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Quinze passagens do romance Sobrevidas, de Abdulrazak Gurnah

Abdulrazak Gurnah
(foto: Facundo Arrizabalaga)


“Mesmo com a Schutztruppe perdendo soldados e carregadores em batalha, por doença ou deserção, seus oficiais seguiam lutando com uma obstinação e uma persistência loucas. Os askaris deixaram a região devastada, as pessoas passando fome e morrendo às centenas de milhares, enquanto eles lutavam com sua aceitação cega e assassina de uma causa cujas origens desconheciam e cujas ambições era fúteis e destinadas no fim a dominá-los. Um grande número de carregadores morreu de malária e disenteria e exaustão, e ninguém se deu ao trabalho de contá-los. Eles desertavam de puro medo, para morrer naquelas regiões rurais esgotadas. Depois esses acontecimentos seriam transformados em histórias de um heroísmo absurdo e desinteressado, um assunto secundário diante das grandes tragédias da Europa, mas para os que viveram tudo aquilo foi um tempo em que sua terra se encharcou de sangue e se cobriu de cadáveres.”


          “Muitos askaris da tropa de Hamza eram veteranos de outras campanhas e alguns conheciam a região. Quando erguiam acampamento nas linhas defensivas à noite eles contavam histórias de suas aventuras anteriores por ali: sobre como tinham vencido os desobedientes líderes tribais wachaggas, Rindi e seu filho Meli, e enforcado treze outros líderes, sobre como tinham arrasado vilarejos inteiros por esconder comida ou praticar sabotagem e sobre como tinham lidado com as populações rebeladas de Meru e Arusha que tinham matado missionários alemães. Para os askaris, eram todos washenzis. Tinham que ser vencidos e açoitados e disciplinados e aterrorizados. Quanto mais se rebelassem, maior seu castigo. Era assim que funcionava a Schutztruppe. Ao menor sinal de resistência, os schweins eram aniquilados, seu gado abatido e seus vilarejos incendiados. Eram essas as ordens que recebiam e eles as executavam com uma eficiência entusiasmada que apavorava seus inimigos e lhes trazia respeito aos olhos de outros askaris e da comunidade. Eram ferozes e impiedosos, wallahi.
          Enquanto se vangloriavam com suas histórias e marchavam pelas planícies onde a grande montanha não deixava chover, eles não sabiam que passariam anos lutando em pântanos e montanhas e florestas e savanas, com chuva pesada e estiagens, matando e sendo mortos por exércitos de pessoas sobre as quais nada sabiam: punjabis e sikhs, fantes e acãs e hauçás e iorubás, congos e lubas, todos mercenários que lutavam nas guerras europeias pelos europeus, os alemães com sua Schutztruppe, os ingleses com seus King’s African Rifles e Royal West African Frontier Force e batalhões indianos, os belgas com sua Force Publique. Além deles havia sul-africanos, belgas e uma multidão de voluntários de outras nações europeias que achavam que matar era uma aventura e que se sentiam felizes de estar a serviço da grande máquina de conquista do imperialismo. Era um espanto para os askaris ver a grande diversidade de povos de cuja existência nem suspeitavam. A magnitude do que viria não estava clara naqueles primeiros dias da guerra quando eles marchavam para a fronteira, seus oficiais alemães na frente, montados em mulas, suas esposas e filhos alegres atrás da coluna, e de algum modo todos encontravam maneiras de cantar e rir e de participar de demonstrações animadas.”


“Ele começou a estudar com o tutor no ano em que os alemães chegaram à cidade e ficou cinco anos com ele. Foram os anos do levante de al Bushir, durante os quais mercadores de caravanas árabes e waswahilis contestaram a ideia dos alemães de que eles é que mandavam ali. Os alemães e os ingleses e os franceses e os belgas e os portugueses e os italianos e sabe-se lá mais quem já tinha realizado seus congressos e desenhado seus mapas e assinado seus tratados, portanto essa resistência não valia nada. A revolta foi abafada pelo coronel Wissmann e por sua recém-formada Schutztruppe. Três anos depois da derrota da revolta de al Bushiri, quando Khalifa já terminava seu período com o tutor, os alemães se envolveram em outra guerra, agora com os wahehes no distante sul. Eles também não estavam convencidos da autoridade alemã e se revelaram mais obstinados que al Bushiri, provocando perdas inesperadamente altas na Schutztruppe, que retaliou com grande determinação e crueldade.”


          “Os alemães a essa altura tinham abafado todas as revoltas na sua Deutsch-Ostafrika, ou achavam que tinham. Eles deram um fim em al Bushiri bem como aos protestos e à resistência dos mercadores das caravanas do litoral. Sufocaram essa rebelião depois de alguns conflitos, capturaram al Bushiri e o enforcaram em 1888. A Schutztruppe, o exército de mercenários africanos conhecidos como askaris sob a liderança do coronel Wissmann e seus oficiais alemães, naquela época se compunha de soldados nubis desmobilizados que tinham servido no exército britânico contra o Mádi no Sudão, além de recrutas ‘zulus’ shangaans vindos do sul da África Oriental Portuguesa. A administração alemã transformou o enforcamento de al Bushiri num espetáculo público, como faria com as muitas execuções realizadas nos anos seguintes. Como belo tributo à sua missão de trazer a ordem e a civilização para esse canto do mundo, os alemães transformaram a fortaleza de Bagamoyo, um dos bastiões de al Bushiri, num posto de comando alemão. Bagamoyo era também o ponto final da velha rota das caravanas e o ponto mais ativo daquele trecho do litoral. Conquistar e manter o domínio desse posto foi uma demonstração importante do controle alemão sobre sua colônia.
          Mas restava muito a fazer, e ao penetrarem o interior eles encontraram vários povos que relutavam em se tornar súditos dos alemães: os wanyamwezys, os wachaggas, os wamerus e os wahehes do sul, os mais incômodos de todos. Eles acabaram vencendo os wahehes depois de oito anos de guerra em que a fome, a violência e o fogo extinguiram sua resistência. Em seu triunfo, os alemães cortaram a cabeça de Mkwawa, o líder dos wahehes, e a enviaram como troféu à Alemanha. Os askaris da Schutztruppe, com o auxílio de soldados recrutados entre os povos vencidos, a essa altura já eram um grupo forte e com muita experiência de destruição. Orgulhavam-se de sua reputação de maldade, e seus oficiais e os administradores da Deutsch- Ostafrika adoravam que eles fossem exatamente como eram. Eles não sabiam do levante Maji Maji, que estava prestes a eclodir no sul e no oeste bem quando Khalifa foi trabalhar para Amur Biashara e que se transformaria na pior de todas as rebeliões e provocaria uma ferocidade ainda maior dos alemães e de seu exército de askaris.”


          “(...) O levante Maji Maji vivia os estertores de sua brutalidade, e sua repressão custou muitas vidas e meios de subsistência de africanos. A rebelião começou em Lindi e se espalhou por todo o interior e por cidadezinhas do sul e do oeste do país. Durou três anos. À medida que foi ficando clara a extensão da resistência ao domínio alemão, a reação da administração colonial se tornou cada vez mais implacável e cruel. O comando alemão percebeu que a revolta não poderia ser dominada por meios exclusivamente militares e decidiu vergar a população através da fome. Nas regiões que se sublevaram, a Schutztruppe tratou todos como combatentes. Incendiaram vilarejos e destruíram plantações e saquearam estoques de comida. Corpos africanos foram deixados expostos, pendurados em forcas à beira da estrada numa paisagem calcinada e aterrorizante. Na parte do país em que Khalifa e Asha moravam só se ficava sabendo desses eventos por meio de boatos. Como não havia sinais de rebelião na cidade, para eles eram apenas histórias chocantes. Não existiam sinais como esses desde o enforcamento de al Bushiri embora por todo lado houvesse ameaças de retaliações alemãs.
          A firmeza com que aquelas pessoas se recusavam a se tornar súditos do império da Deutsch-Ostafrika tinha surpreendido os alemães, sobretudo depois do que estes fizeram aos wahehes no sul e aos wachagga e wameru nas montanhas do nordeste. A vitória sobre os maji-majis deixou centenas de milhares de mortos pela fome e muitas outras centenas por ferimentos recebidos em batalha ou por execução pública. Para alguns administradores da Deutsch-Ostafrika o resultado foi considerado inevitável. Essas mortes ocorreriam mais cedo ou mais tarde. Enquanto isso, o império tinha que fazer os africanos sentirem o punho cerrado do poderio alemão para aprenderem a se dobrar obedientes ao jugo da servidão. A cada dia que passava o poderio alemão ia firmando mais aquele jugo no pescoço de seus relutantes súditos. A administração colonial ia fortalecendo seu domínio da terra, aumentando seus contingentes e seu alcance. As terras boas iam sendo tomadas à medida que mais colonos alemães chegavam.”


“Esse último levante fez alguns alemães mudarem de ideia. Ficou claro para eles que apenas a violência não seria o bastante para controlar a colônia e torná-la produtiva, então propuseram a abertura de clínicas e iniciaram campanhas contra a malária e o cólera. A princípio essas iniciativas se dirigiam à saúde e ao bem-estar dos colonos e oficiais e soldados da Schutztruppe, mas depois estenderam-se também aos nativos. A administração abriu ainda novas escolas. Já havia uma escola avançada na cidade, criada muitos anos antes para treinar os africanos para carreiras no funcionalismo público e na educação, mas ela acolhia poucos alunos e sempre de uma elite subordinada.”


“(...) ‘O que um homem da linda cidadezinha de Marbach está fazendo aqui neste cu de mundo? Minha família tem tradição militar e isso é meu dever. Por isso eu estou aqui — para tomar posse do que é nosso por direito, por sermos mais fortes. Nós estamos lidando com um povo atrasado e selvagem e a única forma de dominá-lo é incutir terror nas pessoas e em seus inúteis sultões de Liliputmajestät e produzir obediência na base da pancada. A Schutztruppe é o nosso instrumento. Vocês também são. Queremos vocês disciplinados, obedientes e cruéis muito mais do que imaginam. Queremos que vocês sejam fanfarrões duros e de casca grossa para cumprir nossa vontade sem hesitar e depois serão bem pagos e vão receber o respeito que merecem, sejam escravos, soldados ou párias. Só que... você não é um deles. Você treme e olha e ouve cada batida do coração como se tudo isso te atormentasse. Eu te observo desde o começo, quando te trouxeram aqui pela primeira vez. Você é um sonhador.’”


“(...) Ele se inclinou para a frente com certa dificuldade e deu uma bela olhada nos genitais de Hamza, depois com um súbito movimento para cima lhe aplicou um leve tapa nos testículos. Riu quando Hamza pulou de susto, e trocou um sorriso com o assistente. Depois estendeu de novo a mão e delicada e repetidamente apertou o pênis de Hamza até ele começar a enrijecer. ‘Inafanya kazi’, ele disse ao assistente — funcionando bem —, mas as palavras saíram desajeitadas, como se não coubessem em sua boca ou ele tivesse uma dificuldade de fala. Soltou o pênis, com certa relutância, pareceu. O oficial examinou os olhos de Hamza, o fez abrir a boca e o agarrou pelo pulso brevemente. (...) Esse foi seu primeiro encontro com o oficial médico.”


“(...) O irmão Issa e a irmã Zawadi eram mais velhos que ela, talvez uns cinco ou seis anos. Eles não eram irmão e irmã dela, claro, mas ela ainda pensava neles dessa maneira apesar das provocações e dos machucados que suas brincadeiras lhe rendiam. Às vezes batiam nela de maneira deliberada e não porque tivesse feito alguma coisa para provocar os dois mas porque gostavam de bater e ela não tinha como detê-los. Batiam sempre que ficavam só as crianças em casa sem ninguém para ouvir os gritos, ou se estivessem entediados, o que vivia acontecendo. Eles pediam para ela fazer coisas que não gostava de fazer e quando ela chorava ou se recusava eles lhe davam tapas e cuspiam nela. Não havia muito o que fazer depois das tarefas domésticas, mas se fosse atrás deles quando iam brincar com os amigos ou roubar frutas das árvores dos vizinhos, eles nem sempre gostavam, nem seus amigos. As meninas a chamavam de nomes sujos para fazer os meninos rirem e às vezes a enxotavam dali. Era por motivos diferentes mas seu irmão e sua irmã batiam nela ou beliscavam ou roubavam sua comida todos os dias. Ela não se sentia muito triste por apanhar, levar beliscões ou ficar sem comida. Não machucava muito e outras coisas a deixavam mais triste, fazendo-a se sentir pequena e deslocada no mundo. Outras crianças também apanhavam todos os dias.”


          “Então, na primeira sexta-feira do Ramadã, no mesmo horário da semana anterior, Afiya entrou sorrateira em seu quarto, cuja porta ele tinha deixado entreaberta. Eles se abraçaram e tiraram toda a roupa e fizeram amor com uma fome pecaminosa, um silenciando o outro para que ninguém ouvisse.
          ‘É a primeira vez’, ela sussurrou.
          Ele se deteve por um segundo e depois sussurrou: ‘Para mim também’.
          ‘Você espera que eu acredite?’, ela disse. ‘Talvez não faça a menor diferença’, ele sussurrou, rindo, satisfeito por não ter falhado e por ela ter pensado que ele era mais experiente.
          ‘Nós não devíamos estar fazendo isso durante o jejum’, ela disse depois quando estavam deitados nus na esteira dele. ‘A única maneira de isso não ser errado é se você jurar ser meu e eu jurar ser sua. Eu juro.’
          ‘Eu também juro’, ele disse, e os dois riram daquela conversa absurda de apaixonados.”


“‘Mas ouça o que eu estou te dizendo: a sorte nunca é permanente. Você nunca vai saber quanto tempo os bons momentos vão durar ou quando eles vão acontecer de novo. A vida é cheia de arrependimentos, e você precisa reconhecer os bons momentos e ser grato por eles e agir com convicção. Corra riscos.’”


          “‘Vergonha? Que vergonha?’
          ‘Servir a outra pessoa, ter seu corpo e seu espírito como propriedades de outro ser humano. Existe vergonha maior que essa?’
          ‘O mercador não era dono do meu corpo nem do meu espírito’, disse Hamza. ‘Ninguém é dono do corpo e do espírito de ninguém. Aprendi isso há muitos anos. Ele me usou enquanto eu não tinha a sabedoria e a capacidade de fugir, só que mesmo quando fiz isso eu ainda não tinha inteligência suficiente para me manter em segurança e corri para a guerra. Se senti alguma vergonha foi pelos meus pais, mas isso só depois que fiquei mais velho e soube melhor o que era vergonha.’”


“Khalifa entrou e voltou com um prato de bananas-verdes cozidas e uma jarra d’água, que Hamza aceitou agradecido. Quando os amigos de Khalifa chegaram, Hamza os cumprimentou e antes de se recolher à sua loja ficou lá fora alguns minutos por educação. Permaneceu deitado no escuro, direto no chão, por muito tempo, sem conseguir dormir, a mente passeando pela época em que morara naquela cidade e por todas as pessoas que desde então tinha perdido e pelas humilhações que sofrera. Sua única escolha era aceitar tudo aquilo. Os piores erros que cometeu no tempo em que passou na cidade resultaram de seu medo de ser humilhado, que o fez perder um amigo que era quase um irmão e a mulher que estava aprendendo a amar. A guerra arrancou essa delicadeza de seu coração e lhe mostrou visões atordoantes de brutalidade, que lhe ensinaram humildade. Essas ideias o deixaram melancólico, o que ele achava ser o destino inescapável dos homens.”


“‘Escuta, só porque um alemão foi bom com você isso não muda o que aconteceu aqui (...) Nos trinta e tantos anos em que eles ocuparam esta terra, os alemães mataram tanta gente que o país está cheio de caveiras e de ossos e a terra está encharcada de sangue. Eu não estou exagerando.’”


“(...) ele não era um menino mas um homem adulto do tamanho de um menino de doze ou treze anos cujo rosto inquieto, pálido e maltratado contava uma história diferente da impressão que se tinha depois de um primeiro olhar distraído. Havia algo de familiar naquelas feições angulosas e secas, com zigomas altos, queixo pontudo, nariz fino, testa enrugada: um rosto khoi. Hamza tinha visto muitos rostos khois nos últimos anos. No corpo aparentemente frágil de um adolescente adoentado aquele rosto parecia um tanto sinistro, Era mais provável que não fosse um rosto khoi mas sim de um tipo que ele ainda não tinha visto, de Madagascar ou Socotra ou de alguma ilha distante de que nunca tinha ouvido falar. O mundo deles andava cheio de rostos estranhos desde a recém-terminada guerra, especialmente nessas cidades às margens do oceano, que sempre atraíam pessoas vindas do outro lado das águas e da terra, algumas mais voluntariamente do que outras. Mas talvez não fosse nada disso, talvez fosse apenas o rosto de um homem que havia crescido na miséria e na dor, ou que tivesse sofrido com uma das muitas agonias à espreita de atacar a vida humana.”


Presentes no romance “Sobrevidas” (Companhia das Letras, 2022), de Abdulrazak Gurnah, traduzido por Caetano W. Galindo, páginas 111, 107-108, 10, 13-14, 22-23, 24, 104, 71-72, 40, 238-239, 247, 251, 188-189, 54 e 168-169, respectivamente.


Aforismos de Abdulrazak Gurnah em “Sobrevidas”

“A sorte nunca é permanente, isso quando ela vem”

“Sempre melhor saber o que estava sendo dito do que ficar no escuro”

“Aqueles olhos tinham o brilho de um homem capaz de violências”

“A estupidez de ficarmos nos explicando e justificando o que fazemos não tem limites”

“Havia enxergado uma pessoa cujos olhos e rosto possuíam a aparência limpa da honestidade”

Aforismos presentes no romance “Sobrevidas” (Companhia das Letras, 2022), de Abdulrazak Gurnah, traduzido por Caetano W. Galindo, páginas 247, 16, 80, 103 e 203, respectivamente.

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