Pular para o conteúdo principal

Música para Escrever 2021

160 bandas/artistas selecionados em 2021. Descritivo no final do post

Em 2021, entre janeiro e agosto, publiquei 15 posts da série Música para Escrever, divulgando o trabalho de 160 bandas e 297 discos (entre álbuns e EPs). Compilei o melhor do post-rock para escrever que peneirei na internet, via os canais no YouTube Wherepostrockdwells, Worldhaspostrock e In The Woods, além das páginas das bandas no Bandcamp.

Peneirei atrações de 36 países: Estados Unidos (35 atrações), França (15), Alemanha (11), Inglaterra (10), Áustria (10), Suécia (09), Itália (09), Canadá (07), Espanha (05), Austrália (04), Rússia (04), Grécia (04), Polônia (04), África do Sul (03), Brasil (03), Suíça (03), Finlândia (02), Tailândia (02), Romênia (02), Argentina (02), Bélgica (01), Portugal (01), Japão (01), China (01), Ucrânia (01), Hungria (01), Indonésia (01), Malásia (01), Noruega (01), Estônia (01), Lituânia (01), Chile (01), País de Gales (01), Irã (01), Venezuela (01) e México (01).

Considero o gênero post-rock (e o ambient) a melhor trilha sonora para escrever, que me faz ir além, mergulhado no universo de dentro e ao redor. Confira abaixo o Música para Escrever 2021 (última temporada da série), com os melhores sons de post-rock, a alumiar a mente e transcender em palavras.


#56 — Ouça aqui
Mesozoic | Ben Haskins | SIX DAYS OF CALM
LA VERITE | Nieeve | Northway | KOSMOVOID
Wolfredt | Dog Is My Copilot | satellites


#57 — Ouça aqui
a world wondered full | We Stood Like Kings
I Hear Sirens | Alpha du Centaure | Labirinto
Lai delle Nubi | Overmorrow | Yndian Mynah
Audiolepsia | Quiet is the new Loud


#58 — Ouça aqui
Cult of Luna | Mouth of the Architect
Show Me a Dinosaur | Ànteros | Birds In Row
Empress | Ingrina | Aortes | Montagne | Lionsbreath


#59 — Ouça aqui
Huminoita | albinobeach | Threestepstotheocean
[::] | neànder | A Burial at Sea | Mekong Airlines
Face Off | Noswal | The Kompressor Experiment


#60 — Ouça aqui
EF | Verstärker | Lowering | Star of Heaven
In Inertia | Across The Moment
Carved Into the Sun | A Good Man Goes To War
Goodbye Meteor | REDNICUIDO


#61 — Ouça aqui
Magyar Posse | Tation | KWOON
Seas of Years | Nyctalgia | Elara
Snöhamn | The Absolute End of The World
Cuando la Lluvia Cae | Between Sky & Sea


#62 — Ouça aqui
Golden Hymns Sing 'Hurrah' | Red Sparowes
The Ascent of Everest | Gregor Samsa
johnnytwentythree | Saxon Shore
Giants | Industries of the Blind
Koya | This is a Process of a Still Life


#63 — Ouça aqui
Alaskan Tapes | Echoes and Signals | Hwaino
SPOIWO | Time. Space. Repeat.
where mermaids drown | pictures of wild life
The Bonus | Perfect Paradox | heliotropio


#64 — Ouça aqui
FALL OF MESSIAH | Prime Alone
Fires Burn Low | When Waves Collide
KRANE | a spark in the v(*)id
BLACKSHAPE | Solars
ANFIORESTER | Mountainscape


#65 — Ouça aqui
flyingdeadman | World's End Girlfriend
Arbor Lights | Böira
 A New Silent Corporation | 10 Waves of You
Pictures on Silence | Ziriphon Fireking
Rædsel | ORDEAL & PLIGHT


#66 — Ouça aqui
LAC | Suffocate for fuck sake | GrimLake | Dûrga
Ennoven | The Metaphor | Clouds Collide
KOLLAPSIN | FORT | MOEWN


#67 — Ouça aqui
Her Name is Calla | things falling apart
Sauf les drones | Your Hand In Mine
Burial Ground for Butterflies
Hurry Up, Brothers | Wapentake
Quintessence | At The Grove | Oreana


#68 — Ouça aqui
Cinématique | Doomina | le_mol | Alderaan
Gjoad | felperc | Møuntain
BOG | CEVEO | microtonner


#69 — Ouça aqui
Signal Hill | MOHICAN | Krobak
Methadone Skies | Threefifty
Treebeard | Musgravite
Nueva Noventa | Tuber | Ylva de Lune


#70 — Ouça aqui
Immanu El | The Mighty Missoula | Simple Being
Raphael Weinroth-Browne | Kajsa Lindgren
The Echelon Effect | perila | Slow Meadow
We Are All Astronauts | Francisco Sonur
YNICORNS | Matt Evans | Kuiper
Thomas Bingham | Adam Dodson
Fogweaver | Circadian Eyes | Atrium Libre
Devin Shaffer | he follows roads


Atrações peneiradas

Estados Unidos (35)
Golden Hymns Sing 'Hurrah'
Signal Hill
Gregor Samsa
johnnytwentythree
LA VERITE
things falling apart
MOHICAN
The Mighty Missoula
Simple Being
Mouth of the Architect
BLACKSHAPE
Lowering
Red Sparowes
I Hear Sirens
The Ascent of Everest
Clouds Collide
Threefifty
Giants
Industries of the Blind
Hurry Up, Brothers
Noswal
Koya
Fogweaver
Slow Meadow
Saxon Shore
Matt Evans
pictures of wild life
Carved Into the Sun
Adam Dodson
Circadian Eyes
Atrium Libre
This is a Process of a Still Life
Oreana
Devin Shaffer
YNICORNS

França (15)
KWOON
GrimLake
flyingdeadman
FALL OF MESSIAH
LAC
where mermaids drown
Alpha du Centaure
Birds In Row
When Waves Collide
Goodbye Meteor
Quintessence
Thomas Bingham
Ingrina
Pictures on Silence
Montagne

Alemanha (11)
SIX DAYS OF CALM
Verstärker
neànder
a spark in the v(*)id
Mekong Airlines
Rædsel
ORDEAL & PLIGHT
At The Grove
KOLLAPSIN
Ylva de Lune
MOEWN

Inglaterra (10)
Her Name is Calla
A Burial at Sea
We Are All Astronauts
Solars
Mountainscape
Wapentake
Arbor Lights
The Echelon Effect
satellites
Time. Space. Repeat.

Áustria (10)
Cinématique
le_mol
Gjoad
Doomina
BOG
Møuntain
felperc
Alderaan
CEVEO
microtonner

Suécia (09)
EF
Immanu El
Star of Heaven
Cult of Luna
Suffocate for fuck sake
Snöhamn
Seas of Years
Kajsa Lindgren
Face Off

Itália (09)
Threestepstotheocean
Elara
Northway
10 Waves of You
A New Silent Corporation
Lai delle Nubi
The Absolute End of The World
A Good Man Goes To War
Quiet is the new Loud

Canadá (07)
Ben Haskins
Raphael Weinroth-Browne
Alaskan Tapes
Sauf les drones
Fires Burn Low
Empress
he follows roads

Espanha (05)
Ànteros
Dûrga
Böira
Audiolepsia
REDNICUIDO

Austrália (04)
Mesozoic
Treebeard
Kuiper
The Bonus

Rússia (04)
Show Me a Dinosaur
Prime Alone
Echoes and Signals
perila

Grécia (04)
Your Hand In Mine
Tuber
heliotropio
Between Sky & Sea

Polônia (04)
[::]
SPOIWO
Across The Moment
Ennoven

África do Sul (03)
albinobeach
Yndian Mynah
Lionsbreath

Brasil (03)
Labirinto
Musgravite
KOSMOVOID

Suíça (03)
Nyctalgia
KRANE
The Kompressor Experiment

Finlândia (02)
Magyar Posse
Huminoita

Tailândia (02)
a world wondered full
Ziriphon Fireking

Romênia (02)
Methadone Skies
Dog Is My Copilot

Argentina (02)
Nieeve
Francisco Sonur

Bélgica (01)
We Stood Like Kings

Portugal (01)
Burial Ground for Butterflies

Japão (01)
World's End Girlfriend

China (01)
Tation

Ucrânia (01)
Krobak

Hungria (01)
Overmorrow

Indonésia (01)
In Inertia

Malásia (01)
The Metaphor

Noruega (01)
Hwaino

Estônia (01)
Wolfredt

Lituânia (01)
Aortes

Chile (01)
Nueva Noventa

País de Gales (01)
FORT

Irã (01)
Perfect Paradox

Venezuela (01)
ANFIORESTER

México (01)
Cuando la Lluvia Cae


Música para Escrever 2020
Ouça aqui


Música para Escrever 2019
Ouça aqui


Música para Escrever 2018
Ouça aqui


Música para Escrever 2017
Ouça aqui

 
297 discos (entre álbuns e EPs) selecionados em 2021

A cada postagem, uni os títulos dos discos num texto experimental. Segue abaixo, toda a produção baseada nas obras divulgadas:

Música para Escrever 2021
Emmanuel Mirdad

Alguém deixa um bilhete: “Bem-vinda, garota. O nosso segundo sol brilha para você”. No verso, ela escreve: “nós criamos porque tudo vai acabar”. À medida de uma braça, há um ser sanguíneo & sozinho na Terra mitológica. Por entre fumaça e espelhos, tem um buraco no barco e é grande. No frio, ela sente ao luar a canção de ninar do oceano. O círculo relembra o elefante [o fundamental permanece]. Ela escreve: “nossos invernos encontram o vento nos levantando”. Nas pequenas coisas, amor verdadeiro. O que paira é essa crisálida do escapismo, as marés à vista do forte de Enisala, essas linhas costeiras familiares.

A estrada se alinhava na escuridão das minhas mãos, mas as febres sussurravam em lamentos de luz que passavam. Para quem você ligaria quando a polícia o matasse? E o que você vai cantar para a casa em chamas? Deriva, vândalo; render para recusar. Abandonado no jardim de um tirano, um adeus para sempre ao arco, com as mãos trêmulas que tecemos por cordas enferrujadas, como a sua fumaça em ondas de vagar desgastado e preocupado... O seu país está há muito tempo no seu funeral. União Soviética, 1926. Berlim, 1927. EUA 1982. A sessão ao vivo de (re)trabalhos clássicos. Uma estrela morreu, além do mar, sob o céu, entre a consciência e o sono. Eu ouço sirenes: o desequilíbrio original da cor dos meus sonhos. Essa paralisia, anátema da energia vital em etéreo proteger da deusa. Cores para quem procura: uma bela juventude, macia e suave, em ondas e partículas de um código escondido.

A salvação de um amanhecer para temer, em algum lugar ao longo da rodovia, é vertical ao reino eterno dos laços que cegam silenciosamente. O amanhecer do tempo & murchando. “Me mostre um dinossauro”, deseja o contemplador de plantas nos corpos celestes... e, na paz, a escuridão das luas. “Você, eu e a violência”, ele continua. “Nós já perdemos o mundo”, uma mulher responde. A guerra pessoal da reminiscência na premonição depois da luz. A última luz. “Você encontrou a paz?” A cachoeira negra, num bafo de leão.

Tudo é dois. 369 também. A cacofônica praia albina tem a escada de acesso carregada de cheiros de fogo. Até o hoje se torna ontem na luz da migração. O auxiliar quer a conexão no “in”, onze-onze-dez. O autointitulado eremita, um enterro no mar, o grande telescópio e as companhias aéreas Mekong são máquinas da Pangeia em 2001.

“Eu sou o responsável pelas cerimônias: dê-me beleza ... ou me dê a morte!”. Em luto pela manhã dourada, temas e variações lutando com o escuro no Brooklyn. A felicidade é o inverno para as nossas memórias, a eflorescência da simbiose esculpida no sol, os sons de uma grande multidão na fita do Norte às 06:24.

Os reis do tempo e o vingador aleatório: nós iremos carregá-lo pelas montanhas. O cego, em perplexidade, pensa no quinteto da sensação, em duas partes. O plano das coordenadas 2018 é o show da guilhotina. Quando as flores estavam cantando os contos e os sonhos, os campos sempre inconstantes, dentro da fenda oceânica, a três horizontes de distância, figuram-se uma pitada de eternidade nas profundezas do tempo, em um oceano feito de estrelas. A trilha sonora para um lugar sossegado parte do vapor de água atmosférico congelado em cristais de gelo de uma figura-alma se manifestando em êxtase, a beirar a caminhada estrelada dos diários de sonho. Noutro lugar, ele é um astronauta em dias sem memórias; é o que mais importa.

Os hinos dourados cantam “The Tower” e outras canções. O grande cancioneiro distópico, parte I: canções para o sol poente e o sol nascente. Os hinos dourados cantam “Jobless & Worried”. “Do que eu tenho medo?”, ela pensa. “Nosso mundo estava morrendo / nosso mundo estava morto”. O medo é insuportável, mas aí está a resposta. E cada coração vermelho brilha em direção ao sol vermelho. Esses aforismos na madrugada silenciosa desta vantagem: quão solitária fica a cidade! Não é derrotado, pois em 55:12, o descanso de 27:36. Assim diz João 23: a ponte, trinta moedas de prata e não importa a morte requintada da costa saxônica. Seja um azul brilhante nas velhas histórias. Eles, os indignos gigantes do capítulo 1: se tivéssemos conhecido melhor a deriva dos futuros perdidos. A terra nunca pareceu mais longe. Luz!

Só para nós, as visualizações de dezesseis histórias. Na distância, estamos perdendo. Você sempre foi uma ilha, e todos nós falamos em poemas, como o V e o monodrama mercurial de oroboros. Nós perdemos outra lua. Adeus ao outono, vamos saudar a solidão dos corações marciais. O onironauta diz: “a beleza está em toda parte”. E os ventos fortes sopram no terreno que somos. Em cada rua, uma cobra; fractais perfeitos da estrela mais brilhante na constelação de Lira.

Como ver além dos campos as cores vazias da carne velha? A grande arte da autodestruição é a essência que está na profundidade do solitário prime. A paisagem restante do abismo é este desejo insaciável de possuir o que pertence ao outro. Um tópico: a jornada da forma negra é o vértice negativo de todas as luzes passadas em aceitação.

Em 56 temporadas da noite, enviando fogo para o céu, a terceira árvore esquecida machuca o País das Maravilhas. Essa última valsa: a mentira está na terra; adeus, Reino. Perto do lago Hatherton, as luzes do lugar sombrio do bosque. Ao vivo no Sunrunner, o cinza mineral. Se dos escombros nasceu, tudo é exatamente o que parece. A odisseia no campos de Vênus veleja as fotos em silêncio. O rei do fogo anuncia a sua morte iminente, os seus ossos em sussurros.

Yolanda Vostok, são quatro no meu sangue autointitulado “fogos de artifício e helicópteros na primeira página do jornal”. Há uma guerra acontecendo e eu estou marchando com botas pesadas, as minhas mãos de Atlas, essas recordações da sequoia. Desviar da norma é a vingança das passagens vazias, trilhas silenciosas da redenção. A, b, c, d, e & f, todas as coisas brilhando e eles não dormem mais. Ei, professora de nome incomparável, vamos queimar essa ponte quando chegarmos a ela? Assim se vai aos astros!

O cordeiro quieto no coro de animais é o navegador da herança de uma trilha sonora original de uma onda de endorfinas. Alguém pede: “Martelo cego, eu sinto a sua falta como pregos que sou”. Alguém responde: “Agora, espere pelo ano passado, pois carregamos o nosso destino à vista de todos, desintegrando-se!”. Não se deve ficar quieto nos lugares anônimos; procure por problemas nos romances de jardim. Todas as noites, sonhos. Todas as coisas desaparecem em desolação. “Tudo é lindo. Eu estou bem por estar vivo. Estou bem para morrer”, lê-se em madrigais. Assim: “Amanhã, depois da lua... e todo o medo que deixamos para trás; no nascer do sol, ouro”.

No limbo, a vida em um loop infinito, a origem da magia. A beleza das cabeças cabeças cabeças. O ruído branco está em todos os lugares, os caminhos infinitos do recolher. Há cinco estágios de luto no evoluir não retraído. Há areia de terra nesta navegação.

Os EPs do vermelho honesto estão confinados pela noite. O homem das cavernas do retrofuturo, suavemente entre as brasas, propaga a nostalgia da musgravita. E vai postar sobre o deserto superlotado, parte I.

À distância, um eixo de precipitação cai de uma nuvem, que evapora antes de atingir o solo. Há eco e fissura em mundos de dentro. Há a harmonia momentânea, à deriva pela décima vez. Alguém pergunta: “Quanto tempo fica entre você e eu?”. Feliz Ocidente, um outro mundo nas árvores saudáveis. Alguém responde: “Sentimos a sua falta, fique seguro”. Sem toque, os alinhamentos das frações de um momento e o risco de sonhar num acordo antigo entre homens e dragões, canções para fantasmas, a neve caindo. “Nos meus sonhos, eu estou lá”, assim começa o haikai A.

-----

*Ordem das bandas/artistas na foto, da esquerda para direita, de cima para baixo (o crédito das fotos estão nos posts listados acima):

Her Name is Calla . We Stood Like Kings . EF . Magyar Posse . Mesozoic . Golden Hymns Sing 'Hurrah' . SIX DAYS OF CALM . Ben Haskins . KWOON . Show Me a Dinosaur . Verstärker . Burial Ground for Butterflies . Signal Hill . Raphael Weinroth-Browne . Gregor Samsa . World's End Girlfriend . a world wondered full . johnnytwentythree . LA VERITE . Cinématique . things falling apart . Huminoita . Alaskan Tapes . albinobeach . Tation . Immanu El . Your Hand In Mine . GrimLake . Star of Heaven . Sauf les drones . le_mol . flyingdeadman . MOHICAN . Cult of Luna . FALL OF MESSIAH . The Mighty Missoula . Simple Being . Labirinto . Nyctalgia . Gjoad . Mouth of the Architect . Suffocate for fuck sake . BLACKSHAPE . Fires Burn Low . LAC . Lowering . A Burial at Sea . Red Sparowes . Doomina . neànder . Krobak . I Hear Sirens . The Ascent of Everest . Overmorrow . Snöhamn . where mermaids drown . a spark in the v(*)id . Clouds Collide . Prime Alone . Echoes and Signals . Alpha du Centaure . [::] . Seas of Years . Threefifty . Methadone Skies . Nieeve . Kajsa Lindgren . In Inertia . We Are All Astronauts . Birds In Row . Giants . Industries of the Blind . The Metaphor . Hurry Up, Brothers . Solars . BOG . Mountainscape . perila . Yndian Mynah . Noswal . Dog Is My Copilot . Wapentake . Ànteros . When Waves Collide . Dûrga . Arbor Lights . Hwaino . Threestepstotheocean . The Echelon Effect . SPOIWO . Møuntain . Musgravite . Mekong Airlines . Wolfredt . Face Off . Goodbye Meteor . Koya . Aortes . Ziriphon Fireking . Fogweaver . Quintessence . Treebeard . Slow Meadow . Saxon Shore . felperc . Böira . Alderaan . Elara . Northway . 10 Waves of You . Across The Moment . Matt Evans . Kuiper . Thomas Bingham . Nueva Noventa . Rædsel . CEVEO . FORT . satellites . ORDEAL & PLIGHT . A New Silent Corporation . Francisco Sonur . KRANE . Time. Space. Repeat. . Perfect Paradox . Audiolepsia . microtonner . ANFIORESTER . Lai delle Nubi . Empress . KOSMOVOID . At The Grove . Ennoven . pictures of wild life . Ingrina . Pictures on Silence . Carved Into the Sun . The Absolute End of The World . A Good Man Goes To War . KOLLAPSIN . Adam Dodson . The Bonus . Tuber . Circadian Eyes . Montagne . Cuando la Lluvia Cae . Atrium Libre . This is a Process of a Still Life . Quiet is the new Loud . Oreana . Devin Shaffer . he follows roads . heliotropio . Lionsbreath . YNICORNS . Ylva de Lune . Between Sky & Sea . The Kompressor Experiment . MOEWN . REDNICUIDO

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d