Depois do som psicodélico-progressivo da Orange Poem, agora é a vez do bolo doido de Mirdad e a pedradura ser lançado nas plataformas digitais nesta sexta, 03 de setembro.
Rock, groove, MPB, jazz, bossa, reggae, blues, pop, psicodelia e experimentalismo, com o molho dos solos do naipe de sopro, e os versos com polêmica, sarcasmo e acidez. O álbum “la sangre” é o único registro disponível com Emmanuel Mirdad no vocal, depois que largou a voz da Orange Poem, e as canções são em português.
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Formada em Salvador da Bahia em 2007, justamente na virada da geração 00, que ainda tinha o rock e os seus subgêneros como unidade musical, para a geração 10, que trouxe a diversidade para o foco da música alternativa, a Pedradura apresentou uma fusão de rock com um escambau de ritmos. Mirdad (voz e violão) montou a banda com músicos que não se conheciam: Edu Marquéz (bateria), Artur Paranhos (baixo) e Eric Gomes (guitarra), acrescidos pelo naipe Medina (trompete), Gilmar Chaves (trombone) e Eric Almeida (saxofone).
Em pé: Eric Gomes, Mirdad e o percussionista Marquinhos Black. Embaixo: Artur Paranhos e Edu Marquéz na gravação em 09-09-2007
O projeto era registrar um álbum, antes de fazer shows. Assim, dos ensaios direto à gravação, nasceu o álbum “Universo Telecoteco” (2008), produzido por Emmanuel Mirdad, que não chegou nem a ser lançado; assim que ficou pronto, foi para a gaveta, porque a banda acabou. Depois, o produtor disponibilizou as músicas no YouTube e Soundcloud.
Enquanto gravava a Pedradura no Submarino Studios em Salvador-BA, com Tito Menezes e André Magalhães, Mirdad produziu o seu primeiro trabalho solo, o EP “ID” (a energia dos instintos em busca da realização do princípio do prazer), com cinco composições suas, reunindo a cozinha da Orange Poem (o baterista Hosano Lima Jr. e o baixista Artur Paranhos) e o guitarrista Eric Gomes, da Pedradura. Assim como o outro disco, o EP só foi lançado virtualmente.
Mais de dez anos se passaram, e agora esses dois trabalhos são reunidos no álbum “la sangre”, assinado como Mirdad e a pedradura. São 12 músicas, quase todas de Emmanuel Mirdad (exceto “Canção da Despedida”, de Rodrigo Damati, com participação no piano de André Magalhães), com destaque para o duelo entre o crente e o ateu em “Armadilha”, as relações lascivas entre os jornalistas e os artistas moderninhos em “Danilo na Ceia das Hienas”, o blues nordestino “O Milagre” (composto para Zé Ramalho cantar) e o groove blues etéreo “El’eu”, com pitada de faroeste surf music (ficou entre as 50 selecionadas do V Festival de Música Educadora FM, com participação de Tadeu Mascarenhas, Marcus Zanom e Ildegardo Rosa).
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