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Mostrando postagens de janeiro, 2014

Breve espaço, de Cristovão Tezza

Cristovão Tezza Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "A maior liberdade possível é a capacidade de solidão" "Que direito tenho eu de mexer naquele escritor que não existe mais? Ao modificar um texto escrito nos anos 1990, não estou refazendo meu passado para torná-lo mais palatável? Não estaria apagando pistas para simular que o autor era alguém melhor do que realmente foi? Nestes tempos performáticos, não seria mais autêntico (eis a palavra arrogante) deixar o livro exatamente como nasceu? Não sei" "O desejo é a única máquina de produção da arte e é também a sua angústia. Ninguém pede para você pintar, como ninguém pede que você escreva; o mundo quer é advogados, médicos, engenheiros, porteiros, empregadas domésticas, encanadores. Na esmagadora maioria das vezes um eletricista é mais útil que Shakespeare" "Só a obra tem importância para o artista verdadeiro. As pessoas têm amigos enquanto são pessoas, comem, correm, pagam contas, têm viz

Mar de Azov, de Hélio Pólvora

Hélio Pólvora Foto: Vinícius Xavier | Arte: Mirdad "— O que é ser homem, pai? O pai pensa. — Ser homem é assumir a realidade" "O mar é um animal gigantesco que arqueia o dorso, rouqueja e bufa, rosna e geme ao seu lado, a seus pés. As ondas erguem-se a poucos metros em forma de vagas, cavalgadas por manchas de espuma que não tardam a quebrar — e ele tem a impressão de correr à beira de um túmulo líquido que poderá levantar-se de repente em forma de muralha e sepultá-lo" "Juntem o povo em praça pública e ele gritará qualquer coisa, contra ou a favor, não importa o quê, não importa contra quem. Basta que alguém disfarçado na multidão lance o primeiro brado" "Uma plantação de cacau é catedralesca. A nave sobe e desce outeiros, arrasta-se para o espinhaço de serras, atira-se na vertigem dos tombadores e grotas, pode deter-se à beira de um capinzal, à margem de um rio ou lagoa, em fimbria de mata ou capoeira, em baixios pantanosos ou em

Vamos ouvir: Acústico, do Clube de Patifes

Acústico (2013) - Clube de Patifes Acústico Clube de Patifes by Clube de patifes Não consegue visualizar o player? Ouça aqui Release disponível no Facebook da banda: " O “Clube de Patifes” foi fundado em 1998, quando um grupo de estudantes da Universidade Estadual de Feira de Santana, entusiastas da cultura, em suas reuniões, começaram a compor músicas. O tema que mais fascinava a todos logo despontou: a noite e seus personagens. A sonoridade ideal, a qual casaria perfeitamente com essa temática: o blues em todas as suas variantes, mas estas influências não foram definidoras da musicalidade e sim, da plasticidade do grupo. Alguns anos depois, em 2001, lançaram pelo selo Covil Independente, seu primeiro disco, intitulado “Do Palco ao Balcão”. Logo se destacaram as músicas “Noite em Claro” e “Sol no Topo”, bastante pedidas nos shows da banda. O álbum representou uma grande conquista para os músicos, por se tratar de uma banda de independente nascida no interior da

Discografia Emmanuel Mirdad: Ground (2014), da Orange Poem

Blues psicodélico rock progressivo, três composições de Emmanuel Mirdad com o vocal do cantor e compositor baiano  Glauber Guimarães (ex-Dead Billies e atual Teclas Pretas e Glauberovsky Orchestra ). Ouça no Spotify aqui Ouça no Youtube  aqui Ouça no Soundcloud  aqui Download aqui Release aqui Ficha técnica 01) Last Fly       BR-N1I-14-00002 02) Rain       BR-N1I-14-00003 03) Farewell Song       BR-N1I-14-00004 Composto e produzido por Emmanuel Mirdad Glauber Guimarães: voz Mirdad: violão 12 cordas Zanom: guitarra Saint: guitarra Hosano Lima Jr.: bateria Artur Paranhos: baixo Participações especiais: Tadeu Mascarenhas: piano e sintetizador Rajasí Vasconcelos: risadas em "Last Fly" Gabriel Franco: grito final em "Rain" Gravação, mixagem e masterização: Tadeu Mascarenhas (Estúdio Casa das Máquinas) Arte do EP: Glauber Guimarães | Foto: Rafael Rodrigues Contracapa Encarte

Vamos ouvir: Mestiça, de Jurema Paes

Mestiça (2014) - Jurema Não consegue visualizar o player? Ouça aqui Release disponível no site da cantora: " Mestiça "O termo mestiço aqui não remete a cor, mas a modos de estruturação barroco-mestiços que acarretaram, pela confluência de materiais em mosaico, bordado e labirinto, outros métodos e modos de organização do pensamento. Tais modos não binários desconhecem o dilema entre identidade e oposição: a mestiçagem se constitui como uma trama relacional, conectiva, cujos componentes não remontam saudosa e solitariamente a instâncias aurorais perdidas, mas sim festejam o gozo sintático dessa tensão relacional que se mantém como ligação móvel em suspensão." (PINHEIRO, Amálio. América Latina. Barroco, Cidade, Jornal. São Paulo: Intermeios, 2013, p. 94) O Disco Mestiça foi produzido por Marcos Vaz e Co-produzido por Cássio Calazans, tem arranjos dos produtores citados e de Leitieres Leite, Lena Bahule e Léo Caribé Mendes. Tem participações espe

Orange Poem lança EP Ground

Link direto aqui Download direto aqui Release aqui

Orange Poem no jornal A Tarde

O lançamento do EP Ground será amanhã, quarta 15/01, aqui

Composições de Emmanuel Mirdad: Um Recadinho

Canção progressiva, com três ambientes: jazz, bossa nova & gafieira e clímax no rock MPB, marcados pelos solos de trompete com surdina, trombone e sax. A letra é uma declaração de amor contra o ciúme, pois “eu sou seu e de mais ninguém”. Registrada pela banda bolo doido Pedradura no álbum " Universo Telecoteco " de 2008, e está presente no álbum " la sangre ", disponibilizado nas plataformas digitais em 2021. Ouça no YouTube aqui Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube Music aqui Ouça no SoundCloud aqui Ouça no Deezer aqui Ouça na Apple Music aqui Um Recadinho (Emmanuel Mirdad) BR-N1I-08-00009 Por que você não vem, meu bem? Não há o que temer, se eu só tenho Motivos pra dizer qu’eu não vivo sem você Por mais qu’eu afirme que “eu te amo” Você sempre cria um jeito de questionar Não percebe que precisa aprender a confiar em mim Meu amor, peço que não duvide mais deste Homem que me tornei, exclusivamente pra você se esbaldar... Eu sou seu e

Origem do nome Nostalgia da lama

Nostalgia da lama no traço do seu autor 2014 será um ano de lançamentos para mim. O primeiro a ser desengavetado é o livro de poemas Nostalgia da lama , com 100 poemas , as minhas farpas psicodélicas em uma jornada sobre o cotidiano e o tênue disfarce ilusório que nos habituamos a amar e a chamar de realidade. Mas e esse título? O poeta e dramaturgo francês Émile Augier (1820-1889) [acima na foto de Antoine Samuel Adam-Salomon ] apresentou a expressão nostalgie de la boue  ( nostalgia da lama em francês) na sua peça  Le Mariage d'Olympe  (1855),   no final da cena I do primeiro ato. O personagem principal, o Marquês de Puygiron, fala algo do tipo "coloque um pato num lago de cisnes que ele vai se arrepender e eventualmente irá retornar", e o personagem Montrichard responde: " La nostalgie de la boue! ", ou seja, a nostalgia da lama . Veja abaixo a reprodução do texto: A peça foi traduzida para o português e o mestre Machado de Ass

A volta da Orange Poem

The Orange Poem está de volta e lança EP Ground com Glauber Guimarães no vocal O som psicodélico progressivo do poema laranja está de volta, após um hiato de cabalísticos sete anos. O produtor Emmanuel Mirdad , compositor das músicas do grupo, remexeu o baú das canções laranjas e prepara uma série de lançamentos em 2014. O primeiro chama-se Ground , que será lançado na próxima quarta 15/01 aqui: www.soundcloud.com/theorangepoem . É um EP com três músicas ( Last Fly , Rain e Farewell Song ), que foram gravadas entre 2005 e 2006, e estavam engavetadas desde o fim da banda. “Lançaremos ao longo de 2014 três EPs virtuais, preparando o terreno para no final do ano lançar um álbum físico completo”, informa o produtor. Agora, as músicas ganharam uma nova mixagem e a ilustre presença da voz do cantor e compositor baiano Glauber Guimarães (ex-Dead Billies e atual Teclas Pretas e Glauberovsky Orchestra) no vocal, substituindo Mirdad , que não canta mais na banda. Tadeu Mascarenhas g

Revisando 2013

Emmanuel Mirdad - Foto: Leo Monteiro 2013 foi o ano dos negócios. Logo no seu começo, arrumei a minha saída da empresa Putzgrillo Cultura , em que atuei no mercado baiano de 2008 a 2012 ao lado do produtor e empresário  Marcus Ferreira . Foi uma separação planejada, tudo tranquilo e justo, na maior cordialidade, divulgado na imprensa pelo iBahia (veja aqui ). Em janeiro mesmo dei início ao processo de colocar na rua a Mirdad Cultura (chamada de Mirdad – Gestão em Cultura até dezembro), e em fevereiro, acordei com a produtora  Edmilia Barros , a melhor profissional que tinha trabalhado até então, revelação da Flica 2012 , para ser a minha sócia nessa nova empreitada na área cultural. Depois de ter feito vários projetos na área musical, percebi que o único projeto que rendeu um retorno interessante, com sustentabilidade e potencial de crescimento foi a Flica . Então, resolvi investir no segmento de festas literárias, aproveitando o know-how e mercado para isto, e partimos pa