Ildegardo Rosa, meu pai, o Mestre Dedé Vinte e dois de outubro, 1 ano atrás. A minha família pode ter a benção de estar presente no dia mais feliz da vida do meu pai, Ildegardo Rosa , o Mestre Dedé, no Rio de Janeiro. Nesta data, 1 ano atrás, ele fez 80 anos portando uma coroa de pelúcia que eu mesmo coroei na sua vasta cabeça de sergipano. E, no melhor estilo desprendido, quase livre da Matrix e da pedra que nos prega ao chão, vivenciou o "que rei sou eu?" e fez diversas palhaçadas, contando piadas e causos, dançando, vibrando, e recitando o poema "80 anos" que lhe pedi que fizesse (na sua obra, ele fez o poema dos 30 e dos 60, e concordou que chegar aos 90 seria quase impossível – premonição) semanas antes da comemoração maravilhosa. Menos de dois meses depois, a pedra virou vento e ele partiu da matéria. Os seus 80 anos , na verdade, foi uma inesquecível despedida. Parabéns, meu pai, felicidades e muito amor! – porque é difícil perder um hábito tão de...
O lampião e a peneira do mestiço