Rita Lee (foto: Guilherme Samora) “Algo me diz que tenho escrito muito sobre morte. Aliás, por que há tanta gente que até se benze quando tocamos no assunto? A morte é a única verdade, e cada dia a mais vivido é um dia a menos que se vive. Pra quê fazer tanta cara de enterro quando deveríamos tratar dela com humor? Desta vida não escaparemos com vida.” “(...) pedi para que ele me desse morfina e acabasse logo com aquela balela de tratamento para curar uma doença que eu sabia ser incurável. Disse a ele que minha vida tinha sido maravilhosa, e que por mim tomava o ‘chazinho da meia-noite’ para ir desta para melhor. Que me deixassem fazer uma passagem digna, sem dor, rápida e consciente: queria estar atenta para logo recomeçar meu caminho em outra dimensão. Sou totalmente favorável à eutanásia. Morrer com dignidade é preciso.” “(...) sou a artista brasileira campeã de músicas censuradas na época da ditadura. Eu crente que fosse Chico Buarque. Para os milicos, eu era uma persona non grata
O lampião e a peneira do mestiço