Joan Didion (foto: John Bryson) “Eu por acaso me sinto à vontade com (...) aqueles que vivem mais fora do que dentro, que são dotados de um sentimento de pavor tão agudo que se voltam para compromissos radicais e condenados. Eu mesma sei algo sobre o pavor, e aprecio os sistemas elaborados com que algumas pessoas conseguem preencher o vazio; aprecio todos os opiáceos que as pessoas usam, sejam eles de fácil acesso, como o álcool, a heroína e a promiscuidade, ou difíceis de encontrar, como a fé em Deus ou na História.” “Tudo volta. Talvez seja difícil enxergar o valor de lembrar-se de si nesse estado de ânimo, mas eu enxergo. Acho que é aconselhável continuarmos aceitando as pessoas que um dia fomos, quer as consideremos companhias atraentes, quer não. Caso contrário, elas vão aparecer sem avisar e vão nos pegar de surpresa, batendo sem parar na porta da mente às quatro da manhã de uma noite maldormida, e exigindo saber quem as abandonou, quem as traiu, quem vai fazer as pazes. Nos esqu
O lampião e a peneira do mestiço