Pular para o conteúdo principal

Podcast K7 #01 - Txhelo Castilho


Bloco 01 (Pinturas e Ilustrações)
- Ouça e baixe aqui: www.4shared.com/file/109435230/9540bed9/PodcastK701_TxheloCastilho_Bloco01.html

Bloco 02 (Música e Cinema)
- Ouça e baixe aqui: www.4shared.com/file/109436367/65241ae6/PodcastK701_TxheloCastilho_Bloco02.html

Bloco 03 (Paranóia e Êxodo?)
- Ouça e baixe aqui: www.4shared.com/file/109437275/2b4f47d9/PodcastK701_TxheloCastilho_Bloco03.html

Bloco 04 (Arte pela Arte e Indicações)
- Ouça e baixe aqui: www.4shared.com/file/109438931/1c78b973/PodcastK701_TxheloCastilho_Bloco04.html

Problemas para baixar? Entre em contato: elmirdad@yahoo.com.br

ATENÇÃO: Só clique no botão "Click here to start download" e no "Download Now", e apague o pop-up.

...
Programa #01
Txhelo Castilho

Multifacetado artista.

Leonino, soteropolitano, 26 anos (1982), estudante de cinema da FTC, que caminha pelas diversas artes. Já fez filosofia e design, fundou e tocou na Pangenianos, é guitarrista da banda Cerveja Café, faz pinturas de expressionismo geométrico, canções, textos, curtas, direção de arte e pesquisa a arte como um todo.

Txhelo Castilho indica para ouvir a OSBA no TCA nas quartas, assistir qualquer espetáculo de dança, e contemplar o visual da Baía de Todos os Santos no barzinho em frente da Cruz do Pascoal, no Santo Antônio Além do Carmo, à noite.

“Gosto de conhecer, tenho que experimentar. É fascinante o mundo da arte”.

“Almejo ganhar dinheiro, me sustentar, caminhar no mundo real, trabalhando em alguma vertente artística”.

“Quero produzir o máximo que puder, ter um acervo em todos os campos da arte”.

“A arte é uma das poucas maneiras de se colocar para a eternidade. A vida após a morte são os seus registros artísticos em vida”.

“A pintura foi o meio que fez desenvolver mais o meu olhar para todos os campos artísticos. É uma das únicas coisas que, quando estou fazendo, não penso em nada. É meditativo; quando você se debruça, você não tem nada, nem alegria, nem tristeza. É o nirvana”.

“Não existe técnica definida. Me aventuro com tudo: aquarela, óleo, pastel, arte gráfica, digital”.

“Não sei como conceituar meu trabalho, nem sei exatamente a quanta vai a pintura contemporânea. Acho que o mundo hoje está muito digitalizado e às vezes quando estou pintando, estou me sentindo um primata, fazendo uma arte primitiva, colocando tinta na tela. Mas a desenvoltura artesanal é uma coisa insubstituível, de certa forma”.

“O nosso tempo é muito confuso para ser conceituado ainda”.

“Eu fiquei desestimulado com o mundo da música. A gente não ouve muito a música acadêmica, de pesquisa, própria do nosso tempo. A gente ouve coisas que já estavam prontas séculos atrás”.

“É fácil ganhar dinheiro com música. Só tem que fazer a música do mercado, entrar na dança da vez. Não dá pra querer que o mercado consuma qualquer coisa que você fizer. É como fazer um suco amargo e querer que as pessoas consumam”.

“Essa síndrome de Rock Star que os jovens músicos adquirem é uma falha na educação musical”.

“Hoje em dia o rock é uma coisa difícil pra ouvir com tesão. A música brasileira é muito mais atraente. Querer ser rocker no país do carnaval é meio estranho. Isso é uma coisa própria da classe média”.

“Os gêneros musicais não podem ser reféns de um ou outro compositor”.

“O cinema é uma arte completamente ingênua ainda. O cinema não pode ser refém de contar uma história. O cinearte tem que extrapolar o cinema como a dança contemporânea arrebentou com o balé clássico e a pintura moderna com o renascentismo”.

“O nosso tempo são todos os tempos. É o tempo da confusão, com a informação da produção de tudo que já aconteceu, que acontece. E a humanidade ainda não sabe o que fazer com tanta informação”.

“Não caiu a ficha do poder que se tem com a Internet”.

“O que é a arte no nosso tempo? É difícil de enxergar, é uma confusão muito grande”.

“Não me sinto oprimido pela Bahia. Quando eu produzir algo que tiver êxito comercial, pode ser feito aqui ou em qualquer lugar”.

“O cinema é mendigo do dinheiro do Estado. Isso é irritante mesmo!”

“A Internet é um meio que vai sanar o problema da distribuição”.

“Dança é uma das coisas mais sublime da arte para mim”.

“Sempre há o que fazer com tudo já feito. Ainda que seja botar tudo no liquidificador. E a viagem é refazer”.

-----

Onde encontrar Txhelo Castilho:
www.fotolog.com/pontoelinha e www.myspace.com/cervejacafe

-----

Ficha Técnica Podcast K7 #01
Gravado em 25.04.2009, Salvador-Ba.

Direção, produção, entrevista, gravação, edição, montagem, vinhetas e locução: Emmanuel Mirdad.
Trilha sonora: Curtas e Poemas, Reflexo Pesadelo, Noturno e A Esposa Impossível, Mirdad - Harmonogonia (2008).

Trilha das aberturas e vinhetas: Lost Mails, The Orange Poem - Psicodelia (2008).

Fotos: 01 - ?; 02 - Tiago Expinho; 03 - Txhelo Castilho

.

Comentários

Vitor Andrade disse…
Gostei do espaço. Gosto doce de arte!
Forte abraço!
Emmanuel Mirdad disse…
Obrigado! Fique à vontade! Abs.
Ted Simões disse…
de fuder, man. grandes colocações de txhelo!
abração!
Cebola disse…
Salve Marceleza, expressiva voz de liberdade nas fechaduras egocêntricas do mundo artístico. Merecida estréia!
Abraços
Anônimo disse…
muito bom, parabens!
tem outras pessoas que gostaria de ver aqui como ronei jorge, paquito, bruno carvalho, fabio cascadura, sputter (the honkers). gnt q tem algo a dizer.
abraço
Zanom. disse…
Muito bom , man !

Postagens mais visitadas deste blog

Seleta: R.E.M.

Foto: Chris Bilheimer A “ Seleta: R.E.M. ” destaca as 110 músicas que mais gosto da banda norte-americana presentes em 15 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Out of Time ”, “ Reveal ”, “ Automatic for the People ”, “ Up ” e “ Monster ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 15 álbuns participantes desta Seleta 01) Losing My Religion [Out of Time, 1991] 02) I'll Take the Rain [Reveal, 2001] 03) Daysleeper [Up, 1998] 04) Imitation of Life [Reveal, 2001] 05) Half a World Away [Out of Time, 1991] 06) Everybody Hurts [Automatic for the People, 1992] 07) Country Feedback [Out of Time, 1991] 08) Strange Currencies [Monster, 1994] 09) All the Way to Reno (You're Gonna Be a Star) [Reveal, 2001] 10) Bittersweet Me [New Adventures in Hi-Fi, 1996] 11) Texarkana [Out of Time, 1991] 12) The One I Love [Document, 1987] 13) So. Central Rain (I'm Sorry) [Reckoning, 1984] 14) Swan Swan H [Lifes Rich Pageant, 1986] 15) Drive [Automatic for the People, 1992]...

Flikids 2024

A Flikids é uma festa dedicada ao universo da criança, que surge para valorizar e destacar a literatura infantil, produzida por adultos e autores mirins, bem como outros artistas que trabalham a interseção das artes com a literatura, para promover espetáculos infantis e oficinas que estimulem a formação de novos leitores e o hábito da leitura como lazer e afinidade entre os membros da família. Nos eventos literários pelo país, geralmente a programação para crianças é apresentada como uma das partes dos eventos, alternativa. Já a Flikids é exclusiva para esse público: destaca a produção da literatura infantil nos seus vários formatos e temas, como programação principal. A 1 ª edição da Flikids acontece em 19 e 20 de outubro na Caixa Cultural Salvador , patrocinada pela Caixa e Governo Federal , com a realização da Bahia Eventos e  Mirdad Cultura , coordenação geral de Emmanuel Mirdad e curadoria de Emília Nuñez e Ananda Luz . As curadoras comentam a programação  aqui ...

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão...