Hoje, 22 de outubro, para mim, sempre será o dia do meu pai. Neste 2021, caso estivesse vivo, estaríamos celebrando 90 anos da sua existência. Mas ele permanece. Enquanto vida houver em mim, permanecerá.
O meu pai é a pessoa mais importante para mim. Uma multidão dos mais especiais. Um monte de gente reunida num só sorriso e afeto. Fico até encabulado de comentar, pois há tanta desgraça por aí, mas é preciso ser correto com o seu legado e registrar: sempre amigo, sempre irmão, pai o tempo inteiro, sempre esteve ao meu lado, parceiraço, me incentivando, investindo em todas as propostas que apresentei; nunca me tolheu, sempre me apoiou; seguro, amoroso, disposto, presente, engraçado, carinhoso e conselheiro, quando permitido (nunca invasivo ou descompensado), foi o homem mais generoso, honesto, honrado, íntegro, solidário e de coração imenso que já presenciei nessa existência.
Ildegardo Rosa (1931-2011) nasceu no último dia de Libra, em Tobias Barreto, Sergipe, quinto filho da forte Josepha com o inventor Joaquim, neto do coronel José Rosa (que dizem que inventou o sobrenome Rosa por gosto). Formou-se em Direito e Filosofia, teve diversos trabalhos (o avô morreu num naufrágio e deixou a família na pindaíba), de açougueiro a ilustrado mestre cooperativista, Petrobras, Furnas e Uneb, foi menino que amava andar nu como índio, pai de duas filhas e um filho, avô de dois casais de netos, galante sedutor dançarino, honrado marido da musicista baiana Martha Anísia, 50 anos de amor e cumplicidade.
Ildegardo Rosa com esposa, filhos, netos e genros,
comemorando os seus 80 anos em 2011 no Rio
O bravo sertanejo, que manteve o sotaque sergipano até o fim, foi poeta. Da gaveta do armário, resgatei os seus poemas (datilografados ou manuscritos), e em 2017, a minha mãe bancou a antologia póstuma “Mestre Dedé – O andarilho da ilusão” (Mondrongo, 2017), organizada por nós. E que, hoje, como presente, a celebrar os 90 anos de Ildegardo Rosa, disponibilizamos o livro de graça, para leitura e download aqui.
Caso alguém queira o livro físico, ainda restam 11 exemplares desta edição única, compre o seu (custa R$ 30,00 + frete) aqui: marthanisia@hotmail.com
Últimos 11 exemplares da primeira e única edição do livro “Mestre Dedé – O andarilho da ilusão”, de Ildegardo Rosa, publicada pela Mondrongo em 2017.
O poema do meu pai que eu mais gosto.
Ironicamente, 53 anos depois,
ele morreria em 13/12.
Capa completa do livro “Mestre Dedé – O andarilho da ilusão”, de Ildegardo Rosa, por Ulisses Góes para a editora Mondrongo.
E o meu pai amado, melhor amigo, irmão e mestre, também permanece com a sua voz singular, eternizado nessas canções minhas (todas disponíveis nas plataformas): “Illusion’s Wanderer” (parceria nossa, com os poemas dele), “El’eu”, “Fantoche” e “The Green Bee”. E ainda vai ter mais, em breve!
Grato por tanto, meu pai, celebraremos a sua vida, sempre! Os seus ensinamentos me guiam, sempre com a graça de ser o seu filhão-discípulo-irmão. Viva Mestre Dedé! Ildegardo Rosa para sempre!
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Participações de Ildegardo Rosa
nas minhas composições
Voz principal
Autor da letra
Recita em 3 partes
Recita no final (6'05")
Recita no meio (1'39")
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Ildegardo Rosa recita
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Posts sobre Ildegardo Rosa
Especial: Ildegardo Rosa
(1º post: três poeminhas)
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80 anos de Ildegardo Rosa: a despedida e o poema
(recordações do último niver)
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Até breve, meu pai.
(sobre a sua morte)
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1 mês sem Ildegardo Rosa
(santinho)
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Três poemas de Ildegardo Rosa
(para celebrar a poesia do Mestre Dedé)
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O sonhador, de Ildegardo Rosa
(para celebrar a poesia do Mestre Dedé)
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Livro Mestre Dedé – O andarilho da ilusão (2017), de Ildegardo Rosa
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Fotos do lançamento do livro
Mestre Dedé – O andarilho da ilusão
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Posfácio de Ildegardo Rosa para
o livro Nostalgia da lama
(muita honra para o meu livro)
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A carta da avó Josepha
(carta da mãe de Ildegardo Rosa)
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