Pular para o conteúdo principal

Seleta: Sigur Rós


Eu sou fã da islandesa Sigur Rós, tenho todos os discos, sempre escuto quando quero me isolar para transcender ou me concentrar. Conheci o som élfico há dez anos, quando ouvi o recém-lançado “Valtari” e mergulhei na galáxia de dentro. Escolhi como trilha para escrever o livro “oroboro baobá”; sem o som dos islandeses, não teria escrito uma linha sequer do meu primeiro romance. Junto com Bob Marley & The Wailers, Legião Urbana, Pink Floyd e Radiohead, forma o panteão sagrado do que há de mais importante na música para mim.

Sigur Rós foi a porta para o gênero “post-rock” (e o “ambient” também), que desconhecia até então. Fã das habitações psicodélicas erguidas pelo Pink Floyd, foi uma gratíssima descoberta, pois o post-rock é o que há de melhor para criar a ambiência de claustro que o ato de escrever literatura exige. A partir do Sigur Rós, passei cinco anos pesquisando e divulgando 600 bandas do gênero na série “Música para Escrever”, donde fiquei fã da japonesa MONO, da neozelandesa Jakob e o duo norte-americano Hammock.

Na Seleta de hoje, as 100 músicas que mais gosto, gravadas por Sigur Rós, presentes em 21 trabalhos (11 álbuns, 02 EPs e 08 singles) da discografia oficial do grupo (os prediletos são “( )”, “Valtari”, “Takk...” e “Með suð í eyrum við spilum endalaust”). Viva Sigur Rós, o som que me faz escrever!

Ouça no Spotify aqui

Ouça no YouTube aqui

01) Ó friður [Single Sæglópur, 2006]

02) Ekki múkk [Valtari, 2012]

03) All Alright [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

04) Dauðalogn [Valtari, 2012]

05) Untitled #9 (Smáskífa 1) [Single Untitled #1 (Vaka), 2003]

06) Untitled #9 (Smáskífa 2) [Single Untitled #1 (Vaka), 2003]

07) Varðeldur [Valtari, 2012]

08) Ára bátur [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

09) Intro [Ágætis byrjun, 1999]

10) Svefn-g-englar [Ágætis byrjun, 1999]

Foto: Hörður Sveinsson

11) Gong [Takk..., 2005]

12) Sæglópur [Takk..., 2005]

13) Festival [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

14) Untitled #8 (Popplagið) [( ), 2002]

15) Olsen Olsen [Ágætis byrjun, 1999]

16) Untitled #7 (Dauðalagið) [( ), 2002]

17) Salka [Hvarf/Heim, 2007]

18) Untitled #4 (Njósnavélin) [( ), 2002]

19) Varúð [Valtari, 2012]

20) Untitled #1 (Vaka) [( ), 2002]


21) Untitled #5 (Álafoss) [( ), 2002]

22) Ba Ba [Ba Ba Ti Ki Di Do, 2004]

23) Ti Ki [Ba Ba Ti Ki Di Do, 2004]

24) Di Do [Ba Ba Ti Ki Di Do, 2004]

25) Svo hljótt [Takk..., 2005]

26) Untitled #6 (E-Bow) [( ), 2002]

27) Glósóli [Takk..., 2005]

28) Mílanó [Takk..., 2005]

29) Ég anda [Valtari, 2012]

30) Hljómalind [Hvarf/Heim, 2007]

Foto: Lilja Birgisdóttir

31) Stormur [Kveikur, 2013]

32) Hjartað hamast (bamm bamm bamm) [Ágætis byrjun, 1999]

33) Bíum bíum bambaló [Single Ný batterí, 2000]

34) The Rains of Castamere [Single Soundtrack Game of Thrones: Season 4, 2014]

35) Fjögur píanó [Valtari, 2012]

36) Heysátan [Takk..., 2005]

37) Fljótavík [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

38) Straumnes [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

39) Untitled #2 (Fyrsta) [( ), 2002]

40) Rafmagnið búið [Single Ný batterí, 2000]

Foto: Hörður Sveinsson

41) Ný batterí [Ágætis byrjun, 1999]

42) Untitled #3 (Samskeyti) [( ), 2002]

43) Dagrenning [Odin's Raven Magic, 2020]

44) Sé lest [Takk..., 2005]

45) Með suð í eyrum [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

46) Spár eða spakmál [Odin's Raven Magic, 2020]

47) Logn [Single Varúð, 2012]

48) Hvalir í útrýmingarhættu [Hlemmur, 2002]

49) Refur [Single Sæglópur, 2006]

50) Var [Kveikur, 2013]

Jónsi, o humano com voz de elfo

51) Valtari [Valtari, 2012]

52) Flugufrelsarinn [Ágætis byrjun, 1999]

53) Í Gær [Hvarf/Heim, 2007]

54) Viðrar vel til loftárása [Ágætis byrjun, 1999]

55) Hoppípolla [Takk..., 2005]

56) Með blóðnasir [Takk..., 2005]

57) Ágætis byrjun [Ágætis byrjun, 1999]

58) Allt tekur sinn tíma! [Hlemmur, 2002]

59) 64º46’34.1″N 14º02’55.8″W [Route One, 2018]

60) Stendur æva [Odin's Raven Magic, 2020]


61) Brennisteinn [Kveikur, 2013]

62) Hrafntinna [Kveikur, 2013]

63) Ísjaki [Kveikur, 2013]

64) Starálfur [Ágætis byrjun, 1999]

65) Rembihnútur [Valtari, 2012]

66) Ég mun læknast! [Hlemmur, 2002]

67) 1993 [Hlemmur, 2002]

68) Avalon [Ágætis byrjun, 1999]

69) Fyrsta ferð [Hlemmur, 2002]

70) Vetur [Hlemmur, 2002]


71) 64º08’43.3″N 21º55’38.8″W [Route One, 2018]

72) Yfirborð [Kveikur, 2013]

73) Bláþráður [Kveikur, 2013]

74) Við spilum endalaust [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

75) Dánarfregnir og jarðarfarir [Single Ný batterí, 2000]

76) Kafari [Single Sæglópur, 2006]

77) Ofbirta [Single Brennisteinn, 2013]

78) 65º27’29.1″N 15º31’56.0″W [Route One, 2018]

79) Dvergmál [Odin's Raven Magic, 2020]

80) Rafstraumur [Kveikur, 2013]


81) Kveikur [Kveikur, 2013]

82) Kvistur [Single Ekki múkk, 2012]

83) Áss hinn hvíti [Odin's Raven Magic, 2020]

84) Jósef tekur fimmuna í vinnuna [Hlemmur, 2002]

85) Prologus [Odin's Raven Magic, 2020]

86) Góðan daginn [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

87) Andvari [Takk..., 2005]

88) Heima [Single Inní mér syngur vitleysingur, 2008]

89) Íllgresi [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

90) Syndir Guðs (Opinberun frelsarans) [Von, 1997]

Os 11 álbuns, 02 EPs e 08 singles presentes nesta Seleta

91) Óskabörn þjóðarinnar [Hlemmur, 2002]

92) Von [Von, 1997]

93) Hafssól [Von, 1997]

94) 64º02’44.1″N 16º10’48.5″W [Route One, 2018]

95) Hún Jörð... [Von, 1997]

96) Gobbledigook [Með suð í eyrum við spilum endalaust, 2008]

97) Á ferð til Breiðafjarðar vorið 1922 [Rímur, 2001]

98) Fjöll í austri [Rímur, 2001]

99) Alföður orkar [Odin's Raven Magic, 2020]

100) Hannes [Hlemmur, 2002]

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d