velada de Santana tem traços

Vamos ouvir o 1º CD da Ana Gilli

Ana Gilli - Sabe Qual? Não consegue visualizar o player? Ouça aqui Sabe aquela cantora, a atriz Ana Gilli? Ela mesma, tá lançando seu 1º CD! Sabe qual? “Sabe Qual?” é o álbum de estreia da cantora e atriz paulista Ana Gilli. Premiado pelo Edital de Gravação de Primeiro Disco do PROAC da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, traz nove faixas em que a interpretação peculiar da cantora fica em evidência: uma voz suave, delicada, repleta de recursos cênicos que dialogam com a essência das melodias, soando natural e com grande sensibilidade. Atriz formada pela EAD-USP, graduada também em canto popular e em comunicação, o que Ana Gilli quer é dialogar com o seu público, marca singular de seus shows. Inspirada nas grandes intérpretes da música global, deixa de lado o aspecto autoral, tão em evidência nesses tempos, pra poder trazer de volta o foco na interpretação, nas minúcias do canto, pra poder comunicar melhor às pessoas o que as belas composições mais buscam: emo

Julio Cortázar, preciso.

Julio Cortázar, interferido por Mirdad "Acho ridículo que um romancista tenha úlcera no estômago porque seus livros não são suficientemente famosos e organize minunciosas políticas de autopromoção para que os editores ou a crítica não o esqueçam; diante do que nos mostra a primeira página dos jornais quando acordamos diariamente, não será grotesco imaginar esses esperneios espamódicos visando a uma "duração" cada vez mais improvável frente a uma história em que os gostos e suas formas de expressão terão mudado vertiginosamente em pouco tempo?" "Quando a Life me pergunta o que penso do futuro do romance, respondo que não dou a mínima; só o que importa é o futuro do homem." "O futuro dos meus livros ou dos livros alheios me é absolutamente indiferente; esse entesouramento tão ansioso me faz pensar nesses doidos que guardam suas aparas de unhas ou de cabelo; no terreno da literatura também é preciso acabar com o sentimento de propriedade privada

80 anos de Ildegardo Rosa: a despedida e o poema

Ildegardo Rosa, meu pai, o Mestre Dedé Vinte e dois de outubro, 1 ano atrás. A minha família pode ter a benção de estar presente no dia mais feliz da vida do meu pai, Ildegardo Rosa , o Mestre Dedé, no Rio de Janeiro. Nesta data, 1 ano atrás, ele fez 80 anos portando uma coroa de pelúcia que eu mesmo coroei na sua vasta cabeça de sergipano. E, no melhor estilo desprendido, quase livre da Matrix e da pedra que nos prega ao chão, vivenciou o "que rei sou eu?" e fez diversas palhaçadas, contando piadas e causos, dançando, vibrando, e recitando o poema "80 anos" que lhe pedi que fizesse (na sua obra, ele fez o poema dos 30 e dos 60, e concordou que chegar aos 90 seria quase impossível – premonição) semanas antes da comemoração maravilhosa. Menos de dois meses depois, a pedra virou vento e ele partiu da matéria. Os seus 80 anos , na verdade, foi uma inesquecível despedida. Parabéns, meu pai, felicidades e muito amor! – porque é difícil perder um hábito tão de

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Tony Stark, o Homem de Ferro, por Paolo Rivera Em 2011 , publiquei uma foto em que me simulava como um T-100 , com a seguinte descrição: "Cada vez mais máquina". Era o "ano 1" da Putzgrillo Cultura , em que estávamos colocando o portfólio no mercado para valer, e o volume de trabalho com a Flica estava enorme, quase beirando o insuportável. Não tinha tempo para me dedicar a nada que não fosse ao trabalho. Além disso, estava mais ateu que nunca, e o amor inclusive tinha sido relegado às vagas confortáveis do descartável. Vivenciava o "Octopus Way of Life", mas o norte era o extermínio das tarefas, implacável. Máquina, mesmo. O final da jornada de 2011 levou-me a pessoa mais importante da minha vida, um dos preciosos que me gerou, e que foi responsável também pela minha inclusão na matéria após uma eternidade de incompreensão. E, devido a esse fato irremediável, implodiu a pane no HD da "Máquina Mirdad". Meu pai, sábio, elevado, já na fas

Musiquinha (Mirdad — Banzo)

Musiquinha (Emmanuel Mirdad) Vai, segue o teu caminho sem mim Vou ficar melhor sozinho Cansei das tuas paranoias Eu só quero ser feliz aqui e agora Ontem é hoje Amanhã é hoje Tudo o que nos forma é hoje E hoje você não faz mais parte de mim Acabou, é o fim Sai, dessa redoma psicótica O que passou não tem mais volta A vida segue firme lá fora E você sabe que o “pra sempre” é sempre agora Ontem é hoje Amanhã é hoje Tudo o que nos forma é hoje E hoje você não faz mais parte de mim Acabou, é o fim (06/11/2011)

Curador da Flica 2012!!!

Meu primeiro trabalho como curador foi com o Prêmio Bahia de Todos os Rocks . Depois de duas edições do Prêmio BTR, fui curador do Festival Brainstorm e do Música no Cinema , e participei da curadoria do Santo Antônio Jazz Festival e Recôncavo Jazz Festival . Ano passado, junto com Alan Lobo , fiz a co-curadoria da Flica , auxiliando o curador Aurélio Schommer , sugerindo mesas com os escritores Ronaldo Correia de Brito e Reinaldo Moraes , e a mesa de poesia com José Inácio Vieira de Melo . Agora, tenho a honra e a grande oportunidade de participar da curadoria da Flica 2012 , a minha primeira na área literária, junto aos parceiros citados acima. Espero ter contribuído para o conteúdo do evento, e que a carreira de curador, que é uma das que mais aprecio, possa se desenvolver ainda mais!

Bloguijabá: Flica 2012

LINDO

Os malinenses  Mangala Camara  (voz) e Toumani Diabaté  (kora) interpretam a canção " Mali Sadio ", no clipe de Sophie Comtet Kouyaté (2002).

Machado de Assis — Seleção de contos para Cinema

Machado de Assis interferido por Mirdad Ontem passei 9h30 analisando alguns contos de Machado de Assis , o mestre. Cheguei à seguinte lista abaixo (em ordem da minha preferência), com pequeninos resumos básicos que fiz, para servir de estímulo para quem sabe adaptá-los em uma oportunidade futura, quando meu projeto pessoal de migrar ao Cinema estiver concluído. Recomendo aos roteiristas revistar Machado de Assis , cujos contos abaixo são imortais e atemporais. 01) A segunda vida Diálogo entre um Monsenhor e um desconhecido, que passa a contar a sua inacreditável história. O eclesiástico considera-o um louco, e manda chamar a polícia. Só que, enquanto essa não chega, o desconhecido conta a sua história: “Como ia dizendo a Vossa Reverendíssima, morri no dia vinte de março de 1860, às cinco horas e...”.  Contou a sua experiência do outro lado, até que “convidaram-me a tornar à terra para cumprir uma vida nova”, por ser a milésima alma a chegar por lá naquele ci

Vamos ouvir o novo CD da Tulipa Ruiz

Tudo Tanto (2012) - Tulipa Ruiz Não consegue visualizar o player? Ouça aqui Release pelo blog Eu Ovo : " O segundo disco de Tulipa Ruiz vazou pelas mãos da própria artista. ‘Tudo Tanto’ segue a mesma linha de ‘Efêmera’ e ainda consegue ser melhor que o antecessor. Com produção do irmão, Gustavo Ruiz, Tulipa mostra belas composições, recheadas de concretismo pop-art. O álbum abre com ‘É’, para deixar bem claro a que veio Tulipa com essa obra. “Pode ser e é”, enfatiza ela. ‘Ok’ é uma daquelas baladinhas que enaltecem as características vocais da cantora, e convenhamos, tem a cara da Tulipa. ‘Quando eu achar’ é quase um reggae-slow-ska que encerra com aliterações onomatopéicas. ‘Like this’ tem Daniel Ganjaman nos sintetizadores e a cantora divide a marcação vocalize com a guitarra sempre eficiente do pai Luiz Chagas. Uma bossa nova surgiu em ‘Desinibida’, com uma guitarrinha lap steel de Kassin, e um piano rhodes de Donatinho, que também aparecem em ‘Script’, além

A genialidade da ironia

Pescado do Facebook, autoria desconhecida.

Resultado dos editais Secult 2012

Saiu no Diário Oficial de hoje, 20 de julho de 2012, na edição de número 20.903, a lista com os projetos pré-selecionados e não selecionados dos seguintes editais: Setoriais de Literatura, Música, Artes Visuais, Circo, Dança e Teatro, Economia Criativa, Projetos Estratégicos em Cultura, Culturas Digitais, Formação e Qualificação em Cultura, Culturas Populares e Culturas Identitárias. O link para ver a lista completa está aqui , a partir da página 27 .(desde que esteja selecionada a edição do dia 20 de julho de 2012, número 20.903). Seguem abaixo as listas dos projetos Pré-selecionados nos editais de Literatura e Música: Portaria nº 198 de 19 de julho de 2012 Torna pública a lista de propostas pré-selecionadas no Edital 15/2012 – Setorial de Literatura 1            KARINA RABINOVITZ             O LIVRO DE ÁGUA 2          FREDERICO JOSÉ DE SOUZA CASTRO             KITANDA DO BEM DIZER 3          Flávia Bomfim Hasselman             Primeiro Festival de Liter