Legião Urbana No dia 11 de outubro de 1996, Renato Russo morreu por complicações da AIDS. Enquanto milhares de fãs sofriam pelo país inteiro, um giz estalou bem no meio da minha testa ( sala vazia, costumava ficar sozinho num cant o, rabiscando proto-poemas ou olhando o mar da Pituba, ao longe, nos intervalos das aulas ). Um tal de Marquinhos, colega de todo médio PhD, aproveitando a sala vazia, fez-me de alvo, o que era normal. Aproveitou para comentar a notícia do dia, lançou mais alguns e foi embora, perturbar outro Zé Mané qualquer. Lembro que fiquei um pouco surpreso; morte de famosos sempre nos provoca aquela pausa: “pô, fulano de tal, rapaz, que merda...”, mas de volta ao silêncio dos esquisitos, recordei da canção Vento no Litoral , tocando na Globo FM, e uma certa tristeza me afligiu. Desenvolvi: “É, como ele morreu, vão tirar seus discos de mercado, e eu não tenho nenhum... Putz, preciso comprá-los!!!”. Pronto. Ilogicamente, endossei as grossas estatísticas das vendas