foto: Elliott Landy
Minha tríade sagrada da guitarra no rock é feita por David Gilmour, Jimmy Page e o eterno Jimi Hendrix. Todos os três sempre foram mestres no uso da distorção, mas ninguém sujou melhor uma nota que o purpleman dos infernos.
Sujar a nota é uma técnica de difícil execução; a fronteira entre o erro e a arte é uma linha minúscula, quase imperceptível ao ouvido comum. Mas Hendrix era um mestre único, com um bend avassalador e soluções inesperadas, puramente viscerais, para solos com altíssimo grau de sensibilidade. Arrisco dizer que ele estava além da técnica. Era um dos raríssimos artistas que de fato vivenciou e expeliu toda a agressividade, inconformação e valentia que faz do rock clássico, original, uma manifestação essencialmente libertadora.
Muito obrigado, mestre Jimi Hendrix. E obrigado por ter influenciado tanta gente, como o Zanom, um excelente guitarrista essencialmente "hendrixiano", com quem pude ter o prazer de tocar na The Orange Poem. Só quem tocou com um discípulo deste sabe o quanto isso engrandece o som!
Segue abaixo a canção Foxey Lady, uma das minhas prediletas, que fazia parte do repertório laranja, e que me proporcionou momentos inesquecíveis de muita maluquice nos palcos em que passamos.
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Jimi Hendrix - Foxey Lady [Live 1970]
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