Jonathan Franzen Foto: Divulgação | Arte: Mirdad "Tudo o que quero de um passeio é que as pessoas me vejam e deixem ser vistas, mas mesmo esse modelo objetivo é ameaçado pelos usuários de celulares e o pouco-caso que fazem da sua privacidade. O isolamento é algo que se alcança sem esforço comparativamente. A privacidade é protegida como mercadoria e direito; os espaços públicos, não. Como as matas virgens, esses espaços são poucos e insubstituíveis e todos deveriam ser responsáveis por eles. O trabalho de mantê-los só aumenta, à medida que o setor privado se torna cada vez mais exigente, confuso e desanimador. Quem tem tempo e energia para defender a esfera pública? Que retórica pode competir com o amor americano pela 'privacidade'?" "Em 1998, observava, sentado no metrô, as pessoas abrindo e fechando nervosamente seus celulares, mordiscando as anteninhas, que lembravam mamilos e que todos os aparelhos tinham. Ou apenas os segurando como se ...
O lampião e a peneira do mestiço