Pular para o conteúdo principal

Emmanuel Mirdad na mediação da Flica e da Fliu


É com muito prazer que farei a mediação da mesa de abertura da 10ª edição da Flica nesta quinta 03/11 às 10h em Cachoeira, “Os Brasis cabem na Literatura e Liberdade?”, com Auritha Tabajara, Cidinha da Silva e MV Bill. O amigo Jomar Lima, atual dono e coordenador geral da Flica, me convidou e eu fiquei bem feliz e honrado pela lembrança. Viva a Flica! De volta após o longo inverno da pandemia, euforia total pelo ano novo, cheio de esperança & amor!

[ Auritha Tabajara ]
Natural do interior do Ceará, cresceu ouvindo as lindas histórias de tradição contadas por sua avó. Apaixonada pela rima, escreve desde pequena. Auritha Tabajara é cordelista, terapeuta holística em ervas medicinais, contadora de histórias indígenas, palestrante e oficineira. Radicada em São Paulo, é co-diretora do documentário “A mulher sem chão”, autora dos livros “Magistério indígena em versos e poesias” e “Coração na aldeia, pés no mundo”, e 1ª mulher indígena a publicar livros em literatura de cordel no Brasil.

[ Cidinha da Silva ]
Mineira, tem 20 livros publicados, como os premiados “Um Exu em Nova York” (Biblioteca Nacional, 2019) e “O mar de Manu” (APCA 2021, melhor livro infantil). É editora da Kuanza Produções. Os livros de Cidinha da Silva passeiam pelos gêneros: crônica, conto, ensaio, dramaturgia e infantil/juvenil. A sua pesquisa estética bebe da fonte das africanidades, orixalidades, ancestralidades e da tensão e diálogo entre tradições e contemporaneidade. Outros temas estão presentes na sua obra: racismo, desigualdades raciais e de gênero, direitos humanos, amor, futebol e política. Está lançando o livro de crônicas “A menina linda”.

[ MV Bill ]
O carioca mensageiro da verdade é rapper, escritor, ator, cineasta e ativista brasileiro. De álbuns referenciais do rap nacional, como “Traficando Informação” e “Declaração de Guerra”, co-fundador da CUFA, Central Única das Favelas, MV Bill é escritor, autor do livro de memórias "A vida me ensinou a caminhar”, entre outros. Com 12 discos lançados, MV Bill segue sua vida erguendo pontes e quebrando paradigmas, construindo suas aeronaves em pleno voo.



Ô, sorte! Tô de volta à Fliu! Tô de volta à cidade mágica que é a sertaneja Uauá! Neste sábado 05/11 às 10h, vou mediar a mesa 05, “Sociedade, religião e política: Espaços da vivência, do diálogo, da empatia e alteridade”, com o padre escritor José Erimatéia de Oliveira e o poeta & professor Wesley Correia, a convite da coordenadora Mércia e do curador Maviael. E vai ter transmissão ao vivo pelo YouTube aqui. E a programação tá linda, confira nas redes da festa aqui. Viva a Fliu! De volta após o longo inverno da pandemia, euforia total pelo ano novo, cheio de esperança & amor!

[ Padre José Erimatéia de Oliveira ]

Especialista em Liturgia e em ensino de Filosofia, bacharel em Teologia, com licenciatura plena em Filosofia e segunda licenciatura em Ciências Sociais, com ênfase em Sociologia, é autor dos livros “Espiritualidade Vicentina: reflexo do amor divino”; “A vida entre o essencial e o supérfluo”; “A força do rito na fé e na vida do povo” e “Igreja Matriz de Uauá, sua história e seus espaços”, entre outros. Ministra palestras em escolas públicas e particulares sobre diversas temáticas, entre elas, valores, família, disciplina, filosofia e espiritualidade.

[ Wesley Correia ]

Wesley Correia é poeta, ficcionista e ensaísta. Dentre suas obras, destaca-se a antologia “laboratório de incertezas”, publicada pela Editora Malê, em 2020, que reúne a produção poética do autor nas últimas duas décadas. Tem obras traduzidas para o inglês, espanhol e romeno. É doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA/Universidade de Lisboa, professor de Literatura e Identidades do IFBA, Campus Salvador. Tem integrado diversas atividades que pautam os temas da arte, da cultura, da literatura e da sociedade, e é membro da Academia Cruzalmense de Letras.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Seleta: Gipsy Kings

A “ Seleta: Gipsy Kings ” destaca as 90 músicas que mais gosto do grupo cigano, presentes em 14 álbuns (os prediletos são “ Gipsy Kings ”, “ Este Mundo ”, “ Somos Gitanos ” e “ Love & Liberté ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 14 álbuns participantes desta Seleta 01) Un Amor [Gipsy Kings, 1987] 02) Tu Quieres Volver [Gipsy Kings, 1987] 03) Habla Me [Este Mundo, 1991] 04) Como un Silencio [Somos Gitanos, 2001] 05) A Mi Manera (Comme D'Habitude) [Gipsy Kings, 1987] 06) Amor d'Un Dia [Luna de Fuego, 1983] 07) Bem, Bem, Maria [Gipsy Kings, 1987] 08) Baila Me [Este Mundo, 1991] 09) La Dona [Live, 1992] 10) La Quiero [Love & Liberté, 1993] 11) Sin Ella [Este Mundo, 1991] 12) Ciento [Luna de Fuego, 1983] 13) Faena [Gipsy Kings, 1987] 14) Soledad [Roots, 2004] 15) Mi Corazon [Estrellas, 1995] 16) Inspiration [Gipsy Kings, 1987] 17) A Tu Vera [Estrellas, 1995] 18) Djobi Djoba [Gipsy Kings, 1987] 19) Bamboleo [Gipsy Kings, 1987] 20) Volare (Nel

Dez poemas de Carlos Drummond de Andrade no livro A rosa do povo

Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour ? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te — de vez — nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. -------- Desfile Carlos Drummond de Andrade O rosto no travesseiro, escuto o tempo fluindo no mais completo silêncio. Como remédio entornado em camisa de doente; como dedo na penugem de braço de namorada; como vento no cabelo, fluindo: fiquei mais moço. Já não tenho cicatriz. Vejo-me noutra cidade. Sem mar nem derivativo, o corpo era bem pequeno para tanta