Nos anos 10, fui produtor e empresário cultural, escritor, compositor, produtor musical, fonográfico, executivo e artístico, leitor e blogueiro. Nascido em Salvador, Bahia, em outubro de 1980, com um nome derivado de um livro, formei-me em Jornalismo pela Ufba em fevereiro de 2007, e, nos anos 10, fiz uma revisão anual dos trabalhos feitos, vitórias e derrotas, alegrias e frustrações, além de listas com os livros, filmes e séries vistas, e publiquei esse conteúdo nos posts “Revisando” desse blog.
Eu li 372 livros e assisti a 653 filmes e a 249 temporadas de séries nos anos 10. Li mais livros de contos (26,34%), vi mais filmes no Cinema (35,99%) e as séries na Netflix (84,34%). Prestigiei a produção brasileira na literatura (78,23%), mas a maioria esmagadora de filmes (90,66%) e séries (95,59%) foi estrangeira.
O livro predileto dos anos 10 foi de poesia, “Estação infinita e outras estações” (2012), do mestre baiano Ruy Espinheira Filho (embora o autor mais lido tenha sido o gigante russo Anton Tchekhov, com 16 livros); o filme, o emocionante e reflexivo “Ela” (Her - 2013), do norte-americano Spike Jonze; a temporada, a 4
Li mais em 2016 (63 livros), assisti a mais filmes em 2019 (106 filmes) e a mais temporadas de séries em 2018 (70 temporadas). 2010 foi o ano em que eu menos li (11 livros) e assisti a filmes (39), e em 2014, vi menos temporadas de séries (04) – não assisti a nenhuma entre 2010 e 2012.
O livro, filme e série predileta dos anos 10
O grande destaque dos livros vai para 2019 (gostei de 76% das obras lidas e não gostei de apenas 8%); dos filmes, 2016, porque me proporcionou o maior número de filmes prediletos vistos (19) e mais obras que gostei (41 filmes ao todo); o das séries, 2017, com o maior número de temporadas que gostei (38) e o recorde de prediletas (17), e não gostei de apenas 13,22%.
Eu me frustrei mais com os livros lidos em 2014: não gostei de 28,30% – embora tenha lido obras valiosíssimas para mim, com 13 prediletos. Em 2011, assisti a menos prediletos (05) e gostei apenas de 1/3 dos filmes que assisti. E em 2018, não gostei de quase 25% das temporadas de séries vistas, e curti apenas 40% – embora tenha visto 16 prediletas.
Nos anos 10, eu tive a sorte de gostar da maioria das temporadas de séries vistas (52,21% contra 30,12% de meeiras e 17,67% que não gostei), ou seja, as obras contempladas me encantaram e surpreenderam mais do que me frustraram, assim como a maioria dos livros lidos (51,08% contra 29,03% de meeiros e 19,89% que não gostei). Uma pena que não foi assim com os filmes: mesmo com a sorte de gostar de 41,50% das obras, o percentual dos mais ou menos foi alto (39,97%), e, somado ao das que não gostei (18,53%), revela que os filmes vistos nos anos 10 me frustraram mais do que me encantaram ou surpreenderam.
Além de livros, filmes e séries, eu também fui a muitos shows e ouvi muita música nos anos 10, e cheguei até a divulgar nas postagens “Revisando”; contudo, a partir de 2014, decidi não mais catalogar e expor, porque a literatura e as artes visuais ainda continuavam pulsando na minha carreira artística, enquanto que a música migrara de vez para o consumo apenas.
A realização de nove edições da Flica
é o maior feito dos anos 10
Foto da Flica 2014: Egi Santana
A cada ano dos anos 10, elegi um feito como o principal, dentre tudo que realizei. Quando a carreira artística era o que me importava mais, elegi: 04 lançamentos de livros meus, em 2010, 2015, 2017 e 2018, dois físicos e dois virtuais; 02 lançamentos de discos (virtuais) com composições e produções minhas, em 2014 e 2019; e 01 celebração por ter concluído o meu primeiro romance, em 2016 (supostamente, porque só foi concluído em 2019). Quando o que me importava mais era a carreira de produtor cultural, elegi: a realização das três primeiras edições da Flica, de 2011 a 2013.
Abaixo, seguem os links para os posts dos livros, filmes e séries consumidas nos anos 10, além dos posts “Revisando”, de 2010 a 2019, com um resumo do que vivi, profissional e pessoal.
Livros
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Lista com os 100 prediletos, 90 bons e demais 182 livros
Filmes
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Lista com os 100 prediletos, 171 bons, 261 meeiros e demais 121 filmes
Séries
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Lista com as 70 temporadas prediletas, 60 boas, 75 meeiras e demais 44 temporadas
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2010 foi o ano em que abracei o empreendedorismo (tornei-me um pequeno empresário da cultura), executei trabalhos e criei/formatei grandes projetos, no rumo que penso para a Putzgrillo Cultura – uma produtora de festivais. Em 2010, lancei “Abrupta sede”, o meu primeiro livro, de contos.
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2011 foi o ano em que a Putzgrillo Cultura pode finalmente estrear os seus dois primeiros produtos do portfólio de festivais: a Flica, 1ª festa literária da Bahia, e o Festival Brainstorm. Em 2011, perdi o meu pai, Ildegardo Rosa, a pessoa mais importante da minha vida (uma multidão de pessoas reunidas em um ser).
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2012 foi o ano em que a Putzgrillo Cultura estreou três festivais (Música no Cinema, Santo Antônio Jazz Festival e Recôncavo Jazz Festival) e realizou a 2ª edição da Flica. Em 2012, voltei a escrever, produzindo um livro de contos e outro de poemas, e comecei a jornada do meu 1º romance.
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2013 foi o ano dos negócios: saí da Putzgrillo Cultura, abri a Mirdad – Gestão em Cultura (em que tentei realizar outras festas literárias pelo país) e a Cali (para realizar a Flica). Em 2013, comecei a escrever o meu 1º romance, finalizei o livro de poemas “Nostalgia da lama” e iniciei as regravações da The Orange Poem.
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2014 foi o ano do retorno da minha carreira autoral. Desfiz a Mirdad Cultura (continuei com a Cali e a Flica), produzi e lancei seis EPs da The Orange Poem, organizei o meu blog por seções, produzi o single “A Mendiga e Eu” (gravada pela Quarteto de Cinco), lancei o livro de poemas “Nostalgia da lama”, finalizei o livro de contos “O grito do mar na noite”, continuei a escrever o meu 1º romance, e perdi o mestre André Setaro.
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2015 foi o ano da literatura. Lancei o livro “O grito do mar na noite” e escrevi “Olhos abertos no escuro” (ambos de contos), finalizei a versão “Muralha” do meu 1º romance, li grandes obras, divulguei no YouTube trechos de leituras dos meus livros e perdi o mestre Hélio Pólvora. Em 2015, a Cali realizou o evento de lançamento da Flica 2015 na Caixa Cultural de Salvador e a 5ª edição em Cachoeira, e eu produzi o EP “Fluid” do novo projeto musical Orange Roots.
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2016 também foi um ano literário, em que lancei o livro de contos “Olhos abertos no escuro”, finalizei a versão “Miwa – A nascente e a foz” do meu 1º romance, li grandes obras e divulguei no YouTube trechos de leituras dos meus livros. Em 2016, a Cali realizou os eventos Flica na Caixa (em Salvador) e a 6ª edição da Flica (em Cachoeira), em que assinei, pela primeira vez sozinho, a curadoria. Na música, transformei o “Fluid”, do Orange Roots, num álbum completo (mas ficou engavetado), e produzi a primeira gravação profissional da minha mãe, Martha Anísia, aos 78 anos: “Se os Sentimentos Falassem Sozinhos”.
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2017 foi o ano que decidi editar e disponibilizar os meus livros na internet, lançando virtualmente “Quem se habilita a colorir o vazio?”, com todos os meus poemas, e a antologia “Ontem nada, amanhã silêncio” (comecei a produzir a obra com os contos). A versão “Miwa — A nascente e a foz” do meu 1º romance foi finalista do Prêmio Sesc de Literatura e finalizei uma nova chamada “Miwa”, e organizei a antologia “Mestre Dedé — O andarilho da ilusão”, com poemas do meu pai (custeada por mãe e lançada em Salvador). Em 2017, a Cali realizou a 1ª edição da FliCaixa (Festa Literária da Caixa), em Salvador, Fortaleza e Curitiba (a 1ª produção da Cali além da Bahia), o evento de lançamento da Flica 2017 e a 7ª edição da Flica (com curador externo pela 1ª vez).
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2018 foi mais um ano dedicado ao trabalho literário, em que concluí a produção e lancei virtualmente os livros “O limbo dos clichês imperdoáveis”, com os contos completos, revisados e reescritos, e “Yesterday, Nothing, Tomorrow, Silence”, com poemas traduzidos para inglês por Sabrina Gledhill (pela 1ª vez, um livro meu em uma outra língua). Descobri que a versão “Miwa” do meu 1º romance foi um dos 10 finalistas do Prêmio Cepe Nacional de Literatura 2017, produzi duas novas versões (que apanharam nos prêmios que participaram) e concluí a versão “Tudo o que nos forma é hoje”. Em 2018, a Cali realizou a 2ª edição da FliCaixa (Festa Literária da Caixa), em Salvador e Fortaleza, o evento de lançamento da Flica 2018 e a 8ª edição da Flica.
Revisando 2019
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2019 foi o ano das comemorações, em que celebrei os meus 20 anos de produção cultural, os 10 anos de criação da Flica e os 10 anos do meu blog. Em 2019, o álbum “Fluid”, do meu último projeto musical, Orange Roots, finalmente foi lançado, fiz trabalhos como editor de livros, concluí a produção literária do meu 1º romance e lancei virtualmente “Boldo tea”, o meu 1º conto em outra língua, traduzido por Sabrina Gledhill. Em 2019, a Cali realizou o evento de lançamento da Flica 2019 e a 9ª edição da Flica, num ano dificílimo para a cultura no Brasil (tempos de obscurantismo e ignorância).
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