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Mostrando postagens de outubro, 2022

Os 50 melhores poemas de Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (foto: Evandro Teixeira ) Hoje, 31 de outubro , a civilização comemora os 120 anos do mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), o maior poeta da literatura brasileira. Em 2022 , li 23 livros de poesia do mestre, e para comemorar o Dia D, organizei “ Por que morrer, se amamos? ”, uma antologia com os 50 melhores poemas de Drummond , baseada apenas no meu gosto de leitor-fã [se eu tivesse uma editora e os direitos contratados, publicaria o livro]. Segue abaixo, boa leitura, e viva Drummond , eterno! -------- Amar Carlos Drummond de Andrade Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar? amar e esquecer, amar e malamar, amar, desamar, amar? sempre, e até de olhos vidrados, amar? Que pode, pergunto, o ser amoroso, sozinho, em rotação universal, senão rodar também, e amar? amar o que o mar traz à praia, o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha, é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia? Amar solenemente as palmas do deserto, o que é entrega ou

Clipe “My Agony” — Jahgun

Um sentimento de inadequação, de não pertencer a nenhum lugar, de não se encaixar em nenhuma panelinha, e a vontade de viajar sem rumo, para longe das mentiras das redes sociais, é desejo de “ My Agony ”, o novo single do álbum “ Silent Dreams ”, do cantor Jahgun , reggae star de Los Angeles. É um roots reggae ao estilo Bob Marley & The Wailers, com backing vocal feminino, batera one drop, escaleta & teclas, e Jahgun com sua voz cristalina, gruvada, cheia de sentimento e emoção, faz de “ My Agony ” um clamor contra as mentiras de uma sociedade consumida pela positividade tóxica. “ My Agony ” foi gravada na Bahia e em Los Angeles, produzida por Emmanuel Mirdad (que também é o compositor da música) e Átila Santana (multi-instrumentista que toca as guitarras e teclas da faixa), e conta com a participação especial da lenda-viva do reggae Fully Fullwood , jamaicano do Soul Syndicate, no baixo, e a enciclopédia do reggae Iuri Carvalho na bateria, e a cantora Zanah no backing voc

Dez passagens de Clarice Lispector na novela A hora da estrela

“(...) vivemos exclusivamente no presente pois sempre e eternamente é o dia de hoje e o dia de amanhã será um hoje, a eternidade é o estado das coisas neste momento.” “Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite. Embora não aguente bem ouvir um assovio no escuro, e passos. Escuridão? Lembro-me de uma namorada: era moça-mulher e que escuridão dentro de seu corpo. Nunca a esqueci: jamais se esquece a pessoa com quem se dormiu. O acontecimento fica tatuado em marca de fogo na carne viva e todos os que percebem o estigma fogem com horror.”           “— Por que é que você me pede tanta aspirina? Não estou reclamando, embora isso custe dinheiro.           — É para eu não me doer.           — Como é que é? Hein? Você se dói?           — Eu me doo o tempo todo.           — Aonde?           — Dentro, não sei explicar.” “Domingo ela acordava mais cedo para ficar mais tempo sem fazer nada. (...)

Discografia Emmanuel Mirdad: Single “My Agony” (2022) — Jahgun

Um sentimento de inadequação, de não pertencer a nenhum lugar, de não se encaixar em nenhuma panelinha, e a vontade de viajar sem rumo, para longe das mentiras das redes sociais, é desejo de “ My Agony ”, o novo single do álbum “ Silent Dreams ”, do cantor Jahgun , reggae star de Los Angeles. É um roots reggae ao estilo Bob Marley & The Wailers, com backing vocal feminino, batera one drop, escaleta & teclas, e Jahgun com sua voz cristalina, gruvada, cheia de sentimento e emoção, faz de “ My Agony ” um clamor contra as mentiras de uma sociedade consumida pela positividade tóxica. “ My Agony ” foi gravada na Bahia e em Los Angeles, produzida por Emmanuel Mirdad (que também é o compositor da música) e Átila Santana (multi-instrumentista que toca as guitarras e teclas da faixa), e conta com a participação especial da lenda-viva do reggae Fully Fullwood , jamaicano do Soul Syndicate, no baixo, e a enciclopédia do reggae Iuri Carvalho na bateria, e a cantora Zanah no backing voc