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André Mendes solta Enfim Terra Firme para download gratuito
Por Chico Castro Jr. - Matéria publicada aqui
Em 2011, André Mendes, roqueiro local que se lançou nacionalmente nos anos 1990 à frente da banda Maria Bacana, soltou um álbum em que deixava as guitarras pesadas de lado e abordava o pop praieiro relax de Jack Johnson.
Bem-Vindo à Navegação serviu para colocá-lo de novo em evidência no meio rocker independente, merecendo elogios em sites daqui e de fora também.
Confirmando a boa fase criativa, André solta, hoje mesmo, em seu site, mais um disco completo para download (ou streaming) gratuito.
Intitulado Enfim Terra Firme, o disco traz um André mais maduro como compositor e instrumentista. Com Jorge Solovera na produção (e instrumentos diversos), a dupla cometeu um álbum muito bonito, pop e acessível a qualquer pessoa que disponha de duas orelhas – com massa cinzenta entre elas.
De quebra, André compôs uma canção que meio que resume o clássico conflito de ser roqueiro (ou de apenas ter senso crítico, algo que não é bem visto por aqui) e viver em Salvador.
“A Cidade Que Eu Digo Não fala sobre isso, sobre não se sentir feliz nessa cultura”, afirma. “Nunca me senti. Não me sinto parte, essa coisa não fala comigo”, reitera André.
“Eu moro na Cidade Baixa e toda manhã sou acordado pelo carrinho de CD pirata, tocando arrocha. Aí você liga a TV meio-dia, e é só lixo. Isso é só o início do dia. Não tem como não ficar revoltado”, observa.
Para André, a única forma de sobreviver é tentando criar um tipo de zona neutra em torno de si. “A melhor coisa a fazer é tentar viver numa bolha. Feche a janela, ouça sua música, leia seus livros, assista seus filmes. Ou tome remédios – mas isso eu também não quero”, recomenda.
Não sem razão, ele vê relação direta entre o lixo nosso de cada dia e a semibarbárie que parece ter tomado conta da cidade.
“Ninguém percebe que tem tudo a ver esse tipo demúsica e a fechada que você leva no trânsito. O que é que toca na cabeça dessa pessoa? Pink Floyd? Tom Jobim? Não mesmo”, relaciona.
“Não digo que são pessoas ruins. Se você se aproximar, vai ver que tem um ser humano ali igual a você. Só que bestializado”, lamenta.
"Esse disco, para falar a verdade, ia se chamar Bem-Vindo à Idade-Média, por que não só a Bahia, mas o Brasil parece viver em um retorno a era medieval. Mas depois recuei. Não quis fazer um disco tão monotemático. Como achei que estava em uma boa leva de composições, não quis me prender a um tema só", relata André.
O repertório, com dez faixas, foi selecionado entre a leva de novas composições e antigas, ainda do tempo da Maria Bacana.
"Fiz dez músicas e peguei mais umas dez da época da Maria Bacana. Aí fiz um pente fino para ver o que eu queria falar, que história eu queria contar. Não era mais essa historia de idade média. Foi a vontade de fazer o melhor disco que eu pudesse, com composições novas e antigas".
Baixe / ouça: www.andremendesmusica.com.br
Bem-Vindo à Navegação serviu para colocá-lo de novo em evidência no meio rocker independente, merecendo elogios em sites daqui e de fora também.
Confirmando a boa fase criativa, André solta, hoje mesmo, em seu site, mais um disco completo para download (ou streaming) gratuito.
Intitulado Enfim Terra Firme, o disco traz um André mais maduro como compositor e instrumentista. Com Jorge Solovera na produção (e instrumentos diversos), a dupla cometeu um álbum muito bonito, pop e acessível a qualquer pessoa que disponha de duas orelhas – com massa cinzenta entre elas.
De quebra, André compôs uma canção que meio que resume o clássico conflito de ser roqueiro (ou de apenas ter senso crítico, algo que não é bem visto por aqui) e viver em Salvador.
“A Cidade Que Eu Digo Não fala sobre isso, sobre não se sentir feliz nessa cultura”, afirma. “Nunca me senti. Não me sinto parte, essa coisa não fala comigo”, reitera André.
“Eu moro na Cidade Baixa e toda manhã sou acordado pelo carrinho de CD pirata, tocando arrocha. Aí você liga a TV meio-dia, e é só lixo. Isso é só o início do dia. Não tem como não ficar revoltado”, observa.
Para André, a única forma de sobreviver é tentando criar um tipo de zona neutra em torno de si. “A melhor coisa a fazer é tentar viver numa bolha. Feche a janela, ouça sua música, leia seus livros, assista seus filmes. Ou tome remédios – mas isso eu também não quero”, recomenda.
Não sem razão, ele vê relação direta entre o lixo nosso de cada dia e a semibarbárie que parece ter tomado conta da cidade.
“Ninguém percebe que tem tudo a ver esse tipo demúsica e a fechada que você leva no trânsito. O que é que toca na cabeça dessa pessoa? Pink Floyd? Tom Jobim? Não mesmo”, relaciona.
“Não digo que são pessoas ruins. Se você se aproximar, vai ver que tem um ser humano ali igual a você. Só que bestializado”, lamenta.
"Esse disco, para falar a verdade, ia se chamar Bem-Vindo à Idade-Média, por que não só a Bahia, mas o Brasil parece viver em um retorno a era medieval. Mas depois recuei. Não quis fazer um disco tão monotemático. Como achei que estava em uma boa leva de composições, não quis me prender a um tema só", relata André.
O repertório, com dez faixas, foi selecionado entre a leva de novas composições e antigas, ainda do tempo da Maria Bacana.
"Fiz dez músicas e peguei mais umas dez da época da Maria Bacana. Aí fiz um pente fino para ver o que eu queria falar, que história eu queria contar. Não era mais essa historia de idade média. Foi a vontade de fazer o melhor disco que eu pudesse, com composições novas e antigas".
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