Pular para o conteúdo principal

Seleta: Lhasa

Lhasa (foto: Ryan Morey)

Conheci a cantora e compositora norte-americana Lhasa (1972-2010) ao ler uma crônica de Tarcísio Buenas no seu livro “18 de maio, quanto tens por dizer...” (Buenas Books, 2015). Fui pesquisar e adorei a interpretação da artista folk, libriana, criada entre os EUA e o México, filha de pais hippies, e que escolheu viver entre o Canadá e a França. O seu timbre grave, doído, repleto de blues, e as belas canções folks, fascinam-me bastante. Uma pena que o câncer a levou prematuramente, três meses após completar 37 anos. Aproveitei e fiz uma seleta com 30 canções do seu repertório, presente nos três discos lançados: “La Llorona” (1997), “The Living Road” (2003) e “Lhasa” (2009). Viva Lhasa, Lhasa de Sela eterna!

Ouça no Spotify aqui

Ouça no YouTube aqui

01) Con Toda Palabra [The Living Road, 2003]

02) El Payandé [La Llorona, 1997]

03) Pa' llegar a tu Lado [The Living Road, 2003]

04) I’m Going In [Lhasa, 2009]

05) El Árbol del Olvido [La Llorona, 1997]

06) Abro la Ventana [The Living Road, 2003]

07) El Desierto [La Llorona, 1997]

08) Bells [Lhasa, 2009]

09) Por Eso me Quedo [La Llorona, 1997]

10) A Fish on Land [Lhasa, 2009]

Lhasa (foto daqui)

11) Mi Vanidad [La Llorona, 1997]

12) La Marée Haute [The Living Road, 2003]

13) De Cara a la Pared [La Llorona, 1997]

14) Fool’s Gold [Lhasa, 2009]

15) Desdeñosa [La Llorona, 1997]

16) J'arrive à la Ville [The Living Road, 2003]

17) What Kind of Heart [Lhasa, 2009]

18) Soon This Space Will be Too Small [The Living Road, 2003]

19) Is Anything Wrong [Lhasa, 2009]

20) Los Peces [La Llorona, 1997]

Lhasa (foto daqui)

21) La Frontera [The Living Road, 2003]

22) Where Do You Go [Lhasa, 2009]

23) The Lonely Spider [Lhasa, 2009]

24) Anywhere on This Road [The Living Road, 2003]

25) La Celestina [La Llorona, 1997]

26) 1001 Nights [Lhasa, 2009]

27) Small Song [The Living Road, 2003]

28) Floricanto [La Llorona, 1997]

29) Anyone and Everyone [Lhasa, 2009]

30) Rising [Lhasa, 2009]

Os três álbuns presentes nesta Seleta

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez poemas de Carlos Drummond de Andrade no livro A rosa do povo

Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour ? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te — de vez — nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. -------- Desfile Carlos Drummond de Andrade O rosto no travesseiro, escuto o tempo fluindo no mais completo silêncio. Como remédio entornado em camisa de doente; como dedo na penugem de braço de namorada; como vento no cabelo, fluindo: fiquei mais moço. Já não tenho cicatriz. Vejo-me noutra cidade. Sem mar nem derivativo, o corpo era bem pequeno para tanta