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Mostrando postagens de junho, 2014

Composições de Emmanuel Mirdad: Lost Mails

Psicodelia progressiva da Orange Poem , uma bela canção bem ambientada por efeitos de guitarra (lembram desde arranjo oriental a um cello suave e harmônico) e uma interpretação fluida nos momentos suaves e forte/rasgada nos momentos altos da cantora Nancy Viégas  (atual Radiola e ex-Crac! e Nancyta e os Grazzers). Os versos tratam de algumas automações de uma vida moderna, de correspondências perdidas, poesias ao redor e referências artísticas como Salvador Dalí e Clarice Lispector . Ouça no YouTube aqui Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube Music aqui Ouça no Soundcloud aqui Ouça no Deezer aqui Ouça na Apple Music aqui Lost Mails (Emmanuel Mirdad) BR-N1I-14-00009 Waking up and think of nothing There’s a lot to loose all day Thank like a robot, agree with the ruling program I acknowledge the frailty, my usual automatic The best creation of his domain All the air which inhabits me and runs away smells like nausea They’re the flowers along the path dissolving

O reacionário — Memórias e confissões, de Nelson Rodrigues

Nelson Gonçalves Foto: Divulgação | Arte: Mirdad Descrição extraída do site da Livraria Travessa : "Seguindo a mesma linha temática confessional de 'A cabra vadia' e 'O óbvio ululante', esta é uma coletânea das crônicas de Nelson Rodrigues, o maior dramaturgo brasileiro, publicadas na coluna 'Confissões', do jornal O Globo, e também na coluna 'Memórias', do Correio da Manhã, durante o período de 1969 a 1974" Parte I Leia aqui "Assim é o brasileiro: – um sujeito atormentado por culpas imaginárias" ----------- Parte II Leia aqui "O brasileiro tem por hábito cochichar o elogio e berrar o insulto" ----------- Parte III Leia aqui "O Brasil é muito impopular no Brasil" ----------- Parte IV Leia aqui "O entendido só não se torna abominável porque o ridículo o salva"

O reacionário — Memórias e confissões, de Nelson Rodrigues — Parte 04

Nelson Gonçalves Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "O entendido só não se torna abominável porque o ridículo o salva" "Um analista não se espanta. Se lhe cair uma bomba atômica na cabeça, dirá, com a maior naturalidade e sem ponto de exclamação: '– Morri.'" "Não há idiota que, aqui ou em qualquer idioma, não explique com a sociedade de consumo todos os mistérios do céu e da terra" "Um gênio não move uma palha, não ameaça, nem influi. Ninguém morre por um gênio, ninguém mata por um gênio (...) Um gênio não convence ninguém, o idiota sim. Ponham um pateta na esquina e deem o caixote ao pateta. Ele trepa no caixote e fala. Imediatamente, outros idiotas vão brotar do asfalto, dos ralos e dos botecos (...) o idiota é uma 'força da natureza'. Ele chove, relampeja, venta e troveja" "Suporta-se com muito desprazer a glória alheia e, sobretudo, a glória de quem tem metade da vida pela frente" "Todas as d

O reacionário — Memórias e confissões, de Nelson Rodrigues — Parte 03

Nelson Gonçalves Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "O homem só começa a ser homem depois dos instintos e contra os instintos" "O co-piloto do avião conseguira sobreviver ao choque. Muito ferido, porém, pediu que o matassem com o seu próprio revólver. Diz a notícia, de maneira sucinta, impessoal, inapelável: – O que foi feito. Se as palavras têm um valor preciso, temos aí um assassinato. E não foi só. Os outros sobreviventes não só mataram como ainda o comeram. E mais: – resgatados, os antropófagos voltaram de avião para sua terra. No meio da viagem, um patrulheiro descobre em pleno voo que os sobreviventes ainda levavam carne humana. No seu espanto, perguntou: – 'Por que vocês trazem isso?' Explicaram: – na hipótese de que faltasse comida no avião, eles teriam com que se alimentar" "Todos comeram carne humana? (...) houve um, entre tantos, entre todos, que disse: – 'Eu não faço isso! Prefiro morrer, mas não faço isso!' E não fez. Os

Vamos ouvir: De lá não ando só, do Transmissor

De lá não ando só (2014) - Transmissor Não consegue visualizar o player? Ouça aqui Site do Transmissor aqui

O reacionário — Memórias e confissões, de Nelson Rodrigues — Parte 02

Nelson Gonçalves Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "O brasileiro tem por hábito cochichar o elogio e berrar o insulto" "Devo confessar o meu horror aos intelectuais, ou melhor dizendo, a quase todos os intelectuais (...) a maioria não justifica maiores ilusões (...) A inteligência pode ser acusada de tudo, menos de santa. Tenho observado, ao longo de minha vida, que o intelectual está sempre a um milímetro do cinismo (...) e, eu acrescentaria, do ridículo" "Duas ou três vezes por semana, digo eu o seguinte: – 'Nada mais invisível do que o óbvio ululante.' E vejam vocês: – apesar da repetição deslavada, a frase tem, sempre, um ar de novidade total. O leitor ainda não desconfiou que eu já escrevi isso mil e uma vezes, sem lhe tirar e sem lhe acrescentar uma vírgula. E sempre vem alguém me bater nas costas: – 'Boa, aquela de óbvio! Ótima!' Fico eu a imaginar que ninguém lê nada ou não se lembra do que leu" "Bem sei que cert

Livro Nostalgia da lama (2014), de Emmanuel Mirdad

Nostalgia da lama (Cousa, 2014) ISBN: 978-85-63746-43-6 100 poemas | 152 pg | Capa dura Capa de Nelson Magalhães Filho Prefácio de André Setaro Posfácio de Ildegardo Rosa Nostalgia da lama contém 100 poemas e traz acidez, frustração, angústia, paixão e espetos de um feroz nômade contemporâneo, ilustrado pela bela pintura " Série Nus " de Nelson Magalhães Filho , com prefácio do professor e crítico André Setaro e posfácio do poeta e filósofo Ildegardo Rosa , pai do autor, falecido em 2011. Estreando em livro de poemas, embora os escreva desde 1996, o poeta laranja apresenta suas farpas psicodélicas em uma jornada sobre o cotidiano e o tênue disfarce ilusório que nos habituamos a amar e a chamar de realidade. “São uns poemas crônicos, meus enquadros de fatos, ferinos ou micropatéticos, transitando na superfície ácida dos encontros e desencontros das relações humanas”, sintetiza Mirdad . Matéria no programa de TV Mosaico aqui Matéria no jornal

Composições de Emmanuel Mirdad: Shining [com Artur Paranhos, Marcus Zanom, Hosano Lima Jr. e Fábio Vilas-Boas]

Primeira composição em conjunto da Orange Poem (autoria: Emmanuel Mirdad , Artur Paranhos , Marcus Zanom , Hosano Lima Jr. e Fábio Vilas-Boas ), traz uma sonoridade diferente de groove rock, mas com solos diversos, do nervoso ao suingue, do blues-rock ao sintetizador psicodélico, intercalando com o groove pesado do baixo e muita plasticidade e rítmica nas interpretações vocais. O poema traz aquele ocasional "às vezes eu me sinto" que sempre nos interfere e provoca sérias reflexões internas. Terceira canção do EP Wide , lançado em junho de 2014 (e está presente no álbum Orange Poem , disponibilizado nas plataformas digitais em 2021), traz a voz suingada da múltipla Nancy Viégas (atual Radiola e ex-Crac! e Nancyta e os Grazzers). Ouça no YouTube aqui Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube Music aqui Ouça no Soundcloud aqui Ouça no Deezer aqui Ouça na Apple Music aqui Shining (Emmanuel Mirdad / Artur Paranhos / Marcus Zanom / Hosano Lima Jr. / Fábio Vilas-