Pular para o conteúdo principal

Seleta: Chico Buarque

Chico Buarque (foto: Daryan Dornelles)

Eu adoro a voz de Chico Buarque. No seu timbre estranho, a dose de angústia e malandragem que as suas composições exigem, o agridoce que faz os meus ouvidos se interessarem a contemplar as muitas belezas que as suas canções materializam. Seja na fossa ou no samba, no protesto ou na dor de cotovelo, na crônica ou no xaveco, a obra de Chico Buarque forma um dos alicerces mais civilizatórios que impedem que o prefeito, o bispo e o banqueiro apedrejem por completo o nosso Brasil bonito.

Na Seleta de hoje, as 116 músicas que mais gosto, gravadas por Chico Buarque, presentes em 36 álbuns da sua discografia (os preferidos: o de 1978, o vol. 3, “Almanaque”, “Construção”, “Vida”, “Paratodos” e “Chico ao Vivo”). Maravilha pura!

Ouça no Spotify aqui

Ouça no YouTube aqui

01) Construção [Construção, 1971]

02) Geni e o Zepelim [Ópera do Malandro, 1979]

03) Cálice [Chico Buarque, 1978]

04) Sinhá [Chico, 2011]

05) Angélica [Almanaque, 1981]

06) Paratodos [Paratodos, 1993]

07) Fantasia [Vida, 1980]

08) As Vitrines [Almanaque, 1981]

09) Sem Fantasia [Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo, 1975]

10) Pedaço de Mim [Chico Buarque, 1978]

Chico Buarque nos anos 1960 (foto daqui)

11) Tatuagem [Calabar, 1973]

12) Carolina [Chico Buarque de Hollanda Vol. 3, 1968]

13) Roda Viva [Chico Buarque de Hollanda Vol. 3, 1968]

14) Quem Te Viu, Quem Te Vê [Chico Buarque de Hollanda Vol. 2, 1967]

15) Nicanor [Chico Buarque de Hollanda Vol. 4, 1970]

16) Futuros Amantes [Paratodos, 1993]

17) Eu te Amo [Vida, 1980]

18) Todo o Sentimento [Francisco, 1987]

19) Trocando em Miúdos [Chico Buarque, 1978]

20) Tanto Amar [Almanaque, 1981]

Chico Buarque nos anos 1970 (foto daqui)

21) Cotidiano [Construção, 1971]

22) O Que Será? (À Flor da Terra) [Meus Caros Amigos, 1976]

23) O Meu Amor [Chico ao Vivo, 1999]

24) Teresinha [Chico ao Vivo, 1999]

25) Valsinha [Construção, 1971]

26) Olhos nos Olhos [Meus Caros Amigos, 1976]

27) O Cio da Terra [Milton & Chico, 1977]

28) Assentamento [As Cidades, 1998]

29) Vida [Vida, 1980]

30) Quando o Carnaval Chegar [Quando o Carnaval Chegar, 1972]

Chico Buarque e Bob Marley num baba
no Rio em 1980 (foto daqui)

31) Morro Dois Irmãos [Chico Buarque, 1989]

32) Atrás da Porta [Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo, 1972]

33) João e Maria [Chico Buarque Ao Vivo Paris – Le Zenith, 1990]

34) Palavra de Mulher [Carioca – Ao Vivo, 2007]

35) Estação Derradeira [Francisco, 1987]

36) Chão de Esmeraldas [Chico Buarque de Mangueira, 1997]

37) Amor Barato [Almanaque, 1981]

38) Retrato em Branco e Preto [Chico Buarque de Hollanda Vol. 3, 1968]

39) Olê, Olá [Chico Buarque de Hollanda, 1966]

40) A Rita [Chico Buarque de Hollanda, 1966]

Chico Buarque e Maria Bethânia

41) Ela Desatinou [Chico Buarque de Hollanda Vol. 3, 1968]

42) Pedro Pedreiro [Chico Buarque de Hollanda, 1966]

43) Morena dos Olhos d'Água [Chico Buarque de Hollanda Vol. 2, 1967]

44) Você, Você [As Cidades, 1998]

45) Tua Cantiga [Caravanas – Ao Vivo, 2018]

46) Meu Caro Amigo [Meus Caros Amigos, 1976]

47) Homenagem ao Malandro [Chico Buarque, 1978]

48) Deus lhe Pague [Construção, 1971]

49) Apesar de Você [Chico Buarque, 1978]

50) Primeiro de Maio [Milton & Chico, 1977]

Chico, Caetano e Milton

51) Rosa dos Ventos [Chico Buarque de Hollanda Vol. 4, 1970]

52) Tira as Mãos de Mim [Calabar, 1973]

53) Valsa Brasileira [Uma Palavra, 1995]

54) A Volta do Malandro [Malandro, 1985]

55) O Meu Guri [Almanaque, 1981]

56) Vai Passar [Chico Buarque, 1984]

57) Pelas Tabelas [Chico Buarque, 1984]

58) Hino de Duran [Ópera do Malandro, 1979]

59) Até o Fim [Chico Buarque, 1978]

60) Joana Francesa [Uma Palavra, 1995]


61) Cecília [As Cidades, 1998]

62) Dueto [Caravanas, 2017]

63) Ela é Dançarina [Uma Palavra, 1995]

64) Mambembe [Quando o Carnaval Chegar, 1972]

65) Acorda Amor [Sinal Fechado, 1974]

66) Corrente [Meus Caros Amigos, 1976]

67) O Velho [Chico Buarque de Hollanda Vol. 3, 1968]

68) Ciao Ciao Addio [Chico Buarque na Itália, 1969]

69) Una Mia Canzione [Chico Buarque na Itália, 1969]

70) Far Niente [Chico Buarque na Itália, 1969]

Foto: Daryan Dornelles

71) Januária [Chico Buarque de Hollanda Vol. 3, 1968]

72) Porque Era Ela, Porque Era Eu [Carioca, 2006]

73) Sem Você nº 2 [Chico, 2011]

74) Sobre Todas as Coisas [Paratodos, 1993]

75) Gota d'Água [Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo, 1975]

76) Outra Noite [Paratodos, 1993]

77) Com Açúcar, Com Afeto [Chico Buarque & Maria Bethânia Ao Vivo, 1975]

78) Samba e Amore [Per Un Pugno di Samba, 1970]

79) Il Nome di Maria [Per Un Pugno di Samba, 1970]

80) Samba de Orly [Construção, 1971]

Foto: Leo Aversa

81) Carioca [As Cidades, 1998]

82) Cara Cara [Chico Buarque na Itália, 1969]

83) A Banda [Chico Buarque de Hollanda, 1966]

84) Gente Humilde [Chico Buarque de Hollanda Vol. 4, 1970]

85) As minhas meninas [Francisco, 1987]

86) Imagina [Carioca – Ao Vivo, 2007]

87) A Noiva da Cidade [Chico ao Vivo, 1999]

88) Sabiá [Caravanas – Ao Vivo, 2018]

89) A Ostra e o Vento [Chico ao Vivo, 1999]

90) Mar y Luna [Chico Buarque en Español, 1982]


91) Bye Bye, Brasil [Vida, 1980]

92) Ana de Amsterdam [Caetano e Chico Juntos e Ao Vivo, 1972]

93) Ela Faz Cinema [Carioca, 2006]

94) Nina [Chico, 2011]

95) Desalento [Na Carreira – Ao Vivo, 2012]

96) As Atrizes [Carioca, 2006]

97) Acalanto [Chico Buarque en Español, 1982]

98) In Te [Per Un Pugno di Samba, 1970]

99) Queste e Quelle [Per Un Pugno di Samba, 1970]

100) Anos Dourados [Na Carreira – Ao Vivo, 2012]


101) De Volta ao Samba [Na Carreira – Ao Vivo, 2012]

102) Essa Pequena [Chico, 2011]

103) A Moça do Sonho [Caravanas, 2017]

104) As Cartas [Chico Buarque, 1984]

105) Injuriado [Na Carreira – Ao Vivo, 2012]

106) Tanta Saudade [Chico Buarque, 1989]

107) Aquela Mulher [As Cidades, 1998]

108) Suburbano Coração [Chico Buarque, 1984]

109) Massarandupió [Caravanas, 2017]

110) Qualquer Canção [Vida, 1980]

Os 36 álbuns presentes nesta Seleta

111) Bolero Blues [Carioca – Ao Vivo, 2007]

112) Tipo um Baião [Na Carreira – Ao Vivo, 2012]

113) Choro Bandido [Paratodos, 1993]

114) Rebichada [Os Saltimbancos Trapalhões, 1981]

115) Ode aos Ratos [Carioca, 2006]

116) Noite dos Mascarados [Chico Buarque de Hollanda Vol. 2, 1967]

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d