Emmanuel Mirdad - Foto: Litza Rabelo
2019 foi o ano das comemorações. Celebrei os meus 20 anos de produção cultural, os 10 anos de criação da Flica e os 10 anos do meu blog. Fiquei muito feliz com o lançamento (finalmente!) do álbum “Fluid”, do meu último projeto musical, Orange Roots, e com a realização da 9ª edição da Flica, num ano dificílimo para a cultura no Brasil (tempos de obscurantismo e ignorância). Outras felicidades: concluí (finalmente mesmo!) o meu romance, lancei “Boldo tea”, o meu primeiro conto em outra língua, fiz trabalhos como editor de livros e comemorei muito as vitórias do Flamengo (bicampeão da Libertadores e heptacampeão brasileiro), time que torço desde 1987.
2019 também foi o ano da faxina no meu blog, em que atualizei e reorganizei as seções “Leituras” (reeditorei também o meu acervo em PDF e editorei novos volumes), “Produções”, “Discografia” e “Composições”, e divulguei os cinco volumes que organizei (em 2016) dos melhores textos da revista piauí (não houve interesse em publicá-los, divulguei como links para o site dela).
20 anos de produção cultural em 2019
Em 13 de setembro de 2019, celebrei 20 anos trabalhando como produtor cultural. Foram 66 produtos realizados e 124 projetos descartados (de eventos a quase empresas). Comecei tentando viabilizar o registro das minhas composições, e hoje percebo que o que mais me motiva é registrar o trabalho artístico, viabilizar o caminho, materializar o que estava na gaveta, no pensamento, no querer. Transformar o esboço em algo concreto, que alcance outras pessoas, valorize o fazer, o movimento, deixe um legado, estimule, inspire, trilhe momentos, oferte experiências.
Para marcar a data, elaborei um post para o blog, relembrando os eventos e projetos realizados e fracassados, um levantamento extenso (reli todo o meu arquivo escrito nas agendas de 2004 a 2018, além de outras informações de registro para os anos de 1999 a 2003), que demandou o investimento de 31 dias de trabalho, entre julho e setembro. Clique aqui e conheça a minha história profissional na produção cultural.
Infelizmente não comemorei como deveria (coincidentemente, caiu numa sexta-feira 13): não fui almoçar num lugar legal, nem jantar, nem saí para dançar. Trabalhei editando um livro pela manhã, revisei editorialmente outro pela tarde, e fiquei com a namorada Litza no xamego à noite, no apê dela. Poxa... poderia ter sido mais marcante (só publiquei o post no blog e o compartilhei no meu Facebook).
10 anos de criação da Flica em 2019
Em 23 de setembro de 2019, celebrei os 10 anos de criação da Flica. Elaborei e publiquei um post no meu blog, e repercuti no Facebook (leia aqui). “(...) dez anos atrás, Emmanuel Mirdad, Marcus Ferreira, Aurélio Schommer e Alan Lobo criaram a Flica, Festa Literária Internacional de Cachoeira. Numa quarta-feira, à noite, 23 de setembro de 2009, no playground do Edf. Star Palace, na Pituba, Salvador, Bahia (...) Quatro pessoas, uma ideia, um esboço no papel. Um soteropolitano, dois cachoeiranos e um gaúcho que adotou a Bahia na sua vida. Três moradores da Pituba e faconianos formados na Ufba, e um escritor funcionário público. E a vontade de criar a primeira festa literária da Bahia na belíssima Cachoeira.”
Assim como foi com os meus 20 anos de produção, não houve uma comemoração merecida. Tentei marcar um almoço especial com os sócios & idealizadores Marcus e Aurélio, mas não houve interesse e eu deixei para lá. E o sócio Rede Bahia não deu nenhum destaque à data, por achar que iria confundir a comunicação da edição desse ano. Que pena... Na segunda, 23 de setembro, trabalhei pela Flica 2019 e pelo lançamento do álbum do Orange Roots, e continuei editando um livro; à noite, xamego com a namorada Litza no apê dela. Nenhum almoço ou jantar comemorativo; nenhum momento especial — apenas um post solitário no meu blog, compartilhado no Facebook. Que desperdício!
10 anos do meu blog
Talvez tenha sido a comemoração mais aguardada. O blog (que leva o meu nome e, desde 2017, expõe a alcunha “O lampião e a peneira do mestiço”) é muito importante para mim, o canal onde exerço a profissão que me formei (jornalista), divulgando o trabalho de muitos artistas, além de servir como memória e divulgação do meu trabalho.
Entre abril e maio, investi 33 dias de trabalho para elaborar os posts comemorativos. Organizei o arquivo com todas as 1.465 postagens feitas de abril de 2009 a abril de 2019, levantando dados e links (melhorei vários posts antigos, reajustando-os ao layout de 2017). Cataloguei os posts nas categorias: “Jornalismo Cultural”, “Jornalismo”, “Obra de Emmanuel Mirdad”, “Produções de Emmanuel Mirdad” e “Vida Pessoal de Emmanuel Mirdad”. Criei os flyers de divulgação e montei os posts.
Estatísticas dos 10 anos do blog
Em 10 anos, o blog divulgou o trabalho literário de 125 autores, o musical de 398 artistas/bandas, e também audiovisual, artes visuais e fotografia, além de promover um podcast e listas dos melhores textos publicados na revista piauí, prestar homenagens e expor a minha vida profissional (produções e obra literária e musical) e íntima (influências, preferências e família). O resultado do conteúdo de 10 anos do blog você confere aqui.
PS: Essa onda de ano comemorativo começou em 2018, quando celebrei os 10 anos que ganhei o primeiro edital (leia aqui), os 10 anos que a Flica entrou na pauta de projetos a serem feitos (leia aqui), 10 anos de parceria de trabalho com Marcus Ferreira, 80 anos da minha mãe, 50 anos da minha irmã Kátia Moema e os 100 mil views da The Orange Poem.
Capas dos livros Leituras
2019, o ano da faxina. Entre abril e julho, dediquei 26 dias para reeditar os posts e livros do meu acervo “Leituras”, de 2013 a 2016 (o primeiro formato que fiz não respeitava a harmonia do espaçamento das linhas, técnica que só fui desenvolver no final do ano passado), e organizei e editei posts e livros “Leituras” 2017 e 2018 (ao longo do ano, também organizei o livro “Leituras 2019”).
Como leitor, seleciono os melhores trechos das leituras que faço e publico os trechos no blog, tanto para promover o interesse pelo autor, obra e pelo hábito da leitura, quanto para divulgar autores não tão conhecidos e promover a venda de exemplares das obras divulgadas. O principal intento é espalhar doses homeopáticas de literatura por aí. Além desse conteúdo no blog, edito livros em PDF para o meu acervo pessoal, com capa e contracapa.
Todos os posts de produções
Após resolver as pendências dos livros “Leituras”, dediquei-me à série “Produções de Emmanuel Mirdad” do blog (estava desatualizada). Em 20 dias de trabalho, revisei todos os posts, com os trabalhos de 1999 a 2014, elaborei e publiquei os posts com as produções de 2015 a 2019, e terminei de revisar & escrever o “Portfolio Produção Cultural Emmanuel Mirdad [1999-2019]” (arrumando esses arquivos nos e-mails e HDs). Aproveitei para atualizar o meu currículo e sondar um trabalho numa grande empresa, mas não aconteceu nada.
Continuei a faxina: reeditei o post “Composições de Emmanuel Mirdad” (além de ter publicado posts com as músicas do repertório Orange Roots, lançadas esse ano); criei “vídeos” (só com áudio e capa) com o repertório do álbum da Pedradura e dos EPs ID, Harmonogonia e do projeto Pássaros de Libra, fiz upload no meu canal no YouTube (só estavam disponíveis no SoundCloud) e incorporei as faixas em cada post delas no blog; na segunda, 07 de outubro, um tal de Dia do Compositor Brasileiro, eu, compositor brasileiro nascido nesta data em 1980, elaborei uma playlist no meu canal do YouTube com as minhas 49 composições gravadas e divulguei no Facebook.
Playlist com as minhas composições
Não consegue visualizar o player?
Escute aqui
Assim como foi com as composições, precisei mexer também nos discos, na função do faxinaço. Reeditei o post “Discografia de Emmanuel Mirdad”, reajustando o layout e inserindo novas informações, e criei uma playlist só com os vídeos dos discos postados no meu YouTube (ouça aqui).
Por fim, decidi abrir os arquivos e resgatei um trabalho que fiz em 2016, que não deu nenhum retorno para mim: a organização e edição de uma coleção de cinco livros com os melhores textos publicados na revista piauí entre 2006 e 2016. Como reeditá-los (assim como fiz com os livros “Leituras”) daria um trabalho colossal (sem remuneração para isso), decidi apenas publicar posts no blog com a seleção que fiz, contendo links para leitura (ou só para assinantes) no site da revista. No final desse post aqui, você pode conferir os livros.
Allée des Baobabs, em Madagascar,
um dos cenários mais importantes do
meu romance. Foto: Beth Moon
Outubro do ano passado, no dia do meu aniversário, concluí a produção literária do meu romance. Meses depois, no começo de janeiro, preparei o original e o inscrevi no Prêmio Sesc de Literatura 2019 (em versões anteriores, foi finalista em 2017 e não foi classificado para a final em 2018). Porém, devido à surpreendente vitória do escritor Itamar Vieira Junior, que ganhou o Prêmio LeYa 2018 com o seu romance “Torto arado”, e foi catapultado do lugar obscuro de autor baiano para autor internacional, ganhando uma projeção incrível, eu fiquei radiante para inscrever o meu na edição 2019 do prêmio português. Para tanto, decidi dar uma “requintada” na obra: preferi seguir a premissa “Ontem é hoje. Amanhã é hoje. Tudo o que nos forma é hoje”, e não dividiria mais o romance em capítulos, e sim o apresentaria num capítulo só, passado, presente e futuro.
Retomei a produção literária da obra. Fiz a fusão dos capítulos num só, cancelei a inscrição no Prêmio Sesc (para ficar exclusivo para o Prêmio LeYa), modifiquei o título, nomes de personagens e a ordem de alguns trechos, retirei regionalismos do narrador e todas as datas do romance, revi palavras repetidas e a página “Agradecimentos”, mexi em palavras específicas ao longo do texto, revisei todos os trechos e fiz a revisão editorial final (ao encontrar algum “erro”, voltava a revisar tudo novamente, até zerar de “erros” por completo). Trabalhei 36 dias por ele em 2019.
Caraíva, um dos cenários mais
importantes do meu romance.
Na terça, 26 de fevereiro, às 15h40, finalmente finalizei o meu primeiro romance. Para produzi-lo, com um total de 62.451 palavras, investi 1.793 horas em 466 dias de trabalho. Ao fim, estimo que o meu primeiro romance tenha me custado o investimento de mais de 143 mil reais (em horas de serviço). Foram 18 versões anteriores à final, entre esboço, conto, roteiro para longa-metragem e romance, com nove títulos distintos (como “Muralha”, “Miwa — A nascente e a foz”, “Miwa”, “O enigma de Mutujikaka” e “Tudo o que nos forma é hoje”).
Na sequência, finalizei o original no modelo do Prêmio LeYa e, após o Carnaval, na sexta 15/03, enviei para Portugal as duas cópias impressas (o investimento total foi de R$ 353,35, entre Correios e produção dos impressos — um anacronismo custoso, bastava receber em PDF via e-mail). Aproveitei o embalo e elaborei versões impressas do original (emprestei para amigas lerem), inclusive um PDF para download, caso resolvesse disponibilizar na internet (se batesse a revolta e não quisesse mais disputar prêmios).
Decisão do júri do Prêmio LeYa
Leia no site aqui
Minha maior esperança em 2019 era ganhar o Prêmio LeYa. A estratégia era me mudar para Portugal, a aproveitar a divulgação que o premiado recebe, e começar, com substância, uma carreira de escritor profissional. Além de produzir novos livros, a ideia era procurar um emprego como editor (trabalho que descobri que amo fazer). Passei o ano todo sonhando com isso. Em outubro, dias ansiosos pelo resultado (ainda mais quando soube que havia dois brasileiros na final): dormi mal, acordei de madrugada, enfim.
Nem vi quando o júri anunciou a decisão. Foi somente a namorada Litza que, na manhã da quarta, 30 de outubro, com muito amor e delicadeza, avisou-me que o júri decidiu não premiar ninguém. Entrei correndo no site da LeYa e a decisão até hoje me dói: para os jurados, nenhuma obra que chegou à final correspondia aos parâmetros do prêmio. O pior é que eu não tive como saber se o meu romance chegou à final. Foda! Fiquei fudido. A maior esperança de 2019 se esvaiu. A melhor estratégia de ir embora do Brasil foi implodida. A minha carreira profissional de escritor vai ter de aguardar. E a de editor, também.
Ironicamente, na noite dessa mesma quarta 30/10, o certificado de registro na Biblioteca Nacional da última versão do romance chegou nas minhas mãos. Será que foi um sinal? Passei o olho no original do livro e decidi não mudar nada. Em 2020, retomarei as disputas pelos prêmios (por isso não divulgo o título final do romance).
Seleção final dos contos
para serem traduzidos
Em 2019, a antologia “Eterno é quando não dura”, contos meus para serem traduzidos ao inglês, tornou-se “The Thirst of The Open Sea” (funcionou melhor em inglês, “A sede do mar aberto”, um anagrama com os títulos dos meus livros de contos que foram impressos), com 15 contos ao fim — fiz a seleção acreditando na hipótese que estes despertariam maior interesse de leitura por estrangeiros.
Em abril, resolvi não aguardar me capitalizar para traduzir de vez a antologia, e decidi fazer por partes, começando com o conto de abertura, “Chá de boldo”. Então, acertei o serviço com a tradutora inglesa Sabrina Gledhill (que traduziu “Yesterday, Nothing; Tomorrow, Silence” em 2018). Na noite de terça, 25 de junho, Sabrina me enviou a versão final de “Boldo tea”, o meu primeiro conto (e texto ficcional) traduzido em outra língua.
Editorei o conto em PDF para download, criei as imagens das páginas do conto para o post dele no blog e Facebook e, na segunda, 1º de julho, realizei o lançamento virtual do conto “Boldo tea” (leia aqui), o primeiro da antologia “The Thirst of The Open Sea”. Fiquei muito feliz por esse feito, que teve nenhuma repercussão.
A poeta Maria do Rosário Pedreira
na Flica 2019. Foto: Eli Cruz
Continuei lendo menos em 2019: apenas 25 livros (contra os 63 de 2016, os 60 de 2017 e os 26 de 2018). Em compensação, tive o enorme prazer de conhecer a poesia da portuguesa Maria do Rosário Pedreira, os contos do húngaro Dezsö Kosztolányi e dos norte-americanos Chris Offutt e Breece D’J Pancake, e de reler as crônicas de Clarice Lispector. Li livros maravilhosos, como “Rita Lee: Uma autobiografia”, “Antologia do conto húngaro”, organizada por Paulo Rónai, “O que os cegos estão sonhando?”, de Noemi Jaffe, “O exercício da distração”, de Kátia Borges, e “Torto arado”, de Itamar Vieira Junior (melhor livro lançado em 2019 que eu li).
Além dos livros, dediquei 2019 a reler alguns blogs que gosto, a selecionar trechos de três: “Aeronauta”, de Ângela Vilma, “Minicontos”, de Carlos Barbosa, e “Estranhamentos”, de Mônica Menezes. Confira aqui a seção “Leituras 2019”, com links para leitura de trechos e íntegra de poemas presentes em 19 livros lidos esse ano (além de trechos maravilhosos dos blogs citados).
Representando a Cali no
lançamento da Flica 2019
lançamento da Flica 2019
Foto: Eli Cruz
Na quinta, 19 de setembro, a minha empresa Cali, em sociedade com a Icontent, produtora da Rede Bahia, realizou o evento de lançamento (coletiva de imprensa & coffee break) da 9ª edição da Flica no Salão de Atos da Governadoria, CAB, em Salvador, Bahia.
O Governador da Bahia, Rui Costa, esteve presente e fez uma importante fala, enaltecendo o conhecimento e a importância de se investir em cultura. Além dele, também se pronunciaram à imprensa e convidados a autora homenageada da Flica 2019, Gláucia Lemos, a Secretária de Cultura, Arany Santana, o prefeito de Cachoeira, Tato Pereira, o diretor executivo de entretenimento da Rede Bahia, Paulo Sobral, e eu, Coordenador Geral da Flica e sócio da Cali, que fiz uma longa fala, divulgando toda a programação das Mesas Literárias, Fliquinha e Geração Flica (a grande novidade dessa edição, voltada aos jovens).
O Salão de Atos ficou completamente lotado, com a presença de diversas secretárias e secretários estaduais e municipais, deputadas e deputados, convidados, dirigentes, autoras e autores, e a curadoria 100% feminina: Kátia Borges (Mesas Literárias), Bárbara Sá (Geração Flica), Lilia Gramacho e Mira Silva (Fliquinha).
A Cali ao lado do governador Rui Costa
no lançamento da Flica 2019
Se 2018 já havia sido um ano muito complicado para captar recursos, 2019 foi muito pior. As negativas foram muitas, as bolas na trave também (patrocinadores quase acertados, mas, por um detalhe, não aconteceram). A mudança na política do Governo Federal nos fez perder um patrocinador valioso, que adorou participar da Flica em 2018 e provavelmente iria renovar. Mesmo assim, conseguimos confirmar o patrocínio apresenta do Governo do Estado da Bahia, o apoio da Prefeitura de Cachoeira, e celebramos a volta da Coelba, via Fazcultura, dedicada a estrear a nova programação da Geração Flica, voltada aos jovens.
Mais uma Flica lotada, sucesso de público
Fotos: Eli Cruz
O Governo do Estado da Bahia apresentou a 9ª edição da Flica, de 24 a 27 de outubro, na cidade histórica de Cachoeira, Recôncavo Baiano, com o patrocínio da Coelba e Aneel via Fazcultura e Governo da Bahia, apoio da Prefeitura de Cachoeira, e realização da Cali e Icontent / Rede Bahia.
Mesas Literárias da Flica 2019
Fotos: Eli Cruz
A Flica 2019 homenageou a escritora baiana Gláucia Lemos, que completou 40 anos de literatura esse ano. A poeta, professora, jornalista e escritora Kátia Borges foi a curadora das Mesas Literárias, e a programação teve estreias celebradas: a literatura de cordel (com o astro Bráulio Bessa), literatura LGBTQIA+ (com a primeira autora argentina a participar do evento, Mariana Komisseroff) e Quadrinhos (o encontro do premiado Marcelo D’Salete com Hugo Canuto). O grande destaque foi a poesia, com duas mesas incríveis e emocionantes: a portuguesa Maria do Rosário Pedreira (que poeta!!!) com o feirense Antonio Barreto, e os baianos Jovina Souza e Lande Onawale.
A estreia da Geração Flica
Fotos: Eli Cruz
Finalmente conseguimos produzir a programação voltada aos jovens: 2019 foi a estreia da Geração Flica, propriedade que proporcionou a volta do patrocinador Coelba ao nosso evento. Com a curadoria da booktuber e escritora baiana Bárbara Sá (uma aposta minha, assim como Kátia Borges — estreia das duas como curadoras de festa literária), a programação foi muito celebrada, intercalando nomes nacionais como Thalita Rebouças, Clara Alves e Pam Gonçalves, a locais bombados como Edgard Abbehusen, Matheus Rocha e Tatiana Amaral.
Atrações da Fliquinha, Intervenções
Artísticas e espaço do Governo
Fotos: Eli Cruz
Na Fliquinha, mais uma vez com a curadoria de Lilia Gramacho e Mira Silva, a presença de celebrados autores nacionais, como Ivan Zigg, Peter O' Sagae e Luciana Savaget. Nas Intervenções Artísticas, programação inteiramente dedicada aos artistas de Cachoeira. No espaço Educar para Transformar, pelo segundo ano na Fundação Hansen Bahia, com as programações das secretarias do Governo, casa cheia todos os dias, muitos estudantes, atividades literárias e de diversas artes.
Jomar Lima, Marcus Ferreira e eu
celebramos o êxito da Flica 2019
Foto: Eli Cruz
Assim como nas últimas edições, a Flica 2019 foi prestigiada por um grande público, que lotou todas as suas programações, revelando que é preciso que a ampliação aconteça. Já temos um projeto elaborado em mãos, e vamos tentar, mais uma vez, captar para que a 10ª edição em 2020 seja uma grande celebração (dei entrevista sobre isso ao jornal Correio, leia aqui). E vem novidade em 2020: a Cali terá nova composição societária, com a saída de um sócio e a entrada de um novo.
Cheio de criatividade em agosto,
mas foi tudo desperdício
Infelizmente a Cali e a Icontent não conseguiram captar recurso suficiente para continuar realizando evento literário nas dependências da Caixa Cultural (assim como foi a FliCaixa em 2017 e 2018, o Flica na Caixa em 2016 e o lançamento da Flica 2015). O projeto “Vidas Autorais”, criado pelo sócio Aurélio Schommer para substituir a FliCaixa, vai ter de esperar.
E teve mais projeto descartado em 2019 (ao todo, foram 08 não-realizações: cinco projetos, dois eventos e uma quase empresa): não conseguimos captar o suficiente para estrear uma nova festa literária, a “Costa Literária de Camaçari” (seria realização da Cali e Icontent); um projeto audiovisual de adaptar os meus contos, programa de sexo para o YouTube e outro de cunho litero-educativo não foram desenvolvidos pelo foco em outras prioridades; não arrumei tempo para inscrever o projeto de gravação de um álbum de Cal Ribeiro no edital do Governo da Bahia; e não consegui arranjar uma cantora para colar em projeto de gravação das músicas de Marcus Zanom (elogiaram, mas estão dedicadas às suas próprias canções).
No coworking Colabore, Parque da Cidade,
tive excelentes ideias
Contudo, nada foi pior do que não ter conseguido abrir uma nova produtora. Fiquei entusiasmado com a possibilidade de trabalhar com alguém que, em tese, possuía a mesma visão empresarial que a minha. Em agosto, nos reunimos cinco vezes e debatemos as primeiras ideias de projetos de quatro grandes festivais, nas áreas do autoconhecimento, game, tecnologia, conhecimento, literatura e entretenimento, e de projetos de médio e pequeno porte para inserir a empresa no mercado (focando em Camaçari e Salvador). Escolhemos o nome de Miwa para a empresa (sugestão minha), acertamos Max Fonseca para ser o design parceiro (chegou a esboçar a primeira sugestão para a marca) e começamos a elaborar os conceitos da produtora, até que... faltou tempo para a parceira, questões profissionais e pessoais, e tudo se desfez. Putz! Que frustração!
Mediei o encontro de Tom Farias
com Siba na Fliu 2019
Foto: Manuela Cavadas
E por falar em festa literária, fui convidado para mediar uma mesa na estreia da Fliu, a Festa Literária de Uauá (de 14 a 16 de novembro), com o escritor Tom Farias, biógrafo de Carolina Maria de Jesus, e o cantor e compositor Siba. Foi uma maravilha conhecer a cidade sertaneja de Uauá e ser tão bem recebido pela família do meu amigo Marcus Ferreira (as idealizadoras e organizadoras da Fliu são Mércia Ferreira, tia, Ellen Freitas Ferreira e Lorena Ribeiro, primas + os seus parceiros Maviael Melo, curador, e Antonio Nykiel, produção).
A Fliu foi linda, os autores ficaram magnetizados e muito felizes, a cidade & o seu povo têm uma energia única, que lugar! Fiquei muito grato pelo convite e confiança para mediar uma das mesas.
Lembranças da Fliu 2019
Dentre as fotos, as oficiais
são de Manuela Cavadas
Agora, o grande momento musical da primeira Fliu foi acompanhar o cortejo, do início ao fim, do maracatu Baque Opara, pelas ruas da cidade. Maravilhoso! Dancei muito! E destaco também o show de Jéssica Caitano, que artista! Nossa, sonzeira foda, rima muito, que groove! Como não a conhecia? FODA! Jéssica arrebenta demais! E foi bom demais fazer novos amigos! Haja resenha nesses quatro dias, quantas risadas, quantas histórias, valeu muito, Ellen Freitas Ferreira, Barbara Pontes e Plínio Gomes! Desejo sorte e sucesso, que venham mais edições, viva Uauá, viva o sertão, viva a Fliu! Bravo!
Arte: Max Fonseca
Fotos: Karim Saafir
Reconheço que a realização da 9ª edição da Flica, nesse cenário caótico para a cultura no nosso país (perdemos o patrocínio fundamental do BNDES, por exemplo), tempo de obscurantismo e ignorância, foi um grande feito, mas, para mim, o principal feito que estive envolvido em 2019 foi o lançamento do álbum “Fluid”, do projeto Orange Roots.
Finalmente consegui desengavetar o meu último trabalho musical! O álbum estava pronto desde julho de 2016, totalmente bancado pelo meu bolso. São nove composições minhas, no estilo reggae psicodélico & progressivo em inglês. Dividi a produção musical com o fera Átila Santtana. “Fluid” apresenta a voz melodiosa e harmônica do cantor Jahgun, baiano radicado em Los Angeles, unido à concepção estética do artista visual Max Fonseca. Para esclarecer o que é o projeto Orange Roots, elaborei um post detalhado, contando toda a história, leia aqui.
Flyers e fotos de divulgação
Arte: Max Fonseca
Fotos: Karim Saafir
“Fluid” foi lançado em 27 de setembro de 2019 nas plataformas Spotify, YouTube Music, Deezer, Tidal, Apple Music, Amazon Music e Napster, pelo selo Surforeggae Sound System Brazil, do amigo Rafael Costa, distribuidor de álbuns de artistas de renome internacional como Groundation e Israel Vibration, entre outros. Vibrando a mistura do progressivo psicodélico com o groove fundamental do reggae, uma formação valiosa: Iuri Carvalho na bateria, Fabrício Mota no baixo, Tadeu Mascarenhas nas teclas e Átila Santtana nas guitarras.
O site e as mídias sociais do Surforeggae deram destaque ao lançamento. Divulgamos nas nossas redes (os músicos que participaram da gravação também) e o Orange Roots fluiu para o mundo! Viva! Fiquei muito feliz! Ouça aqui o álbum “Fluid”.
Balanço The Orange Poem 2014-2019
Em 02 de outubro, cinco anos após o lançamento virtual do álbum duplo “Hybrid”, da minha banda The Orange Poem, encerrando a sua história de 14 anos na minha vida, resolvi fazer um levantamento dos downloads e views recebidos dos seis EPs disponibilizados no YouTube e Soundcloud, com as vozes de Mateus Aleluia, Nancy Viégas, Glauber Guimarães (Moskabilly), Teago Oliveira, Mauro Pithon e Rodrigo Pinheiro (Mulher Barbada), conseguidos sem nenhum impulsionamento ou publicidade, sem nenhum show ou videoclipe, apenas no boca a boca.
Foram 2.404 downloads dos discos (o álbum mais baixado foi o EP “Ancient”, com a voz ancestral de Mateus Aleluia), 182.689 views e 1,34 mil inscritos no canal do YouTube (vídeos contendo apenas as músicas, sem clipes ou shows – o EP mais escutado foi o “Ancient”, com 78 mil views), e a música mais escutada foi “Illusion's Wanderer”, com 83 mil views e a voz do poeta Ildegardo Rosa recitando os seus poemas, embalado por vocais de Mateus Aleluia, coincidentemente a única faixa em português do Orange Poem). Mais dados você pode conhecer aqui.
Marcus Zanom, Mirdad, Hosano Lima Jr.,
Saint, Artur Paranhos e Tadeu Mascarenhas
The Orange Poem
Daí, mais empolgado ainda, pensei em investir na gravação de um EP, comigo na voz e violão + experimentações. Então, no dia do meu niver, comecei a compor uma faixa “frankenstein”, uma fusão de quatro músicas: “Criatura” ficou pronta dias depois. Após uma longa sessão com as minhas músicas ao violão, batizei o futuro EP de “Nordeste, à noite”, que teria “Criatura”, “À Vista” e “Noturno”. Tudo traque: a empolgação amornou com o passar das semanas, até que desisti de gastar a minha grana em gravações sem retorno.
130 bandas/artistas da série
Música para Escrever 2019
E por falar em música, assim como em 2017 e 2018, continuei a descobrir bandas e artistas do gênero “post-rock” (e o “ambient” também) e a publicar a série “Música para Escrever” no meu blog. Dessa vez, aumentei para dez bandas e/ou artistas divulgadas a cada post, com os melhores sons que descobri, a alumiar a mente e transcender em palavras. De fevereiro a julho, foram 13 posts da série em 2019, em que divulguei o trabalho de 130 bandas de 32 países em 256 discos — entre álbuns, EPs e singles (ouça aqui).
Amei a oportunidade de conhecer trabalhos maravilhosos com a “Música para Escrever 2019”, de bandas como a israelense Avalon, as chinesas Wang Wen, Zhaoze e Weirdo Room, a polonesa Fading Tapes, as alemãs Milhaven, kokomo e codeia, as espanholas Jardín de la Croix e Fürio, a suíça Tunica Dartos, a inglesa Outlander, a grega i am no hero, e as norte-americanas seahorses, Long Hallways, Shipwreck Karpathos, Ranges, Driving Slow Motion, Rhone, Unwed Sailor e Falcon Arrow. Confira uma seleção com os 140 melhores discos da “Música para Escrever 2019” aqui.
Aproveitei e publiquei um post compilando os três anos da série “Música para Escrever” no meu blog, promovendo-a a uma seção fixa do meu canal, como “Leituras” e as seções dedicadas aos meus livros, produções, discos e composições. Entre 2017 e 2019, publiquei 35 posts da série, divulgando o trabalho de 240 bandas de 43 países em 518 discos — entre álbuns, EPs e singles (ouça aqui).
Ava DuVernay, uma gigante do nosso tempo,
criadora e diretora da espetacular série
“When They See Us” (2019)
Foto: Scott Witter/Adweek
O consumo de audiovisual na minha vida continua com muita importância, mesmo tendo abandonado o desejo de trabalhar com ele. Em 2019, assisti a 52 temporadas de séries, menos do que nos últimos anos (70 em 2018 e 68 em 2017). A melhor série que vi foi a emocionante “Olhos que Condenam” (When They See Us, 2019), da genial Ava DuVernay, com destaque também para as séries “The Crown” (T3), “Chernobyl”, “Billions” (T4), “Atlanta” (T2), “American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace”, “Abstract: The Art of Design” (T2), “Crônicas de Arthdal” (T1) e “Frontera Verde”. Finalmente encarei a bombada “Outlander” (a melhor foi a 1ª temporada), e me diverti muito com o trabalho da gênia Liz Feldman na espetacular “Dead to Me” (traduzida como “Disque Amiga para Matar”, mais uma palhaçada dos tradutores brasileiros).
“A Ghost Story” (2017)
O que mais me impressionou foi esse número expressivo: assisti a 106 filmes em 2019 (e ainda arrumei tempo para rever 40 filmes!). Putz! Bati o recorde da década 2010 (99 em 2016, 90 em 2017, 71 em 2015, 54 em 2012 e 2011...), sendo que metade foi vista na Netflix. A obra que mais gostei em 2019 foi o longa “Sombras da Vida” (A Ghost Story, 2017), do norte-americano David Lowery, que só pude conferir esse ano (assim como os incríveis e prediletos “Três Anúncios Para um Crime”, “Viva: A Vida é uma Festa” e “A Criada”).
Gostei também dos longas “Assunto de Família”, “Nada a Esconder”, “Joy”, “Meu Nome é Dolemite”, “A Lavanderia” e “Girl” — destes, apenas “Assunto de Família” vi no cinema. O melhor filme lançado em 2019 que vi foi “O Irlandês”, de Martin Scorsese, mesmo com um começo complicado e chato (engrena e fica genial do meio para o final). Mais abaixo, ainda neste post, a lista com todos os livros, filmes e temporadas de séries que consumi em 2019.
Com Ingra Lyberato, revisando
editorialmente o seu livro
Em 2019, fiz trabalhos não-remunerados como editor, em que revisei editorialmente os livros de Ingra Lyberato (o romance “A natureza oculta iluminada”, com um total de 21 sessões, entre junho de 2017 e julho de 2019) e Wesley Correia (um livro de contos, com um total de 12 sessões, entre janeiro e setembro de 2019), e produzi o original em PDF de um livro chamado “Aeronauta”, contendo os melhores textos de Ângela Vilma publicados no seu blog (2007-2016), hoje desativado (investi 16 dias de trabalho, entre setembro e outubro).
Os trabalhos valeram para mim como experiência e formação de currículo — Ingra e Wesley gravaram vídeos generosos recomendando o meu serviço como editor). “Aeronauta” seria o primeiro investimento caso o projeto Portugal tivesse acontecido — foi para a gaveta, mas ainda tenho interesse profissional nessa área (leia trechos de “Aeronauta” aqui).
Quase aos 20 anos
2019 também foi o ano do backup. Resolvi não dar mole para o azar e, entre agosto e novembro, investi 33 dias criando o backup virtual do meu acervo de fotos pessoais e das agendas (2004-2019). As fotos estavam arquivadas apenas em HDs, todos no mesmo lugar; se pegasse fogo, já era — assim como o registro da minha vida nas páginas das agendas (um acervo que valorizo muito, em que anotei, a partir de 2004, todos os meus trabalhos, os amores e desamores, as aventuras, festas e farras, as vitórias e derrotas, etc.). As agendas deram mais trabalho, pois tive que digitalizar cada página e depois enviar para o virtual.
Flamengo até morrer eu sou (desde 1987)
Foto: ago/89, com pai e irmã
O incrível final de semana para os torcedores do Flamengo: no sábado, 23 de novembro, de virada no finalzinho do jogo (dois gols de Gabigol), o Mengão vence o River Plate e se sagra bi-campeão da Libertadores da América, 38 anos depois da última conquista — assisti em casa, sozinho, e enlouqueci com a virada, berrando muito, muito foda!
No domingo, 24 de novembro, após acompanhar pela TV a comemoração do Mengão bi-campeão nas ruas do Rio de Janeiro (mar de gente rubro-negra!), ouvi, via rádio web, a vitória do Grêmio sobre o Palmeiras (dentro da casa dos porcos), que carimbou, matematicamente, o heptacampeonato brasileiro para o Flamengo (novo título nacional, após 10 anos). Incrível! Orgulho rubro-negro! Comemora, nação!
Mirdad pelo olhar de Litza
2019 terminou com o fim do namoro com a produtora Litza Rabelo (durou um ano e um mês), uma relação amorosa entre opostos, que teve muito companheirismo (trabalhamos juntos na Flica 2019), boas farras (Carnaval, São João, Itacimirim, festas), muitos filmes e séries, grudes de xamego a dois no apê, e a experiência de lidar com o diferente.
Resumo de 2019 para mim: comemorações, vitórias e frustrações. Sobrevivemos ao caos político e social do Brasil, perdi um sócio que admirava demais (11 anos de relação profissional), e encaro 2020 como o ano 1 de uma nova fase de vida — os nossos loucos anos 20 chegaram. Sorte e saúde! Como bem diz o poeta James Martins, “menos amor por favor, mais amor por amor”.
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Principal feito de 2019
Lançamento virtual do álbum “Fluid”, da Orange Roots, pelo selo Surforeggae Sound System Brazil, com nove composições minhas.
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Livro que mais gostei em 2019
(Quetzal Editores, 2012)
Maria do Rosário Pedreira
[20 poemas aqui]
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Livros prediletos em 2019
2) “Todas as crônicas” (Rocco, 2018), de Clarice Lispector
3) “Rita Lee: Uma autobiografia” (Globo Livros, 2016)
4) “Antologia do conto húngaro” (Topbooks, 1998), Org. por Paulo Rónai
5) “Além das montanhas” (Rocco, 2003), de Chris Offutt
6) “O tradutor cleptomaníaco e outras histórias de Kornél Esti” (Editora 34, 2016), de Dezsö Kosztolányi
7) “O que os cegos estão sonhando?” (Editora 34, 2012), de Noemi Jaffe
8) “O exercício da distração” (Penalux, 2017), de Kátia Borges
9) “Torto arado” (Todavia, 2019), de Itamar Vieira Junior
10) “Afogado” (Record, 1998), de Junot Díaz
11) “Tchau” (2019), de Ricardo Cury
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Todos os 25 livros lidos em 2019
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Filme que mais gostei em 2019
(A Ghost Story - 2017)
David Lowery
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Filmes prediletos vistos em 2019
2) “Assunto de Família” (万引き家族 - 2018), de Hirokazu Koreeda
3) “Três Anúncios Para um Crime” (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri - 2017), de Martin McDonagh
4) “Nada a Esconder” (Le jeu - 2018), de Fred Cavayé
5) “Joy” (Joy - 2018), de Sudabeh Mortezai
6) “O Irlandês” (The Irishman - 2019), de Martin Scorsese
7) “Viva: A Vida é uma Festa” (Coco - 2017), de Lee Unkrich
8) “Meu Nome é Dolemite” (Dolemite is My Name - 2019), de Craig Brewer
9) “A Lavanderia” (The Laundromat - 2019), de Steven Soderbergh
10) “Girl” (Girl - 2018), de Lukas Dhont
11) “A Criada” (아가씨 - 2016), de Chan-wook Park
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Todos os 106 filmes vistos em 2019
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Temporada de série que mais gostei em 2019
(When They See Us – 2019)
Ava DuVernay
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As temporadas de séries prediletas vistas em 2019
1) “Olhos que Condenam” (When They See Us – 2019), de Ava DuVernay
2) “The Crown” (3ª temporada – 2019), de Peter Morgan
3) “Chernobyl” (2019), de Craig Mazin
4) “Billions” (4ª temporada – 2019), de Brian Koppelman, David Levien e Andrew Ross Sorkin
5) “Atlanta” (2ª temporada” – 2018), de Donald Glover
6) “Outlander” (1ª temporada – 2014-2015), de Ronald D. Moore
7) “Disque Amiga para Matar” (Dead to Me, 1ª temporada – 2019), de Liz Feldman
8) “American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace” (2018), de Scott Alexander e Larry Karaszewski
9) “Abstract: The Art of Design” (2ª temporada – 2019), de Scott Dadich
10) “Crônicas de Arthdal” (아스달 연대기, 1ª temporada – 2019), do Studio Dragon
11) “Frontera Verde” (2019), de Jenny Ceballos, Mauricio Leiva-Cock e Diego Ramírez-Schrempp
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Todas as 52 temporadas de séries
vistas em 2019
vistas em 2019
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