50 bandas/artistas selecionados em 2017. Descritivo no final do post.
Escrevi o meu primeiro romance, “Miwa”, ao som dos islandeses do Sigur Rós. Escrevi o meu livro de contos “Olhos abertos no escuro” ao som do duo norte-americano Hammock. Considero o gênero post-rock (e o ambient) a melhor trilha sonora para escrever. Tive essas duas experiências maravilhosas e continuarei a escrever embalado pelo som que me faz ir além, mergulhado no universo de dentro e ao redor.
De agosto a dezembro de 2017, compilei o melhor do post-rock para escrever que peneirei na internet, via os canais no YouTube Worldhaspostrock, Wherepostrockdwells, 9eCn3 e In The Woods, além das páginas das bandas no Bandcamp.
Publiquei, então, 10 posts, divulgando o trabalho de 50 bandas e 104 discos (entre álbuns, EPs e um single).
Peneirei atrações de 26 países: Estados Unidos (09 atrações), Inglaterra (04), Suíça (03), Austrália (03), Suécia (03), Hungria (03), Canadá (02), Polônia (02), Escócia (02), Alemanha (02), Espanha (02), Islândia (01), Portugal (01), Itália (01), Rússia (01), Singapura (01), França (01), Irã (01), Finlândia (01), Macedônia (01), Irlanda (01), Grécia (01), China (01), Belarus (01), Chile (01) e Bélgica (01).
Confira abaixo o Música para Escrever 2017, com os melhores sons de post-rock, a alumiar a mente e transcender em palavras.
#02 — Ouça aqui
Tides From Nebula | pg.lost | ◯
We Lost The Sea | The Last Sighs of The Wind
#03 — Ouça aqui
Mogwai | Our Last Hope Lost Hope
Awaken The Echoes | Molecules to Minds
Message to Bears
#04 — Ouça aqui
Dan Caine | hubris. | 417.3
Moons Eat Stars | False Horizon
#05 — Ouça aqui
God is an Astronaut | Oh Hiroshima | Maïak
we.own.the.sky | Pictures from Nadira
#06 — Ouça aqui
Goodbye, Titan | Astralia
Appalaches | iiah
Man Against Mankind
#07 — Ouça aqui
Explosions in the Sky | KHARA
We Came From The North
WhyOceans | Ciempiés
#08 — Ouça aqui
How To Disappear Completely
whitecube | musicformessier
Wren | NOMADS
#09 — Ouça aqui
Eimog | Baulta | Leech
Bark Psychosis
Dayluta Means Kindness
#10 — Ouça aqui
Godspeed You! Black Emperor
Silent Whale Becomes A° Dream
yndi halda | Volkan | Endless Dive
Atrações peneiradas
Estados Unidos (09)
Hammock
Explosions in the Sky
If These Trees Could Talk
Goodbye, Titan
Wren
Awaken The Echoes
Dayluta Means Kindness
NOMADS
Moons Eat Stars
Inglaterra (04)
Dan Caine
Bark Psychosis
yndi halda
Message to Bears
Suíça (03)
hubris.
Leech
Maïak
Austrália (03)
Molecules to Minds
We Lost The Sea
iiah
Suécia (03)
pg.lost
Our Last Hope Lost Hope
Oh Hiroshima
Hungria (03)
whitecube
musicformessier
Man Against Mankind
Canadá (02)
Godspeed You! Black Emperor
Appalaches
Polônia (02)
How To Disappear Completely
Tides From Nebula
Escócia (02)
Mogwai
We Came From The North
Alemanha (02)
◯
Pictures from Nadira
Espanha (02)
Astralia
Ciempiés
Islândia (01)
Sigur Rós
Portugal (01)
Imploding Stars
Itália (01)
Eimog
Rússia (01)
417.3
Singapura (01)
Paint The Sky Red
França (01)
Silent Whale Becomes A° Dream
Irã (01)
False Horizon
Finlândia (01)
Baulta
Macedônia (01)
KHARA
Irlanda (01)
God is an Astronaut
Grécia (01)
we.own.the.sky
China (01)
WhyOceans
Belarus (01)
The Last Sighs of The Wind
Chile (01)
Volkan
Bélgica (01)
Endless Dive
104 discos (entre álbuns, EPs e um single) selecionados em 2017.
A cada postagem, uni os títulos dos discos num texto experimental. Segue abaixo, toda a produção baseada nas obras divulgadas:
Música para Escrever 2017
Emmanuel Mirdad
O espaço entre parênteses, sem título, é grande, devagar e rola lentamente. Alguém agradece as canções de partida e os hinos do esquecimento. Mesmo assim, relembra-se, em dois volumes, de uma série de noites passadas na casa de amigos da escola, quando criança. Uma montanha e uma árvore. Ossos de um mundo moribundo a fritar na floresta vermelha. Acima da Terra, abaixo do céu, nem todos os que vagueiam estão perdidos.
A leve iluminação da parte da lua, não iluminada pela luz solar, durante uma fase crescente, causada pelo reflexo da luz da terra, é a aura de um eterno movimento, porto seguro. Nunca fora. “Não sou eu, é você!” Sim, sou eu. Quando as plantas se transformam em pedras, no mar negro das árvores. Canções de partida: “Nós somos árvores.”
O falcão está uivando para os que retornam. “Venham morrer, jovens.” São canções felizes para pessoas felizes as que persistem a brilhar, na crista do Sul. A ascender à insignificância, partidas.
A efeméride indica a posição de um objeto astral, na hora exata para a navegação celestial. É um consolo observar as cascatas durante a jornada, que segue através da mente aberta, a emergir de uma gravidade apócrifa. Dois exílios. Trigésima quarta transição.
Tudo é violento, e é brilhante, ao mesmo tempo. Em silêncio, ela anseia a idade do quinto sol. Resistir a uma maneira muito agradável de morrer é inútil. A Terra colide com o seu espelho. Dentro do vidro, unhas de uma galáxia muito distante, onde há uma deusa, que será convocada. Esse é o começo e o final de tudo. Camadas de harmonias abstratas, a girar infinitamente no espaço, que vai explodir em uma supernova maciça.
O arquiteto constrói o labirinto. A vida real nos espera – que espere. Surgem dois novos solstícios, no outono e na primavera, a remodelar o suplício do titã que sustenta o mundo, no astral. A montanha gira em círculos. As distâncias se aproximam numa singularidade monstruosa.
Ele sente a falta de todos. De tudo, de repente. A Terra não é um frio lugar morto. Aqueles que dizem a verdade, morrerão. E aqueles que dizem a verdade, viverão para sempre. Havia heróis entre eles, gigantes desbotados. A nostalgia de mais histórias íntimas de Emília.
Um mar de rotações por minuto, o raio da febre. Há poeira e fantasmas perdidos, ecos de estranhas esferas, num labirinto de constelações, a mirar as Plêiades. Sonhar que tudo vai ficar bem, quando aqueles em torno de nós saem, como nômades.
O cenário é: qualquer tolo pode se arrepender por ontem. Diante dos grandiosos solos do Sr. Bellini (volume um), ele se desculpa, profundamente, por interromper a megalomania. E afirma: “essa é a minha casa em que você está morando”. A visão roubada de que, se chegarmos lá um dia, será que você abriria os portões, por favor? Um feitiço mágico, uma maldição, esse codinome “aspirador de pó”. Quando você é jovem, você é invencível. Mesmo que o solo seja lava.
Levante os seus punhos magros, como antenas ao céu, torres luciferianas a entoar, ao infinito, acordes de F# e A#. O sábio e filósofo indiano, comedor de átomos, num lento tumulto para um novo e zerado Canadá, reflete sobre a tohu va vohu, sem forma e vazia, caos e desolação, a Terra antes de Deus separar a luz da escuridão — esse ianque oligarca multinacional corporativo, de munições não detonadas. O réquiem para os ramos mais altos das árvores em uma floresta, para a lula-gigante das profundezas. É melhor aproveitar a felicidade eterna sob o verão, um mergulho sem fim no vulcão.
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*Ordem das bandas/artistas na foto, da esquerda para direita, de cima para baixo (o crédito das fotos estão nos posts listados acima):
Sigur Rós . Hammock . Godspeed You! Black Emperor . Explosions in the Sky . Mogwai | pg.lost . Imploding Stars . If These Trees Could Talk . hubris. . ◯ | Dan Caine . 417.3 . Goodbye, Titan . Eimog . How To Disappear Completely | Paint The Sky Red . Astralia . Tides From Nebula . Silent Whale Becomes A° Dream . Molecules to Minds | False Horizon . We Lost The Sea . KHARA . Baulta . Wren . Bark Psychosis . Our Last Hope Lost Hope | yndi halda . whitecube . God is an Astronaut . musicformessier . Leech . iiah . Man Against Mankind | WhyOceans . Awaken The Echoes . Oh Hiroshima . Appalaches . Maïak . We Came From The North . Dayluta Means Kindness | Message to Bears . NOMADS . Ciempiés . Moons Eat Stars . Volkan . we.own.the.sky . The Last Sighs of The Wind . Pictures from Nadira . Endless Dive
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