Junot Díaz - foto daqui “Há vezes em que o cliente tem que sair correndo pra comprar comida de gato ou jornal na hora em que a gente tá no meio do trabalho. Não se preocupem, estou certo de que vocês vão ficar bem, dizem. Mas nunca parecem muito seguros. Claro, digo eu. É só nos mostrar onde é que está a prataria. Os clientes ha-ha e nós ha-ha, e então eles morrem de agonia de sair e ficam hesitando na porta da frente, tentando guardar na memória tudo que possuem, como se não soubessem onde encontrar a gente, pra quem a gente trabalha. Uma vez que saiam, não tenho mais que ficar preocupado com alguém me enchendo o saco. Deixo a catraca de lado, estalo os dedos e exploro, geralmente enquanto Wayne está alisando o pano verde e não precisa de ajuda. Pego uns biscoitos na cozinha, barbeadores descartáveis nos armários do banheiro. Algumas dessas casas têm vinte, trinta quartos. Volta e meia eu conto, e na volta fico calculando quantos roubos eu precisaria fazer p
O lampião e a peneira do mestiço