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Mostrando postagens de junho, 2024

Quinze passagens do romance Paraíso, de Abdulrazak Gurnah

Abdulrazak Gurnah (foto: Joel Saget - AFP/Getty Images) “Aonde quer que fossem agora, eles descobriam que os europeus tinham chegado antes e instalado soldados e oficiais que diziam ter vindo para salvar aquelas pessoas de seus inimigos, que só queriam escravizá-las. Falavam como se ninguém soubesse o que era comércio antes deles. Os mercadores falavam dos europeus com espanto, admirados com a ferocidade e crueldade deles. Levam as melhores terras sem pagar nem uma miçanga, forçam as pessoas a trabalhar para eles usando alguma manobra enganosa, comem de tudo, mesmo que seja duro ou esteja podre. O apetite deles não tem limite nem decência, parecem uma praga de gafanhotos. Imposto para isso, imposto para aquilo, senão o inadimplente vai para a cadeia, ou para o chicote, ou até para a forca. A primeira coisa que eles constroem é uma prisão, depois uma igreja, depois um galpão para o mercado assim não perdem o controle das vendas e depois podem cobrar impostos. E isso antes mesmo de ergue

Fifi #04 [Ironia]

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Seleta: Diamba

A “ Seleta: Diamba ” destaca as 40 músicas que mais gosto da banda baiana, presentes em 05 álbuns e 02 singles da sua discografia (os prediletos são “ 10 anos Ao Vivo ”, “ Tempos de Épocas ” e “ Setas Indicam a Direção ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 05 álbuns e 02 singles participantes desta Seleta 01) Tudo de Bom [10 anos Ao Vivo, 2006] 02) Riska na Pista [Setas Indicam a Direção, 2016] 03) Brilhar [Fraternidade Musical Diamba, 2012] 04) Penso no Amor que Vem [10 anos Ao Vivo, 2006] 05) Eu Queria Saber? [Tempos de Épocas, 2003] 06) Redentor [Setas Indicam a Direção, 2016] 07) In Flow e Foi [10 anos Ao Vivo, 2006] 08) Eu Piro Quando Você Passa [10 anos Ao Vivo, 2006] 09) Possas Crer [Tempos de Épocas, 2003] 10) Loucura Maior [Ninguém Está a Salvo, 2000] 11) Interlude [Tempos de Épocas, 2003] 12) Já É [Tempos de Épocas, 2003] 13) Você [Fraternidade Musical Diamba, 2012] 14) Divino Cobertor [Setas Indicam a Direção, 2016] 15) A Boa [Fraternidade Musica

Fifi #05 [Crença]

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Dez poemas de Luci Collin no livro Rosa que está

Luci Collin (foto: Gilberto Camargo) Terso Luci Collin sombras tomam o espírito e então limpamos as ervas do jardim em silêncio absoluto tiramos o pó do templo e novamente e então de novo recolhemos as cinzas do incenso porque as sombras tomam nosso espírito limpamos e repetimos os gestos não porque não se entenda a sujeira porque se infira anistias mas para purgar as fraquezas as brechas         os rombos a mentira que vem colada aos desejos de eternidade limpamos o caminho entre a porta e a estrada a porta de saída e a estrada de infinitude lustramos o assoalho dobramos toalhas reposicionamos pedras cuidamos de varrer no sentido das fibras do tatame não porque haja pacto com o limpo mas porque às vezes são as sombras que assaltam e impedem que o espírito mova-se cristalino -------- De se fazer Luci Collin quando desenlouqueceu amélia pôs-se a queimar a comida a adoçar a sopa a ter vaidades ruidosas queria dançar mazurcas quadrilha     tango     burlesca o que fosse       o que desse