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Humana


Lendo Naquela Praia, de Marceleza de Castilho


Humana
Emmanuel Mirdad

Ela propagou a quem estivesse próximo que ele era o “amor de sua vida”. O tempo modificou as circunstâncias, naquele embalo de que com tudo o sempre acaba. E quando ainda faltava muito para a vida acabar, ela nem ao menos o atendia mais. Apagou, e recomeçou a propagar os demais amores, tal qual a coleção de contraditos e enganos. Humana.

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Comentários

Vanessa Souza disse…
Toda histérica - sendo que uns 98% das mulheres encaixam-se nessa estrutura clínica, psicanaliticamente falando - acredita que o atual é o "amor de sua vida". Já dizia Lacan que toda certeza é neurótica, rs.
Chico Buarque já canta que amores serão sempre amáveis...
Cada qual opina da sua "janelinha".
Multiethnic disse…
Foi eterno enquanto durou... mas acabou, fazer o quê.
Raiça Bomfim disse…
"Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."

(leminski)

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