Eu também amo os contos de Clarice Lispector. Depois das crônicas, é o seu estilo que mais admiro. Quando eu descobri a maga na escola, foi um grande impacto, pois até então, a literatura infantojuvenil que eu tive acesso, não parecia o suficiente — ler os contos de Clarice foi um divisor de águas.
Quando o livro “Laços de família” entrou na minha turma, foi um desastre, o pessoal não compreendia. Para mim, foi um choque perceber que você poderia ter uma literatura que não tratasse apenas da história, do enredo, e sim da complexidade, da profundidade, da formação psicológica dos personagens. Foi o que Clarice me mostrou: não interessa a história; interessa é entender o ser humano, expor os seus sentimentos, deflorá-lo. E, quando você é jovem, acontece o espanto: “meu Deus, isso é possível, isso é arte”. Revolucionou a minha vida! Completamente. Os contos de Clarice foram a minha 1ª paixão literária. Seguem abaixo, uma coleção dos seus melhores momentos. Clarice eterna!
“Tocar no fundo também significa ter a água acima da cabeça”
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“Felicidade clandestina” (1971)
“Ela toda era de uma doçura próxima a lágrimas”
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“A via crucis do corpo” (1974)
“Ia era ficar mesmo nas ruas e levar homens para o quarto. Como era boa de cama, pagar-lhe-iam muito bem.”
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“A bela e a fera” (1979)
“Sigo todos os caminhos e nenhum deles é ainda o meu”
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“Todos os contos” (2016)
“Mesmo no meio das coisas de que mais gosto, eu tenho vontade de largar tudo e ir embora”
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Os livros de contos de Clarice Lispector
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