Meses atrás, vi, neste post, uma tal de lista dos 100 melhores livros segundo os editores da Amazon, chamada de 100 Books to read in a lifetime (veja aqui). Fucei e analisei as escolhas, e separei uma lista com os livros que não li e achei interessante os enredos. São eles (as sinopses encontrei em sites variados):
Homem invisível
(José Olympio, 2013)
Ralph Ellison
É a história de um jovem negro que sai do sul racista dos Estados Unidos e vai para o Harlem, em Nova York, nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas, e também para negros radicais, ele deseja apenas ser como é, e não um “homem invisível”, onde todos veem o que o rodeia e não a ele próprio.
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PS: Vou começar a ler em setembro.
É a história de um jovem negro que sai do sul racista dos Estados Unidos e vai para o Harlem, em Nova York, nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas, e também para negros radicais, ele deseja apenas ser como é, e não um “homem invisível”, onde todos veem o que o rodeia e não a ele próprio.
A cor da água
Tributo de um negro à sua mãe branca
(Bertrand Brasil, 1998)
James McBride
PS: Li neste mês e fiquei admirado
pela força da mãe do autor.
Narrativa de um jovem negro que busca suas raízes e de sua mãe. É o resgate da própria história do autor, vítima de racismo como sua mãe judia, que fugira da Polônia em 1921 e emigra para os EUA em busca de condições melhores de vida, porém, encontra só preconceito e discriminação.
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(Rocco, 2017)
Margaret Atwood
A história se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes - tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado - há as esposas, as marthas, as salvadoras etc. À pobre Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.
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(Companhia das Letras, 2007)
Toni Morrison
Livro mais conhecido da escritora americana, prêmio Nobel de Literatura de 1993, Amada ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida cativa, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. Considerado um clássico contemporâneo, faz um retrato a um tempo lírico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.
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Muito longe de casa
Memórias de um menino-soldado(Ediouro, 2007)
Ishmael Beah
Este clássico contemporâneo faz um retrato espantoso da guerra civil do ponto de vista de um menino-soldado. Em Muito longe de casa, Beah conta uma história pungente: aos doze anos de idade, fugiu do ataque de rebeldes e vagou por uma terra arrasada pela violência. Aos treze, foi recrutado pelo Exército do governo de Serra Leoa e descobriu que era capaz de atrocidades inimagináveis. Este é um relato raro e hipnotizante, contado com força literária e uma honestidade de cortar o coração.
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(Companhia das Letras, 2009)
Chinua Achebe
Romance fundador da moderna literatura nigeriana, O mundo se despedaça narra a história de Okonkwo, guerreiro de um clã que se desintegra depois da chegada do homem branco e de suas instituições. Os valores da Ibolândia são colocados em xeque pelos missionários britânicos que trazem consigo o cristianismo, uma nova forma de governo e a força da polícia. O romance é considerado um dos livros mais importantes da literatura africana do século XX. Foi publicado originalmente em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria. Primeiro romance do autor, foi publicado em mais de quarenta línguas.
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Nascido para correr
A experiência de descobrir uma nova vida
(Editora Globo, 2010)
Christopher McDougall
O livro conta a história dos índios Tarahumara, que habitam a região de encostas e cânions inacessíveis na fronteira mexicana com os Estados Unidos. Eles são os melhores corredores do mundo, superando em muitas vezes a resistência de maratonistas experientes. Com a maior naturalidade, correm o equivalente a quatro vezes uma maratona nos piores terrenos e condições. O problema é que - apesar de viver em perfeita harmonia entre seus membros - não gostam da visita de estranhos que quebrem seus ritmos de vida. Para conseguir o contato e a confiança da tribo, McDougall precisou passar por narcotraficantes perigosos e personagens que lembram fantasmas mitológicos do velho oeste.
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A vida imortal de Henrietta Lacks
(Companhia das Letras, 2011)
O livro reconstitui a vida e a morte de uma das mais injustiçadas personagens da história da medicina, e demonstra como o progresso científico do século XX deveu-se em grande medida a uma mulher negra, pobre e quase sem instrução. Doadora involuntária da linhagem “imortal” de células HeLa, a mais pesquisada em todo o mundo, a protagonista do premiado livro de estreia de Rebecca Skloot recebe uma merecida e tardia homenagem.
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O 11º Mandamento
(Companhia das Letras, 2011)
Abraham Verghese
Depois de se conhecerem no navio que os levou da Índia para o Iêmen, o médico inglês Thomas Stone e a freira carmelita Mary Joseph Praise se reencontram num hospital em Adis Abeba, capital da Etiópia. Da união proibida entre os dois, nasce um par de gêmeos unidos pela cabeça, e operados em seguida. Para completar o cenário dramático, a mãe morre no parto e o pai desaparece no mundo, deixando os meninos nas mãos de um casal de médicos missionários. Shiva e Marion crescem juntos na Etiópia, mas uma mulher abrirá um abismo entre eles, separando-os radicalmente outra vez. Avançando por páginas em que não faltam lugares e personagens fascinantes, a saga se desloca da África para um hospital nos Estados Unidos. Traumas e decepções do passado ressurgem, e será preciso superá-los para reencontrar o amor que os une e a possibilidade de redenção.
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Intérprete de males
(Globo Livros, 2014)
Jhumpa Lahiri
Nos nove contos que compõem o livro, o leitor verá sempre certo incômodo de estar num lugar de um modo desconfortável, uma espera sem nome e sobressaltos do entendimento desse processo. E é com esse olhar — que sempre vai e volta entre o espaço de estar e o espaço de querer estar — que Jhumpa trará histórias tocantes, nem sempre pelo enredo — que faz da simplicidade seu trunfo — mas certamente pela delicadeza de sua narrativa, e sobretudo pelo olhar arguto para tudo que revele um sentimento, uma tensão, uma espera.
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Duna
(Aleph, 2010)
Frank Herbert
Considerada uma das maiores obras de fantasia e ficção científica de todos os tempos, é um premiado best-seller já levado às telas de cinema pelas mãos do diretor David Lynch. A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de Arrakis, o Planeta Deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos.
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Ardil-22
(Edições BestBolso, 2010)
Joseph Heller
Ambientado na Segunda Guerra Mundial, este clássico antibelicista e satírico consagrou Joseph Heller no meio literário. Primeiro romance do autor, foi aclamado pela crítica inglesa ao enfatizar, de modo irônico, o absurdo da guerra e as atrocidades cometidas nos campos de batalha. O livro inspirou o filme de guerra homônimo dirigido por Mike Nichols, uma peça de teatro apresentada no John Drew Theater de Nova York, a comédia M.A.S.H. de Robert Altman sobre a Guerra da Coreia e o 66º episódio da série televisiva Lost, intitulado Catch-22.
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As incríveis aventuras de Kavalier & Clay
(Record, 2002)
Michael Chabon
É um retrato da Nova York das décadas de 30 e 40 - uma cidade se recuperando de uma recessão e sob a sombra da Segunda Guerra Mundial. Um local onde imigrantes se tornavam americanos, órfãos se transformavam em super-heróis e a cultura pop e suas manifestações - pulp fictions e histórias em quadrinhos - viviam seu momento glorioso. A linguagem de Michael Chabon pretende revelar neste livro a história de Joseph Kavalier, um fã judeu de Houdini, que usa suas habilidades para escapar de Praga.
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Autobiografia de Malcolm X
(Record, 1992)
Malcolm X e Alex Haley
Lançado em 1965, logo após a morte do líder negro, foi editado no Brasil pela editora Record, em 1965 e 1992, ambas fora de catálogo. O livro conta a história de Al Hajj Malik Al-Shabazz, ou simplesmente, Malcolm X, desde a sua infância até a sua morte. Foi classificado como um dos 10 livros de não ficção mais importantes do mundo.
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A fazenda africana
(Cosac Naify, 2005)
Karen Blixen
Trata-se de um livro autobiográfico, mas com um caráter muito mais, por assim dizer, 'etnográfico' do que melodramático. Apesar da vida amorosa infeliz, esta parece ser a última das preocupações da narradora. São antes as descrições de uma galeria de pessoas, empregados, colonos europeus, paisagens e animais, relatos de histórias ouvidas, pequenos fragmentos de episódios e observações de caráter antropológico, que compõem o cerne desta obra.
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A Bíblia envenenada
(Revan, 2000)
Barbara Kingsolver
Ficção com lastro na história real, narra a aventura de um religioso norte-americano que, no final dos anos 50, leva a família para o então Congo Belga, no coração da África. O romance é composto por narrativas alternadas da esposa e das quatro filhas menores do pastor, através das quais o leitor acompanha a evolução e o amadurecimento de cada uma delas no convívio com a realidade da África. Ao fundo, desenrola-se a luta pela independência, que culmina com o assassinato do herói Patrice Lumumba ordenado pelo então presidente Eisenhower e friamente executado pela CIA.
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Moneyball
O homem que mudou o jogo
(Intrínseca, 2015)
Michael Lewis
Numa narrativa repleta de personagens fascinantes e questionamentos inteligentes, Michael Lewis mostra a luta de um administrador para levar seu empreendimento à máxima performance pelo menor custo, e impor racionalidade num universo dominado por favorecimentos, desperdício e vícios. É a história de superação de um time medíocre e a biografia de um homem que se destacou num dos negócios mais ferozes e competitivos dos Estados Unidos.
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Middlesex
(Companhia das Letras, 2014)
Jeffrey Eugenides
Narrado por uma personagem hermafrodita, é um épico intergeracional e intersexual. Sofisticado, recheado de referências literárias, e ao mesmo tempo envolvente, Middlesex é uma reinvenção do épico americano, que alia as tradicionais sagas familiares à mais virtuosa narrativa pós-moderna. Um romance intergeracional e intersexual, vencedor do Pulitzer em 2003.
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Matadouro 5
(L&PM, 2005)
Kurt Vonnegut
Conta a tentativa de um ex-soldado americano que lutou na Segunda Guerra Mundial e que assistiu ao bombardeio da cidade de Dresden de escrever sobre a experiência da guerra. O livro é uma narrativa inigualável, fantasiosa, sarcástica, engraçada, satírica, irônica, triste e cheia de sentido. Foi classificado pelo conselho editorial da Modern Library como um dos 20 melhores romances em língua inglesa do século XX. Uma crítica social da mais criativa, inclassificável e atual, da expressão de uma visão de mundo ingênua e desencantada ao mesmo tempo.
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Crônica do pássaro de corda
(Casa das Palavras, 2006)
Toru Okada, um jovem japonês que vive na mais completa normalidade, vê a sua vida transformada após o telefonema anônimo de uma mulher. Começam a aparecer personagens cada vez mais estranhas em seu redor e o real vai degradando-se até se transformar em algo fantasmagórico. A percepção do mundo torna-se mágica, os sonhos invadem a realidade e, pouco a pouco, Toru sente-se impelido a resolver os conflitos que carregou durante toda a sua vida. Crônica do Pássaro de Corda, ao qual foi atribuído o Prêmio Yomiuri, é considerado, por muitos, a obra-prima de Murakami.
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