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Nova reunião: 23 livros de poesia, de Carlos Drummond de Andrade

Monumento a Carlos Drummond Andrade (RJ)
Foto: Donatas Dabravolskas

Em 2022, devorei o calhamaço “Nova reunião: 23 livros de poesia” (Companhia das Letras, 2015), do mestre poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), resolvendo essa pendência que me incomodava desde que eu fui um estudante do Colégio Drummond nos anos 1990. Peneirei bastante e divulguei um monte de post por aqui. Segue abaixo os 150 poemas do Drummond que eu mais gostei, presentes em 20 livros. Boa leitura!

“Boitempo III (Esquecer para lembrar)” (1979)
Leia poemas aqui
“O que a gente procura muito e sempre não é isto nem aquilo. É outra coisa. Se me perguntam que coisa é essa, não respondo, porque não é da conta de ninguém o que estou procurando”

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“Boitempo II (Menino antigo)” (1973)
Leia poemas aqui
“Viver é saudade prévia”

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“As impurezas do branco” (1973)
Leia poemas aqui
“Amor é o que se aprende no limite, depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida. Amor começa tarde”

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“Alguma poesia” (1930)
Leia poemas aqui
“Era uma vez um czar naturalista que caçava homens. Quando lhe disseram que também se caçam borboletas e andorinhas, ficou muito espantado e achou uma barbaridade”

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“Claro enigma” (1951)
Leia poemas aqui
“O filho que não fiz hoje seria homem. Ele corre na brisa, sem carne, sem nome”

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“A rosa do povo” (1945)
Leia poemas aqui
“O que eu escrevi não conta. O que desejei é tudo”

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“Lição de coisas” (1962)
Leia poemas aqui
“Por que Deus permite que as mães vão-se embora? Mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga quando sopra o vento e chuva desaba”

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“Farewell” (1996)
Leia poemas aqui
“Eis que acode meu coração e oferece, como uma flor, a doçura desta lição: dar a meu filho meu amor. Pois o amor resgata a pobreza, vence o tédio, ilumina o dia e instaura em nossa natureza a imperecível alegria”

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“Boitempo I” (1968)
Leia poemas aqui
“O menino ambicioso, não de poder ou glória, mas de soltar a coisa oculta no seu peito, escreve no caderno e vagamente conta, à maneira de sonho sem sentido nem forma, aquilo que não sabe”

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“Amar se aprende amando” (1985)
Leia poemas aqui
“O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo, acha a razão de ser, já dividido. São dois em um: amor, sublime selo que à vida imprime cor, graça e sentido”

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“José” (1942)
Leia poemas aqui
“Escrita nas ondas a palavra Encanto balança os náufragos, embala os suicidas”

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“Versiprosa” (1967)
Leia poemas aqui
“As artes, os sonhos dissipam-se no projeto medonho. Mas renascem. De lágrimas, pânico, tortura, emerge a vida pura, em sua fraqueza mais forte que a força, mais força que a morte. A raiz do homem vai tentar de novo o ato de amar”

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“Sentimento do mundo” (1940)
Leia poemas aqui
“Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos”

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“A falta que ama” (1968)
Leia poemas aqui
“Qualquer tempo é tempo. A hora mesma da morte é hora de nascer”

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“Brejo das Almas” (1934)
Leia poemas aqui
“Oh! sejamos pornográficos (docemente pornográficos). Por que seremos mais castos que o nosso avô português?”

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“Fazendeiro do ar” (1954)
Leia poemas aqui
“Eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo”

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“Discurso de primavera e algumas sombras” (1977)
Leia poemas aqui
“Luta o homem na área desolada de sua solidão; luta no palco fremente de contrastes, percebendo que pouco a pouco cerram-se os espaços da percepção”

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“Novos poemas” (1948)
Leia poemas aqui
“enquanto vagueio pelas cinzas do mundo com inúteis pés fixados, enquanto sofro e sofrendo me solto e me recomponho e torno a viver e ando, está inerte cravada no centro da estrela invisível Amor”

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“O amor natural” (1992)
Leia poemas aqui
“Amor, amor, amor — o braseiro radiante que me dá, pelo orgasmo, a explicação do mundo”

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“A vida passada a limpo” (1958)
Leia poemas aqui
“Pergunta aos pássaros, cativos do sol e do espaço, que viram ou bicaram de mais estranho, seja na pele das estradas, seja entre volumes suspensos nas prateleiras do ar, ou mesmo sobre a palma da mão de velhos profissionais de solidão”

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PS: Eu não selecionei alguns dos poemas que mais gosto, porque já havia divulgado por aqui no post sobre a antologia que o poeta realizou. Segue abaixo, vale a leitura, bem como os poemas dum livro que tá no calhamaço, mas eu já havia lido e divulgado antes.

“Antologia poética” (1962)
Leia poemas aqui
“Que pode uma criatura senão, entre criaturas, amar?”

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“Corpo” (1984)
Leia poemas aqui
“Por que nascemos para amar, se vamos morrer? Por que morrer, se amamos? Por que falta sentido ao sentido de viver, amar, morrer?”


Presentes em “Nova reunião: 23 livros de poesia” (Companhia das Letras, 2015), de Carlos Drummond de Andrade, páginas 407, 411, 402-403, 405-407, 404-405, 454-455, 422-423, 408, 423, 424, 660, 706, 753-754, 695-696, 632-633, 650-651, 639-640, 651, 686, 636-637, 29, 34, 24, 10-11, 24, 28, 10, 20, 30, 26, 596-597, 564, 617-618, 597-598, 569, 589-590, 619, 556, 579, 580, 163, 161-162, 110-112, 119-122, 163-165, 179-180, 103-104, 117-118, 142-143, 173-174, 68, 70-71, 68-69, 80, 64-66, 77-78, 77, 80-81, 72-74, 82, 225, 221, 255, 255-257, 224, 235-236, 226-227, 246-248, 254-255, 239-241, 836-838, 832-833, 819-821, 827-828, 813-814, 99-101, 94-95, 85-86, 97-99, 97, 352, 351, 345-346, 338-339, 350, 351, 350, 336-338, 327, 326, 374, 385-387, 368, 369, 380-381, 371-372, 382-383, 373-374, 379-380, 377-378, 51-52, 53-54, 57, 48, 58, 43, 42-43, 48-49, 43-44, 59, 280-281, 286-288, 275, 277-278, 279-280, 887, 884, 889, 887-888, 884, 902-903, 898-899, 903, 904 (2x), 526-527, 519-520, 517-518, 528, 543-544, 854, 854-855, 848-850, 846-848, 858-859, 210-211, 211-212, 206-210, 213, 213-214, 893, 895, 893, 891-892, 892, 290, 299, 313-314,
298 e 309-310, respectivamente.

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