Pular para o conteúdo principal

Música para Escrever 2018

60 bandas/artistas selecionados em 2018. Descritivo no final do post

Iniciei a série Música para Escrever em 2017, compilando o melhor do post-rock para escrever que peneirei na internet, via os canais no YouTube Worldhaspostrock, Wherepostrockdwells, 9eCn3 e In The Woods, além das páginas das bandas no Bandcamp. Ouça o resultado aqui.

Em 2018, de janeiro a agosto, publiquei 12 posts, divulgando o trabalho de 60 bandas e 158 discos (entre álbuns, EPs e singles). Considero o gênero post-rock (e o ambient) a melhor trilha sonora para escrever, que me faz ir além, mergulhado no universo de dentro e ao redor.

Peneirei atrações de 23 países: Estados Unidos (16 atrações), Suíça (04), Alemanha (04), Austrália (04), Canadá (03), Ucrânia (03), Inglaterra (03), Rússia (03), Suécia (03), Finlândia (02), Espanha (02), Grécia (02), Japão (01), Nova Zelândia (01), Dinamarca (01), Noruega (01), Irã (01), Itália (01), Hungria (01), Polônia (01), Islândia (01), Guatemala (01) e Myanmar (01).

Confira abaixo o Música para Escrever 2018, com os melhores sons de post-rock, a alumiar a mente e transcender em palavras.


#11 — Ouça aqui
Do Make Say Think | KAUAN
Glories | I/O | Afformance


#12 — Ouça aqui
MONO | This Patch of Sky | Antethic
Heron | Broken Social Scene


#13 — Ouça aqui
This Will Destroy You | Endless Melancholy
The Union Trade | BLAK | Sonic Black Holes


#14 — Ouça aqui
65daysofstatic | meniscus
τεφλόν | Howling Embers | satélite


#15 — Ouça aqui
Tortoise | Locomotora | VAR
Shipwrecks | Those Who Dream By Day


#16 — Ouça aqui 
Stars of the Lid | Esmerine
The Sun Burns Bright
All You've Seen | Pandelic


#17 — Ouça aqui
The Evpatoria Report | Trna | Caspian
Way Station | sleepmakeswaves


#18 — Ouça aqui
1099 | Crows in the Rain
Collapse Under The Empire
Rocket Miner | Il Giardino degli Specchi


#19 — Ouça aqui
Tangled Thoughts of Leaving | Maybeshewill
Syberia | Closet Disco Queen | HEGY


#20 — Ouça aqui
In The Branches | Sky Flying By | Fader
The Eight | Old Seas / Young Mountains


#21 — Ouça aqui
Jakob | A Film in Color | Halma
Oddarrang | No Sympathy Only Violence


#22 — Ouça aqui
Causa Sui | Equus | PERSHAGEN
A Collective Subconscious | Ahkmed


Atrações peneiradas

Estados Unidos (16)
This Will Destroy You
This Patch of Sky
Tortoise
Stars of the Lid
In The Branches
A Film in Color
Sky Flying By
The Union Trade
A Collective Subconscious
Howling Embers
I/O
Rocket Miner
Heron
Glories
Fader
Caspian

Suíça (04)
The Evpatoria Report
Equus
All You've Seen
Closet Disco Queen

Alemanha (04)
Halma
Collapse Under The Empire
Shipwrecks
Sonic Black Holes

Austrália (04)
Tangled Thoughts of Leaving
meniscus
Ahkmed
sleepmakeswaves

Canadá (03)
Do Make Say Think
Esmerine
Broken Social Scene

Ucrânia (03)
Endless Melancholy
Way Station
The Eight

Inglaterra (03)
65daysofstatic
The Sun Burns Bright
Maybeshewill

Rússia (03)
Trna
Antethic
KAUAN

Suécia (03)
PERSHAGEN
Old Seas / Young Mountains
No Sympathy Only Violence

Finlândia (02)
Locomotora
Oddarrang

Espanha (02)
BLAK
Syberia

Grécia (02)
τεφλόν
Afformance

Japão (01)
MONO

Nova Zelândia (01)
Jakob

Dinamarca (01)
Causa Sui

Noruega (01)
1099

Irã (01)
Crows in the Rain

Itália (01)
Il Giardino degli Specchi

Hungria (01)
HEGY

Polônia (01)
Those Who Dream By Day

Islândia (01)
VAR

Guatemala (01)
satélite

Myanmar (01)
Pandelic


158 discos (entre álbuns, EPs e singles) selecionados em 2018

A cada postagem, uni os títulos dos discos num texto experimental. Segue abaixo, toda a produção baseada nas obras divulgadas:

Música para Escrever 2018
Emmanuel Mirdad

Das teimosas e persistentes ilusões (e ainda e ainda fazer dizer pensar outras verdades): você, você é uma história na ferrugem, um langor, um sopro de vento. Não há quietude em colocar a besta para fora da mente. Qualquer um, em qualquer lugar, sente saudade e a afeição de música para filme imaginário, número 1, através dos muros.

Ecoa o hino ao vento imortal: para os meus pais, você está aí, o último amanhecer, réquiem para o inferno, estes pequenos espaços. Autointitulado herói e fantasma, recentemente ressuscitado, quão brilhantemente você brilha! Na Sociedade da Camisa Fantasma, você está aqui, agora. Sinta-se bem perdido.

Isso vai destruir você: a manta do túnel numa outra linguagem, através da jovem montanha, a soar músicas para as manhãs quietas, de férias. O seu nome, na língua das estrelas, é um lugar de longos anos, entre a escuridão e a luz, revelação.

A luz selvagem evidencia o céu de ninguém. Há música para um universo infinito, para a corrida silenciosa. Uma vez, por todos os tempos, a destruição das pequenas ideias em refrações da guerra de agora. Os pedaços das ruínas vibram como música para ecoar passagens, as brasas uivantes dos cães do submundo.

O explosivo trinitrotolueno. Está tudo ao seu redor. Milhões que agora vivem, nunca morrerão. A tartaruga possui uma melodia de popularidade estabelecida, por anos e montanhas. Esse autocontrole é uma locomotiva no inverno. Naufrágios; fico feliz em ser...

E o refinamento do declínio deles? Os sons cansados da atração gravitacional contra o desejo de uma vida aquática. A orquestra lastreada com láudano, a mergulhar nas vozes perdidas. Se apenas uma doce rendição às noites por vir fosse verdadeira, a aurora, as mecânicas do domínio... Através do crepúsculo, veio a luz, a segunda parte dos elementos, a décima-sexta sinopse da translucidez. A escapada.

Um asteroide cruzador de Marte e uma cratera vulcânica alargada e pouco profunda (criada por uma erupção): a cultura da Terra e o seu padrão de infinidade. Perca-se, para encontrar a paz. A poeira e a inquietação em estação de vigília. O hino para a grandiosa geração terceira ecoa pelo caminho do menestrel, através dos navios... e, assim, destruímos tudo que é feito apenas de respiração.

Os jovens pinheiros de 1099 iludem o passageiro cego em qualquer dia, agora. Máquina! Fogo! Fantasma! As cinzas do passado, a menina e a floração perdida, e você está morrendo nos meus braços, os últimos suspiros congelados. Ombros e gigantes, sacrifício e isolamento, eles são os caídos, a elegia do longo adeus no exterior.

Ceder ao desespero, sem corda. A amortecer os campos, falhou pelo homem e pela máquina, o capitão negro. A juventude é justa, e eu estava aqui, por um momento; depois, fui embora. A resiliência, desenhando um futuro autointitulado: “desvio de áudio sexy para vagabundos punks”. Oitenta milhas por aí, seis pés abaixo.

As canções do abismo, no tempo selvagem, colidem com as partículas. Atrás do céu, elementos ocultos são desviados. "Você pode dizer isso com uma palavra?" Ao semelhante, a miscelânea dos últimos anos, com partes faltando nas estações, luzes de fuga, e os sons de cair pela noite mergulham no velho mar, jovem montanha.

Os gêmeos Cale e Drew encontram consolo no domínio da matemática: os senos dos subconjuntos de conjuntos. Um estudo em terror, pois toda a escuridão parece viva. A escalar uma montanha, eles marcham em círculos sem fim. Os pequenos grãos de volta a Pascal num mini-campo, os sólidos dissolvidos no cinema. O reino situado no coração da Terra é o cemitério florestal.

A maré da deusa da abundância deve voltar ao céu. As sessões de verão serão em três volumes. As sessões de peltre também. As vibrações douradas são dos mamíferos placentários. Como ele veio ao mundo? O misterioso vale escondido entre picos cobertos de neve, cercado por geleiras, o último do meu nome, gravado nas folhas de prata, as impressões de experiências passadas a condicionar os comportamentos futuros, esses enteógenos a alterar a consciência, a induzir ao êxtase do mar interior à distância.

-----

*Ordem das bandas/artistas na foto, da esquerda para direita, de cima para baixo (o crédito das fotos estão nos posts listados acima):

MONO . Jakob . This Will Destroy You . Do Make Say Think . The Evpatoria Report | This Patch of Sky . Tortoise . Trna . Causa Sui . Tangled Thoughts of Leaving | 65daysofstatic . Stars of the Lid . Esmerine . 1099 . In The Branches | A Film in Color . Equus . Locomotora . Crows in the Rain . Halma | Sky Flying By . The Sun Burns Bright . Collapse Under The Empire . Oddarrang . The Union Trade . Endless Melancholy . PERSHAGEN | Way Station . A Collective Subconscious . BLAK . Howling Embers . All You've Seen . Syberia . I/O | Closet Disco Queen . Shipwrecks . Sonic Black Holes . The Eight . Il Giardino degli Specchi . Rocket Miner . meniscus | Heron . Broken Social Scene . HEGY . Those Who Dream By Day . Ahkmed . Antethic . Glories . KAUAN . Maybeshewill | Fader . Old Seas / Young Mountains . τεφλόν . Caspian . VAR . No Sympathy Only Violence . sleepmakeswaves . Afformance . satélite . Pandelic

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d