Lima Barreto
“A Literatura ou me mata ou me dá o que eu peço dela.”
“Mulher bonita é que não falta nesta vida; o que falta é a mulher de que a gente goste.”
“(...) É ela que faz todas as consolações das nossas desgraças; é dela que nós esperamos a nossa redenção; é ela a quem todos os infelizes pedem socorro e esquecimento. Gosto da Morte porque ela é o aniquilamento de todos nós; gosto da Morte porque ela nos sagra. Em vida, todos nós só somos conhecidos pela calúnia e maledicência, mas, depois que Ela nos leva, nós somos conhecidos (...) pelas nossas boas qualidades.”
“Os brasileiros estão sempre dispostos a ver no estrangeiro bem-vestido um fidalgo; e nos pobres, um animal desprezível.”
“Não gosto, nem trato de política. (...) Eu a encaro, como todo o povo a vê, isto é, um ajuntamento de piratas mais ou menos diplomados que exploram a desgraça e a miséria dos humildes. (...) A República no Brasil é o regime da corrupção. (...) Vem disto a nossa esterilidade mental, a nossa falta de originalidade intelectual, a pobreza da nossa paisagem moral e a desgraça que se nota no geral, da nossa população. Ninguém quer discutir; ninguém quer agitar ideias; ninguém quer dar a emoção (...). Todos querem 'comer'. 'Comem' os juristas, 'comem' os filósofos, 'comem' os médicos (...) 'comem' os romancistas, 'comem' os engenheiros, 'comem' os jornalistas: o Brasil é uma vasta 'comilança'”
Trechos de Lima Barreto citados na biografia Lima Barreto: Triste visionário (Companhia das Letras, 2017), de Lilia M. Schwarcz, páginas 393, 268, 477, 246 e 421, respectivamente.
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