Martha Anísia (foto: Kátia Moema)
“Somos eternos aprendizes do caminhar.”
“Dá-me vontade de refletir e ver que posso fazer da minha vida o que eu permitir. (...) Dá-me sabedoria, para que eu possa compreender que, em todas as fases da vida, eu posso ser feliz, se eu assim permitir. (...) Dá-me a coragem necessária para enfrentar o que a vida me apresente, sempre com entusiasmo, com resignação, superando os obstáculos com serenidade, equilíbrio, sem angústia, sem desespero e com a mente sóbria. Dá-me sempre a perseverança para corrigir as minhas deficiências, sem sentimento de culpa. Que eu não perca a confiança e a esperança em vencer as dificuldades com lucidez, paciência e calma.”
“Sorrir para fazer a vida pequena tornar-se grandiosa.”
“Que nós não percamos a alegria de estarmos juntos e o encantamento dos namorados. Que nós saibamos compreender um ao outro no relacionamento do dia a dia, sem conflitos, com paciência, calma e serenidade nas divergências de opiniões. Que sejamos capazes de não nos sentirmos tristes, magoados e ofendidos, e, com paciência e amor, nos entendermos. Que nosso amor seja suficientemente grande para perdoar, não guardar ressentimentos e ajudar ao outro a compreender o seu erro e a se superar.”
“A beleza da vida real é não ser estática, não ser previsível, pois ela é de altos e baixos em uma constante mudança dentro da dualidade de todas as nossas experiências.”
“No abrasante calor, você é a brisa que refresca. No amargor da vida, você é a doçura que chega. Nas agitações do dia a dia, você é a tranquilidade que envolve. Nas incertezas cotidianas, você é a espera que substitui. Nas lágrimas dos meus olhos, você é meu conforto. Nas tristezas que me invadem, você é a minha alegria. Nas asperezas da vida, você é a suavidade que me surge. Nos meus desconsolos, você é meu refúgio.”
“O Amor é um estado de espírito que existe sem depender de fatores externos para existir. Não depende do que o outro fale ou faça. Não depende das circunstâncias da vida. O Amor simplesmente existe quando a alma conscientiza quem ela é. Então, essa alma mergulha fundo nesse oceano infinito de plenitude, e nada mais é necessário para que ela flua, vibre e espalhe o seu perfume, o seu néctar, a sua doçura, a sua leveza, a sua luz.”
“(...) a fé, a paciência, a consideração com os outros, o respeito, a compaixão, a sinceridade, a prudência, a responsabilidade, a inteireza, a reciclagem do que mental e emocionalmente somos; o afastamento daquilo que sabemos que só nos prejudica; a superação das coisas arraigadas em nós, que nos oprimem; a superação das mágoas e ressentimentos; a ampliação do nosso afeto; a expansão da nossa ternura; a contemplação do belo; a entrega à Força Divina; o despojamento do ego; o desapego; o libertar-se da ansiedade; o afastar-se da mesquinharia...”
“O Amor é uma energia. A medida do seu tamanho e da sua dimensão é proporcional à ausência do ego.”
“(...) Tudo o que nos faz sofrer, que nos faz ressentir, que nos magoa, está apenas atingindo o nosso ego. O nosso verdadeiro Ser não sofre com ressentimentos, nem é atingido com nada que vem de fora de nós. Quando conseguirmos conscientizar isso, não haverá necessidade de perdão, pois não nos sentiremos ofendidos por ninguém. Não temos necessidade de perdoar, pois não nos sentimos magoados”
“(...) os valores finitos não satisfazem o verdadeiro desejo da alma. Só quando se volta para dentro de si mesmo, ao identificar-se com o seu eu interno, sua verdadeira essência, o vazio torna-se pleno.”
“Despertar é acordar para a verdade.”
“Que eu compreenda que cada um só dá o que tem, que cada qual age de acordo com o seu grau evolutivo e que está fazendo o melhor que pode. (...) Que eu aceite todas as situações que acontecerem, inesperadamente em minha vida, quando eu não puder modificá-las.”
“(...) tudo o que está enraizado em cada um é difícil de arrancar (...) Cada um quer a recompensa do pouquinho que dá ao outro.”
“Dentro dessa casca do ego, a maioria do ser humano é infeliz. É vulnerável a mágoas, ressentimentos, raiva, rancor, insatisfação, vazio, solidão, tristeza... Oscila na busca do prazer, da felicidade e, uma vez alcançada, volta a desejar mais e mais, sempre insatisfeita. E, assim, o encanto, a magia, tudo que enleva, vai diminuindo, perdendo-se, e o ser humano luta para reviver dentro de si esse enlevo, esse estado de contentamento que, esporadicamente, o envolve e que vai se distanciando cada vez mais dele. (...) Essa é a luta do ser humano dentro da sua casca do ego: uma permanente oscilação entre prazer e dor.”
“Consumimo-nos com tristezas e ressentimentos. Desperdiçamos essa energia de vida com ressentimentos pelo que os outros fazem. Sofremos porque queríamos que os outros não nos maltratassem, porque queríamos que os outros nos dessem valor, porque queríamos que os outros agissem de outra maneira. E assim a vida vai passando, e a nossa energia, que herdamos ao nascer, rica, fabulosa, potente, vai se desgastando em sofrimento, mágoa, tristeza pelo que os outros fazem e que não gostaríamos que fizessem. E nós? O que fazemos de nossa vida, além de nos entristecermos com o que os outros nos fazem?
A identificação com esse eu-personalidade é o que nos faz sofrer. E o nosso eu-verdadeiro, onde está? Por que só nos identificamos com esse eu-mesquinho que só quer, quer, quer, sempre querendo, nunca satisfeito, sempre vítima, sempre sofredor? E a energia da Vida, pura em essência, plena por si mesma, é gasta inutilmente. O sofrimento a consome. O sofrimento moral é um combustível para consumi-la.”
“O homem de consciência desperta trabalha, em si mesmo, todos os seus pontos frágeis. Ele está sempre atento aos seus impulsos, aos seus sentimentos e à sua maneira de pensar e agir. E à medida que sua consciência se amplia, ele se torna cada vez mais compassivo, mais amoroso e mais pacífico. Quanto maior for a sua capacidade de amar, maior é a sua paz interior.”
“(...) o Amor é o remédio para todos os males, para todos os sofrimentos.”
“É uma oportunidade que é dada a dois seres para evoluírem os seus espíritos à medida que vão aprendendo a se doarem, a se compreenderem mutuamente, a aceitarem os defeitos e limitações do outro.”
“O primeiro passo para a evolução é a compreensão e a compaixão pelo outro que ainda não compreendeu e não tem a capacidade de amar. Todo aquele que tenta fazer alguém sofrer com maldade, com aspereza, com desprezo, com humilhação, com calúnia, com má vontade, não entendeu de Deus e não tem dentro de si amor suficiente, por isso, age dessa maneira. São seres adormecidos, que ainda não despertaram. Se ainda não alcançamos o estágio de não sermos perturbados, ofendidos e magoados, o estágio de imperturbabilidade e de serenidade, precisamos ter compaixão e amor e dar o nosso perdão para todos esses seres que tentam nos atingir.”
Presentes no livro “A sede da alma” (Via Litterarum, 2023), de Martha Anísia, páginas 25, 43-44, 77, 16-17, 83, 73, 89, 34-35, 11, 32-33, 78, 67, 58, 15, 21, 27-28, 37, 19, 14-15 e 32, respectivamente.
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