Pular para o conteúdo principal

Seleta: Creedence Clearwater Revival


Sou fã da californiana Creedence Clearwater Revival, tenho todos os discos (menos o último, que é bem ruim), e adoro colocar o som do CCR para levantar o astral, solar e setentista, e pisar fundo no acelerador (é perfeito para a estrada!). É rock’n’roll puro, raiz, vários clássicos gravados, covers ou autorais. E o vocal rasgado, pedrada agressiva, timbre potente, agudo-rouco, cheio de poeira das mil estradas e encruzilhadas. Viva John Fogerty, canta muito (e tome-lhe solo massa também), a voz de Woodstock!

Creedence Clearwater Revival teve uma passagem meteórica; depois da estreia, três discos lançados em 1969, mais dois em 1970. E se eternizou na mente de quem pulsa por liberdade. Som para ser livre, cru, nu, no mato, montanha, praia, onde a trilha for para viver bicho solto. Adoro a bateria de Doug Clifford, o baixo de Stu Cook, a base de Tom Fogerty. E sou grato pelo CCR ter me aproximado ainda mais do blues, de valorizar o country e nunca perder a essência do folk. A Califórnia foi beber no sul dos EUA e hypou os irmãos Fogerty & amigos para sempre.

Na Seleta de hoje, as 60 músicas que mais gosto, gravadas por Creedence Clearwater Revival, presentes em sete álbuns da discografia oficial da banda (os prediletos são “Cosmo’s Factory”, “Pendulum”, “Willy and the Poor Boys” e “Green River”). Play no som e acelera na estrada!

Ouça no Spotify aqui

Ouça no YouTube aqui

01) It's Just a Thought [Pendulum, 1970]

02) Have You Ever Seen the Rain? [Pendulum, 1970]

03) Who'll Stop the Rain [Cosmo's Factory, 1970]

04) Walk on the Water [Creedence Clearwater Revival, 1968]

05) I Put a Spell on You [Creedence Clearwater Revival, 1968]

06) Cotton Fields [Willy and the Poor Boys, 1969]

07) Before You Accuse Me [Cosmo's Factory, 1970]

08) Fortunate Son [Willy and the Poor Boys, 1969]

09) Travelin' Band [Cosmo's Factory, 1970]

10) Susie Q [Creedence Clearwater Revival, 1968]


11) I Heard It Through the Grapevine [Cosmo's Factory, 1970]

12) Wrote a Song for Everyone [Green River, 1969]

13) The Night Time Is the Right Time [Green River, 1969]

14) It Came Out of the Sky [Willy and the Poor Boys, 1969]

15) Hey Tonight [Pendulum, 1970]

16) Lodi [Green River, 1969]

17) The Midnight Special [Willy and the Poor Boys, 1969]

18) Effigy [Willy and the Poor Boys, 1969]

19) (Wish I Could) Hideaway [Pendulum, 1970]

20) Ramble Tamble [Cosmo's Factory, 1970]


21) Bad Moon Rising [Green River, 1969]

22) Lookin' out My Back Door [Cosmo's Factory, 1970]

23) Molina [Pendulum, 1970]

24) Down on the Corner [Willy and the Poor Boys, 1969]

25) Long As I Can See the Light [Cosmo's Factory, 1970]

26) Good Golly, Miss Molly [Bayou Country, 1969]

27) Ooby Dooby [Cosmo's Factory, 1970]

28) Green River [Green River, 1969]

29) Don't Look Now (It Ain't You or Me) [Willy and the Poor Boys, 1969]

30) Pagan Baby [Pendulum, 1970]


31) My Baby Left Me [Cosmo's Factory, 1970]

32) Up Around the Bend [Cosmo's Factory, 1970]

33) Rude Awakening #2 [Pendulum, 1970]

34) Proud Mary [Bayou Country, 1969]

35) Cross-Tie Walker [Green River, 1969]

36) Born on the Bayou [Bayou Country, 1969]

37) Run Through the Jungle [Cosmo's Factory, 1970]

38) Tombstone Shadow [Green River, 1969]

39) Get Down Woman [Creedence Clearwater Revival, 1968]

40) Crazy Otto (live) [Bayou Country, 1969]


41) Poorboy Shuffle [Willy and the Poor Boys, 1969]

42) Porterville [Creedence Clearwater Revival, 1968]

43) Ninety-Nine and a Half (Won't Do) [Creedence Clearwater Revival, 1968]

44) Born to Move [Pendulum, 1970]

45) Keep On Chooglin' [Bayou Country, 1969]

46) Chameleon [Pendulum, 1970]

47) Feelin' Blue [Willy and the Poor Boys, 1969]

48) Glory Be [Green River, 1969]

49) Sweet Hitch-Hiker [Mardi Gras, 1972]

50) Bootleg [Bayou Country, 1969]


51) The Working Man [Creedence Clearwater Revival, 1968]

52) Commotion [Green River, 1969]

53) Broken Spoke Shuffle [Green River, 1969]

54) Gloomy [Creedence Clearwater Revival, 1968]

55) Penthouse Pauper [Bayou Country, 1969]

56) Sailor's Lament [Pendulum, 1970]

57) Sinister Purpose [Green River, 1969]

58) Graveyard Train [Bayou Country, 1969]

59) Side o' the Road [Willy and the Poor Boys, 1969]

60) Someday Never Comes [Mardi Gras, 1972]

Os sete álbuns presentes nesta Seleta

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Dez passagens de Jorge Amado no romance Mar morto

Jorge Amado “(...) Os homens da beira do cais só têm uma estrada na sua vida: a estrada do mar. Por ela entram, que seu destino é esse. O mar é dono de todos eles. Do mar vem toda a alegria e toda a tristeza porque o mar é mistério que nem os marinheiros mais velhos entendem, que nem entendem aqueles antigos mestres de saveiro que não viajam mais, e, apenas, remendam velas e contam histórias. Quem já decifrou o mistério do mar? Do mar vem a música, vem o amor e vem a morte. E não é sobre o mar que a lua é mais bela? O mar é instável. Como ele é a vida dos homens dos saveiros. Qual deles já teve um fim de vida igual ao dos homens da terra que acarinham netos e reúnem as famílias nos almoços e jantares? Nenhum deles anda com esse passo firme dos homens da terra. Cada qual tem alguma coisa no fundo do mar: um filho, um irmão, um braço, um saveiro que virou, uma vela que o vento da tempestade despedaçou. Mas também qual deles não sabe cantar essas canções de amor nas noites do cais? Qual d