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Você é o herdeiro da sua casa, mas o seu pai faz uma rebelião, é derrotado, e você é capturado e tomado como refém ainda criança. É criado pela família mais importante da região, tem amizade com o herdeiro de mesma idade, mas nunca deixa de se sentir um inadequado, um forasteiro, um refém.
Quer o amor de uma puta, e ela o abandona para ganhar dinheiro na grande cidade. Querendo o reconhecimento do pai, trai o melhor amigo e, num momento de fragilidade dessa família maior, toma o castelo e quase mata o menino que estava à frente (mas finge para todos que o queimou vivo, causando uma repulsa gigantesca entre os sobreviventes dessa família). Mesmo assim, é motivo de piada entre a sua família e os vassalos, que o traem e são esfolados vivos, enquanto ele é capturado pelo maior sádico do continente, que o tortura barbaramente, a ponto de capá-lo e transformá-lo no escravo Reek (fedorento).
Quando a sua irmã vem resgatá-lo, não consegue fugir com ela. Torna-se uma vergonha maior, a ponto do pai debochar, queimando o seu pau na fogueira (enviado pelo sádico) e banindo-o como seu herdeiro.
Sofre as mais bizarras e cruéis provações. Até que, ao se reencontrar com uma das herdeiras da família maior, também barbaramente torturada pelo sádico, consegue surpreender a todos e a ajuda a fugir. Quando tenta se restabelecer no castelo da sua família, é humilhado, mas apoiado pela irmã. Até que o tio dá um golpe, mata o seu pai e toma tudo.
Ao lado da irmã, entra na rebelião da jovem dragão, pela tomada do trono. Só que o tio derrota sua frota e, covarde, lança-se ao mar, abandonando a irmã às piores provações. A redenção vem, quando consegue alguns apoiadores vassalos e resgata a irmã em segredo.
Por fim, deixa-a na retomada do seu castelo para poder defender aquele da grande família, ameaçado pelo terrível Rei da Noite e seus mortos-vivos. Redime-se novamente, ao defender justamente o menino que expulsou e quase matou anos atrás. Luta bravamente, como exímio arqueiro que é, até que confronta, sozinho, o vilão maior, armado com uma lança. Antes, ouve do próprio menino (agora um jovem): “Você é um homem bom”.
Theon Greyjoy morre pelas mãos do próprio Rei da Noite, uma morte solene, no campo de batalha, no castelo de Winterfell, perdoado por todos da família Stark.
Theon Greyjoy, brilhantemente interpretado pelo ator britânico Alfie Allen (que colocou, de maneira impressionante e entregue, todas as nuances das transformações desse personagem complexo), é um dos vários motivos de Game of Thrones ser uma série incrível.
Bravo!
PS: GOT é impecável da 1ª à 4ª temporada, irregular da 5ª à 7ª temporada, e com uma temporada final (8ª) repleta erros, equívocos, problemas de roteiro e atuação, decepcionante e frustrante. A grande batalha, a batalha final, deveria ter sido contra o Rei da Noite. E não apenas resolvida num episódio. Bisonho.
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