18 de julho é especial pra mim. É quando comecei a compor (1997), o marco de quanto tempo de música tenho. É também a estreia de um evento produzido por mim (2004), o dia da gravação da poderosa voz de floresta do precioso Mateus Aleluia no blues Cuts (2014) e o aniversário de Madiba, o mestre Mandela (1918).
Como se não bastasse, nessa semana em que o 18 de julho lançou a Flica 2017, a minha mãe me aparece com essa surpresa: a cópia de uma carta da minha avó Josepha, mãe do meu pai Ildegardo (ambos falecidos), escrita no dia 18 de julho de 1972, 45 anos atrás, em que ela celebra a dádiva de ser mãe - teve o seu primeiro filho, o meu fabuloso tio Zé Rosa (caso estivesse vivo, faria 90 anos), neste décimo-oitavo dia de julho, em 1927.
Fiquei muito emocionado. E ainda descobri o motivo do meu pai assinar I.R.S. às vezes.
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Salv. 18 de Julho de 1972!
Graças a vós meu Deus e criador! Agradeço porque foi neste dia do ano de 1927 que recebi a dádiva divina, sublime e difícil de ser cumprida. Ser mãe! O que é ser mãe? É saber ser humilde, caridosa, sempre amar e perdoar. Pois às vezes somos julgadas por aquilo que não fazemos. Ser esquecida e nunca esquecer. Pergunto: mais como podemos esquecer de um filho? Pois se eles são células da nossa vida.
Bendita seja a mãe que sempre sabe amar e nunca odiar. Hoje, 45 anos que meu Deus me fez a criatura mais feliz neste planeta, não sei se soube ser uma mãe perfeita, mas, humildemente, a Vós meu Deus peço (que) ame, proteja, ilumine e conserve a centelha da vossa luz dentro de cada coração dos meus queridos filhos.
Agradeço com todo amor e respeito por me ter concedido esta graça (de) ser mãe.
J.R.S.
(Josepha Rosa Santos)
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Que dia, meus amigos, que dia! Viva 18 de julho!
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