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Tony Stark, o Homem de Ferro,
por Paolo Rivera

Em 2011, publiquei uma foto em que me simulava como um T-100, com a seguinte descrição: "Cada vez mais máquina". Era o "ano 1" da Putzgrillo Cultura, em que estávamos colocando o portfólio no mercado para valer, e o volume de trabalho com a Flica estava enorme, quase beirando o insuportável. Não tinha tempo para me dedicar a nada que não fosse ao trabalho. Além disso, estava mais ateu que nunca, e o amor inclusive tinha sido relegado às vagas confortáveis do descartável. Vivenciava o "Octopus Way of Life", mas o norte era o extermínio das tarefas, implacável. Máquina, mesmo.

O final da jornada de 2011 levou-me a pessoa mais importante da minha vida, um dos preciosos que me gerou, e que foi responsável também pela minha inclusão na matéria após uma eternidade de incompreensão. E, devido a esse fato irremediável, implodiu a pane no HD da "Máquina Mirdad". Meu pai, sábio, elevado, já na fase "vento pós-pedra", ensinou-me, então, a última lição, moldado ao meu método "São Tomé" de aprendizado: retome a sua fé, porque o amor existe e tudo tem o seu tempo, independente das nossas suposições (= brincadeiras) filosóficas sobre a Matrix.

Já no primeiro dia de 2012, o ano fantástico, começou a renovação. E foi assim durante 10 meses. Compreendi o Maktub, e deixei a renovação fluir, no amor, no trabalho e na fé. E hoje, dia em que celebro o ano novo que, para mim, sempre começa três meses antes (precisamente 86 dias antes), compreendo que não é o "Cada vez mais máquina" que rege o "Octopus Way of Life", uma máquina em simulacro de humano, e sim o óbvio ululante de seu contrário – a carne frágil de homem envolvida pela armadura impenetrável. Abandono a existência máquina, automática, para vivenciar a trégua entre razão e sentimento, numa plenitude inédita, suficiente.

Sagaz como Tony Stark, esse é o meu lema em 2013. Aláfia!

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