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Composições de Emmanuel Mirdad: My Heart is an Actor


Single que apresenta o som “psychedelic roots progressive reggae” do Orange Roots e abre o álbum de estreia “Fluid” (Surforeggae Sound System Brazil, 2019), destaque para a guitarra “violoncelo psicodélico” de Átila Santtana, que conduz a atmosfera de música “para surfar do nascer ao pôr do sol”, com a cadência manhosa da bateria de Iuri Carvalho e o baixo de Fabrício Mota, e os vocais de veludo do cantor Jahgun. A letra versa sobre uma entidade que não se vincula, seduz, atua e questiona: “Quem entenderá a verdade?”.


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My Heart is an Actor
(Emmanuel Mirdad)
BR-N1I-15-00001

My heart is an actor
Who will get to defend it?
Sometimes it’s present yet so far
Sometimes it’s present and a pretender
Who will understand the truth?

My heart is an actor
What it searches for is a lie
Try to undo the union
Keep beating as a show
What passion will it act for?

My heart is an actor
Learned to cry very early
As the crowd cried out for proof
Tried to be straight, but
What would tears be without lies?

Faixa 01 – Orange Roots – Fluid (2019) | Composta por Emmanuel Mirdad | Produzida por Emmanuel Mirdad & Átila Santtana | Jahgun – voz | Átila Santtana – guitarra, hammond & violão | Iuri Carvalho – bateria | Fabrício Mota – baixo | Gravado por Átila Santtana no seu home studio & Tadeu Mascarenhas no Estúdio Casa das Máquinas, Salvador, Bahia, Brasil | Mixado e masterizado por Tadeu Mascarenhas no Casa das Máquinas | Arte: Max Fonseca | Foto: Karim Saafir

Composta por Emmanuel Mirdad entre setembro e outubro de 2000.

Letra em português de julho de 2000.

Curiosidades:

– O nome original de “My Heart is an Actor” era “What Would Be Tears Without Lies?”, com erro mesmo – o correto seria “What Would Tears Be Without Lies?”.

– “My Heart is an Actor” fez parte do primeiro repertório da banda Orange Poem, primeiro como reggae (incomum para uma banda de rock psicodélico), depois como punk rock, por fim, como reggae + punk, mas foi engavetada ainda em agosto de 2001 – mas foi tocada como diversão em dois ensaios, em 2002 e 2004.

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