Tiganá & Roberto Mendes - Mpangi Mbote
Perambulando é uma seção deste blog destinada a expôr os vídeos que irei registrar nas andarilhadas por aí.
Nesta edição, destaco o show Vozes no Espelho, que uniu os cantores e compositores baianos Roberto Mendes e Tiganá Santana, lá no Teatro SESI (Rio Vermelho, Salvador-BA) ontem (terça), 11/08/09.
Com produção de Emílio Mwana e assistência de Bruno Senna, conforme release, é "uma síntese artística de dois cantores e compositores que se reconhecem na maneira de compor, no rigor estilístico, no apego à ancestralidade, na permissão à música, na inventividade, na inteligência. São dois inventores da música popular brasileira, marcados de africanidades, lusitanismos, indianismos, dentro de uma territorialidade figurada como Recôncavo Baiano, mas de projeção e capacidade comunicativa universais".
Voz e violão, poemas e música, cenários em reflexos que se expandiam, se reconheciam, identificavam que o tempo dos calendários é apenas uma invenção, mais uma dentre tantas, porque ali não havia anos, e sim, eternidades. Tiganá em breve estará lançando o seu primeiro CD, Maçalê, e a música Mpangi Mbote (grande irmão), que foi o parto desta parceria (Roberto gravou-a neste álbum), iniciou também este show que nunca mais terminará. Pretérito presente em cada dose de um futuro aqui, a quem canalizar a ancestralidade sempre vigente.
Logo abaixo, Disu ye Vula, nova música de Tiganá, com o toque do mestre Roberto: "Eu já fui este rapaz há algum tempo. Tenho certeza de que eu fui ele antes de mim. Eu tenho certeza de que esse rapaz veio um pouquinho antes".
Tiganá & Roberto Mendes - Disu ye Vula
Na humilde opinião deste espinho aqui, o ponto mais emocionante do show (quase desapareci, o ato de filmar é que foi o peso preciso pra esse registro), foi a junção das irmãs Reverência (Tiganá) e Saluba (Roberto), em que Tiganá recitou um poema pedrada, impactante, com trechos assim: "Comecemos pela morte e terminaremos cuidados pelo saber ... A senhora madeirada segura o solo porque é menos seguro que a invisível solidão da fé-éter ... A morte é matéria prima da vida que é encontrada nos caminhos ... Para se ser lama, é preciso se ser lume, sem qualquer vestígio de limo, sem qualquer dúvida sobre o leme".
Tiganá & Roberto Mendes - Reverência / Saluba
Aqui, Dembwa (10 de Agosto), que também estará no CD Maçalê, encerrando a breve filmagem, pra deixar um gostaço de quero mais em você, caro leitor.
Tiganá & Roberto Mendes - Dembwa
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Perambulando é uma seção deste blog destinada a expôr os vídeos que irei registrar nas andarilhadas por aí.
Nesta edição, destaco o show Vozes no Espelho, que uniu os cantores e compositores baianos Roberto Mendes e Tiganá Santana, lá no Teatro SESI (Rio Vermelho, Salvador-BA) ontem (terça), 11/08/09.
Com produção de Emílio Mwana e assistência de Bruno Senna, conforme release, é "uma síntese artística de dois cantores e compositores que se reconhecem na maneira de compor, no rigor estilístico, no apego à ancestralidade, na permissão à música, na inventividade, na inteligência. São dois inventores da música popular brasileira, marcados de africanidades, lusitanismos, indianismos, dentro de uma territorialidade figurada como Recôncavo Baiano, mas de projeção e capacidade comunicativa universais".
Voz e violão, poemas e música, cenários em reflexos que se expandiam, se reconheciam, identificavam que o tempo dos calendários é apenas uma invenção, mais uma dentre tantas, porque ali não havia anos, e sim, eternidades. Tiganá em breve estará lançando o seu primeiro CD, Maçalê, e a música Mpangi Mbote (grande irmão), que foi o parto desta parceria (Roberto gravou-a neste álbum), iniciou também este show que nunca mais terminará. Pretérito presente em cada dose de um futuro aqui, a quem canalizar a ancestralidade sempre vigente.
Logo abaixo, Disu ye Vula, nova música de Tiganá, com o toque do mestre Roberto: "Eu já fui este rapaz há algum tempo. Tenho certeza de que eu fui ele antes de mim. Eu tenho certeza de que esse rapaz veio um pouquinho antes".
Tiganá & Roberto Mendes - Disu ye Vula
Na humilde opinião deste espinho aqui, o ponto mais emocionante do show (quase desapareci, o ato de filmar é que foi o peso preciso pra esse registro), foi a junção das irmãs Reverência (Tiganá) e Saluba (Roberto), em que Tiganá recitou um poema pedrada, impactante, com trechos assim: "Comecemos pela morte e terminaremos cuidados pelo saber ... A senhora madeirada segura o solo porque é menos seguro que a invisível solidão da fé-éter ... A morte é matéria prima da vida que é encontrada nos caminhos ... Para se ser lama, é preciso se ser lume, sem qualquer vestígio de limo, sem qualquer dúvida sobre o leme".
Tiganá & Roberto Mendes - Reverência / Saluba
Aqui, Dembwa (10 de Agosto), que também estará no CD Maçalê, encerrando a breve filmagem, pra deixar um gostaço de quero mais em você, caro leitor.
Tiganá & Roberto Mendes - Dembwa
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