Pular para o conteúdo principal

Livro O lampião e a peneira do mestiço (2023), de Emmanuel Mirdad


“O lampião e a peneira do mestiço”
Emmanuel Mirdad
2023 | 425 pg | memórias

Memórias de um mestiço que peneira o que os olhos alumiam desse giramundo tormenta sacode & sacoleja que é a vida imprevista, surpreendente e arrebatadora em instantes que são eternos porque não duram, sina por ser passageiro e fugaz.

Lado B do livro “O enigma de Mutujikaka” [o que não coube na edição, por conta do limite de páginas], “O lampião e a peneira do mestiço” apresenta crônicas sobre o primeiro amor, uma data oroboro, a feitura de discos de Tiganá e Mou, além das memórias que forjaram o autor um legionário roqueiro fã de reggae, colecionador de músicas e seletas, homenagens ao professor Setaro e ao astro LucaSande, os romances que Mirdad não escreveu e trechos de livros fodas & listas de músicas, filmes e séries que ama.

Download do livro no Google Drive aqui

Publicado no Facebook aqui

Download do livro no Mediafire clique aqui

Foto capa: Karen/Lyn Nobull por Pixabay

Foto contracapa: Faizal Sugi por Pixabay

Os trechos do livro de memórias foram publicados, separadamente, em posts neste blog; para ler, clique nos títulos dos capítulos abaixo, após as imagens.





Índice










Seleta . 128



Setaro . 160

Cinéfilo . 172










288 . Fortuna


354 . Leitor




421 . Dados



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d