Daniel Lima
Foto: Cepe/Divulgação | Arte: Mirdad
Foi através de uma das melhores esquinas já publicadas na revista piauí (leia aqui), em maio de 2012, que eu conheci a figuraça do padre poeta pernambucano, que tinha falecido um mês antes dessa publicação. Corri atrás de sua obra e comprei a compilação de 400 páginas intitulada "Poemas", lançada em 2011 pela Cepe (Companhia Editora de Pernambuco), que foi premiado em sua categoria pela Fundação Biblioteca Nacional no mesmo ano do lançamento.
Não gostei da primeira parte, mas quando o poeta abandona a forma e os títulos, partindo para o verso livre, a poesia acontece. Aproveitei a leitura para pilular o livro, que você pode conferir nos links abaixo.
Parte I
Leia aqui
"Nada aprendi na vida senão esta lição: que sou provisório e de passagem"
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Parte II
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"É na queda que se revela a escondida fraqueza do homem essencial. É no fundo do abismo que se descobre a força ausente. É na desnudez da morte que se sente o impasse da vida, a fugacidade do tempo e o mistério das horas transcorridas"
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Parte III
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"Não é o mar que amo, é o infinito que ele sugere, são as paixões que lembra, é a força que suscita – é isto que amo no mar, não o mar, mas o que ele representa, a paisagem interior aonde ele aponta, o mar em mim, as águas reprimidas no coração mais dentro"
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Leia aqui
"A vida é mais pressentimento, antecipação, sonho de profeta alucinado e sonâmbulo, que acontecida visão de olhos reais e limpos. É ser navio ao mar, mas é antes ser mais em tempestade que aos rochedos atira o desamparado navio; mas é ser antes a própria tempestade que açoita o mar, jogando-o aos rochedos; mas é ser antes rochedo aonde se esbatem as agitadas ondas e os náufragos que sobram desse açoite e os restos do navio"
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