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A jornada para escrever o romance oroboro baobá


oroboro baobá” é o meu primeiro romance. Investi 1.914 horas em 500 dias para escrevê-lo, essencialmente ao som da banda islandesa Sigur Rós (também escutei Culture, Radiohead, MONO, Jakob e Hammock).

Produzi 19 versões anteriores a “oroboro baobá”, entre esboço, conto, roteiro e romance. Mudei o seu título por 15 vezes (sendo dez nomes distintos antes de “oroboro baobá”). Praticamente o escrevi no quarto dos fundos do apê 703-B onde moro, na Pituba, em Salvador, Bahia (cheguei a trabalhar nele em Florianópolis, Porto Alegre e Cachoeira).

Uma versão de “oroboro baobá” foi finalista do Prêmio Sesc de Literatura 2017, dentre 980 concorrentes, e outra foi finalista do Prêmio Cepe Nacional de Literatura 2017.

Escrever “oroboro baobá” foi um laboratório, um curso, um aprendizado. E eu não poderia ter produzido o romance, se não tivesse consumido 89 livros fundamentais para a minha formação, entre contos, poemas, romances, ensaios, históricos. Afirmo que, sem as crônicas e os contos de Clarice Lispector, os contos de Anton TchekhovHélio Pólvora e Machado de Assis, as crônicas de Nelson Rodrigues, os romances de Pepetela e os poemas de Ruy Espinheira Filho, entre outras inspirações, eu não teria escrito uma linha sequer.

Abaixo, a jornada de criação do “oroboro baobá”, de 2012 a 2020.


Parte I
2012-2013
Leia aqui


Parte II
2014
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Parte III
2015
Leia aqui


Parte IV
2016
Leia aqui


Parte V
2017
Leia aqui


Parte VI
2018
Leia aqui


Parte VII
2019
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Parte VIII
2020
Leia aqui


Imagens

Parte I: Rodrigo Minêu

Parte II: Nelson Magalhães Filho

Parte IV e VIII: Max Fonseca

Parte VI: Internet, sem crédito

Parte VII: Litza Rabelo

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