Pular para o conteúdo principal

Literatura no Insta #03


Saí do
Instagram no final de 2016. Não fez falta. Agora, na pandemia de 2020, voltei com um novo @ [pegaram o meu antigo], para poder assistir às lives. Decidi compartilhar literatura nessa rede, aproveitando o acervo garimpado neste blog. Na rodada #03David Foster Wallace, Clarice Lispector, Ralph Elisson, Orides Fontela, Martha Galrão, Hélio Pólvora, Cidinha da Silva e Ângela Vilma, entre outros, 15 cards publicados no @emmanuelmirdad.

Presente no livro “A chuva de Maria”, pg 77, da poeta Martha Galrão. #marthagalrao #achuvademaria #muadiemaria #poesia #poema #literatura #poemas #literaturabrasileira #poesiabrasileira #leiamulheres

Os seis dias de Carnaval de uma mãe solteira, duas filhas pequenas, entre a arrochada de camisola no corredor do hotel para um strip-tease via Skype a um amasso no moreno casado no Pelô enquanto a esposa cuida das suas filhas. Quer continuar a ler? Joga no Google: conto Cinzas de Emmanuel Mirdad. Free! #emmanuelmirdad #cinzas #olimbodosclichesimperdoaveis #literatura #literaturabrasileira #contos #contosbrasileiros

Presente no conto “Mar de Azov”, que dá título ao livro do mestre Hélio Pólvora (1928-2015). “Ser homem é assumir a realidade” me impacta até hoje. Usei a frase como epígrafe. E ela continuará ressoando pelo resto do que me resta de vida. É o verbo mais corajoso que existe: assumir. “Assuma a sua porra, rapaz” é algo que sempre cobrarei. Eu assumo o que faço, assumo a realidade e faço. Sem historinha. Sem enrolação. Sem mentira. Assumir não como excepcional. Assumir como óbvio. Assumir é civilização. Civilizar o ser humano é assumir a realidade. Hélio sintetizou o que o meu pai me ensinou. E é o que tento ensinar por aí. Assuma a sua porra! #heliopolvora #mardeazov #literatura #literaturabrasileira #contos #contosbrasileiros

“Nunca fui mais odiado do que quando tentei ser honesto” & nunca fui mais amado (...) quando tentei dar a meus amigos as respostas incorretas e absurdas que eles desejavam ouvir. Exato! Trecho sensacional do escritor negro norte-americano Ralph Ellison (1914-1994), garimpado do epílogo clássico romance Homem invisível, traduzido por Mauro Gama e lançado no Brasil pela José Olympio. #ralphellison #homeminvisivel #invisibleman #romance #literatura #literaturaafro #literaturanegra #literaturaafroamericana #literaturaamericana #literaturanorteamericana #novel #joseolympioeditora #ralphellisoninvisibleman

Acompanhe as crônicas da morena mais frajola da Bahia, Joana Rizério, la @bandidacorazon #literatura #literaturabrasileira #bandidacorazon #joanarizerio #cronicas #cronicasbrasileiras #cronicabrasileira #amor #sobreoamor #leiamulheres

Nunca mais comi lagosta, siri ou caranguejo depois de ler o incrível artigo “Pense na lagosta”, do escritor norte-americano David Foster Wallace (1962-2008). Fiquei marcado mesmo, foi um “se ligue” muito foda, nunca havia pensado nessa perspectiva. Recomendo em alta a leitura: joga “Pense na lagosta David Foster” no Google, tem disponível para leitura no site da @revistapiaui. O trecho foi garimpado do indispensável livro de ensaios “Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo”, pg. 253, tradução de Daniel Galera e Daniel Pellizzari, lançado pela @companhiadasletras em 2012. #davidfosterwallace #pensenalagosta #literatura #literaturanorteamericana #literaturaamericana #artigo #ensaios #ensaio #considerthelobster #danielgalera #danielpellizzari #companhiadasletras #ciadasletras #ficandolongedofatodejaestarmeioquelongedetudo “Por mais estuporada que esteja depois do trajeto, por exemplo, a lagosta costuma voltar à vida de forma alarmante ao ser colocada na água fervente. Quando é despejada do recipiente para dentro do tacho fumegante, às vezes a lagosta tenta se segurar nas bordas do recipiente ou até mesmo enganchar as garras na beira do tacho como uma pessoa dependurada de um telhado, tentando não cair. Pior ainda é quando a lagosta fica imersa por completo. Mesmo que o sujeito tampe o tacho e saia de perto, normalmente é possível ouvir a tampa chacoalhando e rangendo enquanto a lagosta tenta empurrá-la. Ou escutar as garras da criatura raspando o interior do tacho enquanto se debate. Em outras palavras, a lagosta apresenta um comportamento muito parecido com o que eu ou você apresentaríamos se fôssemos atirados em água fervente (com a óbvia exceção dos gritos)”.

Belo e singelo poema de Érica Azevedo, presente no livro A chuva & o labirinto, lançado pela @editoramondrongo em 2017. #ericaazevedo #literatura #poesia #poema #literaturabrasileira #leiamulheres #leiamulheresnegras #achuvaeolabirinto

Não existe “nós” no “eu te amo”. #emmanuelmirdad #afarsa #olimbodosclichesimperdoaveis #literatura #literaturabrasileira #contos #contosbrasileiros

Trecho da escritora norte-americana Flannery O'Connor (1925-1964), garimpado do seu 1º romance, “Sangue sábio” (“Wise Blood”, 1952), que serve de epígrafe da edição brasileira de “Out of the Woods” (1999), livro de contos do escritor norte-americano Chris Offutt, lançada como “Além das montanhas” pela Rocco em 2003, com tradução de Mário Molina. #flanneryoconnor #sanguesabio #wiseblood #epigrafe #alemdasmontanhas #outofthewoods #chrisoffutt #rocco #literatura #literaturanorteamericana #romance #contos #novel #shortstories #leiamulheres

“A despeito da vida de fracassos que impuseram aos meus iguais consegui superar as previsões estatísticas, mantive minha alegria de viver. Não estou deprimido e não vou me matar. Não, mesmo!” Garimpado do livro de crônicas “#Parem de nos matar!”, da escritora mineira Cidinha da Silva, pg 153. #paremdenosmatar #cidinhadasilva #literatura #literaturabrasileira #literaturanegra #cronicas #cronica #leiamulheres #leiamulheresnegras

“só a raiz é o fruto” Yeba! Issoaê, poeta maravilhosa, viva @oridesfontela! Poema garimpado do livro Poesia completa, lançado pela Hedra em 2015. #oridesfontela #literatura #literaturabrasileira #poesia #poema #poemas #poesiacompleta #hedra #poesiabrasileira #leiamulheres

Trecho garimpado do romance Tchau, do cronista baiano Ricardo Cury, lançado em 2019. #ricardocury #literatura #literaturabrasileira #romance #tchau

Clarice Lispector, 100 anos em 2020. Garimpado do livro predileto da mestra, A descoberta do mundo, de crônicas, lançado pela Rocco. #claricelispector #claricelispector100anos #centenarioclaricelispector #literatura #literaturabrasileira #cronicas #cronica #leiamulheres

Dois suicidas se atiram do alto de um prédio e conversam durante a queda fatal. Antônio pergunta: “Você afinal está se matando por quê?”. João responde “Por amor” e espanca: “Duvidoso como é, o amor me provocou dores horríveis. Nunca se sabe se o que chamamos amor é desamparo, solidão doentia ou desejo incontrolável de dominação. O que na verdade me seduz é que o amor destrói certezas com a mesma incomparável transparência com que o caos significante enfrenta a insignificância da ordem. Não, o amor não é a solução para a vida. Mas é culminância. Morrer por ele me trouxe paz.” “Dois corpos que caem”, contaço predileto do livro “Troços & destroços”, do escritor João Silvério Trevisan, lançado pela editora Record em 1998. #doiscorposquecaem #troçosedestroços #joaosilveriotrevisan #literatura #literaturabrasileira #contos #livrodecontos #conto #editorarecord #record #suicidio #suicidas

Ângela Vilma é poeta e professora. Entre 2007 e 2012, fez um acervo maravilhoso de crônicas no blog Aeronauta, cheio de preciosidades. Recomendo em alta a leitura. Joga no Google Blog Aeronauta, de Ângela Vilma que vcs vão achar o link no meu blog com uma seleta massa. #angelavilma #aeronauta #literatura #literaturabrasileira #cronicas #cronica #leiamulheres

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seleta: R.E.M.

Foto: Chris Bilheimer A “ Seleta: R.E.M. ” destaca as 110 músicas que mais gosto da banda norte-americana presentes em 15 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Out of Time ”, “ Reveal ”, “ Automatic for the People ”, “ Up ” e “ Monster ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 15 álbuns participantes desta Seleta 01) Losing My Religion [Out of Time, 1991] 02) I'll Take the Rain [Reveal, 2001] 03) Daysleeper [Up, 1998] 04) Imitation of Life [Reveal, 2001] 05) Half a World Away [Out of Time, 1991] 06) Everybody Hurts [Automatic for the People, 1992] 07) Country Feedback [Out of Time, 1991] 08) Strange Currencies [Monster, 1994] 09) All the Way to Reno (You're Gonna Be a Star) [Reveal, 2001] 10) Bittersweet Me [New Adventures in Hi-Fi, 1996] 11) Texarkana [Out of Time, 1991] 12) The One I Love [Document, 1987] 13) So. Central Rain (I'm Sorry) [Reckoning, 1984] 14) Swan Swan H [Lifes Rich Pageant, 1986] 15) Drive [Automatic for the People, 1992]...

Dez passagens de Clarice Lispector no livro Laços de família

Clarice Lispector (foto daqui ) “A mãe dele estava nesse instante enrolando os cabelos em frente ao espelho do banheiro, e lembrou-se do que uma cozinheira lhe contara do tempo do orfanato. Não tendo boneca com que brincar, e a maternidade já pulsando terrível no coração das órfãs, as meninas sabidas haviam escondido da freira a morte de uma das garotas. Guardaram o cadáver no armário até a freira sair, e brincaram com a menina morta, deram-lhe banhos e comidinhas, puseram-na de castigo somente para depois poder beijá-la, consolando-a. Disso a mãe se lembrou no banheiro, e abaixou mãos pensas, cheias de grampos. E considerou a cruel necessidade de amar. Considerou a malignidade de nosso desejo de ser feliz. Considerou a ferocidade com que queremos brincar. E o número de vezes em que mataremos por amor. Então olhou para o filho esperto como se olhasse para um perigoso estranho. E teve horror da própria alma que, mais que seu corpo, havia engendrado aquele ser apto à vida e à felici...

Dez passagens de Jorge Amado no romance Capitães da Areia

Jorge Amado “[Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava ‘meu padrinho’ e que o surrava. Fugiu logo que pôde compreender que a fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a mão que passe sobre os seus olhos e faça com que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A...