Pular para o conteúdo principal

Música para Escrever #01 — Sigur Rós, Hammock, Imploding Stars, If These Trees Could Talk e Paint the Sky Red


Escrevi o meu primeiro romance, “oroboro baobá” ao som dos islandeses do Sigur Rós. Escrevi o meu livro de contos “Olhos abertos no escuro” ao som do duo norte-americano Hammock. E, a partir deste post, compilarei o melhor do post-rock para escrever que peneirei na internet.

O espaço entre parênteses, sem título, é grande, devagar e rola lentamente. Alguém agradece as canções de partida e os hinos do esquecimento. Mesmo assim, relembra-se, em dois volumes, de uma série de noites passadas na casa de amigos da escola, quando criança. Uma montanha e uma árvore. Ossos de um mundo moribundo a fritar na floresta vermelha. Acima da Terra, abaixo do céu, nem todos os que vagueiam estão perdidos. Confira o primeiro post da série Música para Escrever, com os melhores sons de post-rock, a alumiar a mente e transcender em palavras.

Reykjavik | Islândia
Site oficial aqui
Facebook aqui
Foto daqui

Melhor disco para escrever

"( )"
(2002)
Ouça aqui

Para continuar escrevendo

"Valtari"
(2012)
Ouça aqui

"Takk..."
(2005)
Ouça aqui

-----------

Nashville | Estados Unidos
Bandcamp aqui
Facebook aqui
Foto daqui

Melhor disco para escrever

"Departure Songs"
(2012)
Ouça aqui

Para continuar escrevendo

"Oblivion Hymns"
(2013)
Ouça aqui

"The Sleepover Series - Volume One"
(2005)
Ouça aqui

"The Sleepover Series - Volume Two"
(2014)
Ouça aqui

-----------

Braga | Portugal
Bandcamp aqui
Facebook aqui
Foto daqui

Melhor disco para escrever

"A Mountain & a Tree"
(2014)
Ouça aqui

-----------

Akron | Estados Unidos
Bandcamp aqui
Facebook aqui
Foto daqui

Melhor disco para escrever

"The Bones of a Dying World"
(2016)
Ouça aqui

Para continuar escrevendo

"Red Forest"
(2012)
Ouça aqui

"Above the Earth, Below the Sky"
(2009)
Ouça aqui

-----------

Singapura
Bandcamp aqui
Facebook aqui
Foto daqui

Melhor disco para escrever

"Not All Who Wonder Are Lost"
(2015)
Ouça aqui

---------


Playlist Música para Escrever #01

Os melhores temas da primeira edição da série “Música para Escrever”, com a banda islandesa Sigur Rós, o duo norte-americano Hammock, a banda norte-americana If These Trees Could Talk, a portuguesa Imploding Stars e a singapurense Paint The Sky Red. Os melhores sons de post-rock para inspirar a imaginação e criar o clima propício de introspecção.

Ouça no YouTube aqui

Ouça no Spotify aqui

01) Popplagið [Sigur Rós]

02) Cold Front [Hammock]

03) Ekki múkk [Sigur Rós]

04) Then the Quiet Explosion [Hammock]

05) Dauðalogn [Sigur Rós]

06) A Mountain and a Tree [Imploding Stars]

07) The Giving Tree [If These Trees Could Talk]

08) Victory [Paint The Sky Red]

09) Gong [Sigur Rós]

10) Tape Recorder [Hammock]

11) Beyond the Horizon [Imploding Stars]

12) Earth Crawler [If These Trees Could Talk]

13) The Happy Ending is You [Paint The Sky Red]

14) Dauðalagið [Sigur Rós]

15) Moon Through the Branches [Hammock]

16) Awaken Forest [Imploding Stars]

17) Berlin [If These Trees Could Talk]

18) A Billet Doux [Paint The Sky Red]

19) A Sunlit Absence [Hammock]

20) Earthquake [Imploding Stars]

21) One Sky Above Us [If These Trees Could Talk]

22) To Everness [Paint The Sky Red]

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seleta: R.E.M.

Foto: Chris Bilheimer A “ Seleta: R.E.M. ” destaca as 110 músicas que mais gosto da banda norte-americana presentes em 15 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Out of Time ”, “ Reveal ”, “ Automatic for the People ”, “ Up ” e “ Monster ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 15 álbuns participantes desta Seleta 01) Losing My Religion [Out of Time, 1991] 02) I'll Take the Rain [Reveal, 2001] 03) Daysleeper [Up, 1998] 04) Imitation of Life [Reveal, 2001] 05) Half a World Away [Out of Time, 1991] 06) Everybody Hurts [Automatic for the People, 1992] 07) Country Feedback [Out of Time, 1991] 08) Strange Currencies [Monster, 1994] 09) All the Way to Reno (You're Gonna Be a Star) [Reveal, 2001] 10) Bittersweet Me [New Adventures in Hi-Fi, 1996] 11) Texarkana [Out of Time, 1991] 12) The One I Love [Document, 1987] 13) So. Central Rain (I'm Sorry) [Reckoning, 1984] 14) Swan Swan H [Lifes Rich Pageant, 1986] 15) Drive [Automatic for the People, 1992]...

Dez passagens de Clarice Lispector no livro Laços de família

Clarice Lispector (foto daqui ) “A mãe dele estava nesse instante enrolando os cabelos em frente ao espelho do banheiro, e lembrou-se do que uma cozinheira lhe contara do tempo do orfanato. Não tendo boneca com que brincar, e a maternidade já pulsando terrível no coração das órfãs, as meninas sabidas haviam escondido da freira a morte de uma das garotas. Guardaram o cadáver no armário até a freira sair, e brincaram com a menina morta, deram-lhe banhos e comidinhas, puseram-na de castigo somente para depois poder beijá-la, consolando-a. Disso a mãe se lembrou no banheiro, e abaixou mãos pensas, cheias de grampos. E considerou a cruel necessidade de amar. Considerou a malignidade de nosso desejo de ser feliz. Considerou a ferocidade com que queremos brincar. E o número de vezes em que mataremos por amor. Então olhou para o filho esperto como se olhasse para um perigoso estranho. E teve horror da própria alma que, mais que seu corpo, havia engendrado aquele ser apto à vida e à felici...

Dez passagens de Jorge Amado no romance Capitães da Areia

Jorge Amado “[Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava ‘meu padrinho’ e que o surrava. Fugiu logo que pôde compreender que a fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a mão que passe sobre os seus olhos e faça com que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A...