interferência: Mirdad Vejo Ferreira Gullar e me lembro de meu pai; cara de carranca e cabelos grandes, magro, filopoeta e contestador. São contemporâneos de nascimento, dos longínquos anos 30; nos 80 anos do poeta maranhense, estive presente na inesquecível mesa festa dedicada a ele na Flip 2010, e a poucos metros do futucador José Ribamar, só pude lembrar-me do sergipano Ildegardo , que fará 80 logo mais em outubro. Dentro da Noite Veloz , sabiamente recomendado ainda no colégio, apresentou-me o trabalho de Gullar , mas foi Poema Sujo que me chocou e formou meu gosto por poemas para muito além da forma e prepotência; é o jorro que importa, os enquadros que fotografam o que todo mundo vê, mas quase ninguém eterniza. Recentemente fiz um teste; na prateleira de “poesia” da Livraria Cultura, pus-me a ler diversos poetas, e o único livro que comprei, satisfeito com o que rapidamente li, foi Em Alguma Parte Alguma , o mais recente do ilustre José Ribamar, o Ferreira Gullar . Abaixo, segue
O lampião e a peneira do mestiço