“Olhos abertos no escuro”
(Via Litterarum, 2016)
Emmanuel Mirdad
ISBN: 978-85-81511-21-4
30 contos | 268 pg
Foto da capa: Sarah Fernandes
“Olhos abertos no escuro” apresenta uma constelação de personagens complexos, situações extremas, solidão, romance, ironia e prosa poética. Plural, ácido e reflexivo, contém 30 contos, que podem ser divididos em três linhagens: 1) reflexivos e poéticos; 2) sobre relações afetivas; 3) literatura policial. Para Carlos Barbosa, que assina o posfácio, são pontuados por “amor e traição, bebidas e drogas, insegurança e solidão, tédio e indignação, sarro e revolta, sexo e medo – coisas da nossa contemporaneidade difusa e obscena”. Para Victor Mascarenhas, que assina a orelha, o livro é “uma coleção de contos que apresenta uma plêiade de personagens que vagueiam por aí, levando sua escuridão particular a qualquer hora do dia e da noite, assombrando e tirando o sono dos incautos leitores”.
ISBN: 978-85-81511-21-4
30 contos | 268 pg
Foto da capa: Sarah Fernandes
“Olhos abertos no escuro” apresenta uma constelação de personagens complexos, situações extremas, solidão, romance, ironia e prosa poética. Plural, ácido e reflexivo, contém 30 contos, que podem ser divididos em três linhagens: 1) reflexivos e poéticos; 2) sobre relações afetivas; 3) literatura policial. Para Carlos Barbosa, que assina o posfácio, são pontuados por “amor e traição, bebidas e drogas, insegurança e solidão, tédio e indignação, sarro e revolta, sexo e medo – coisas da nossa contemporaneidade difusa e obscena”. Para Victor Mascarenhas, que assina a orelha, o livro é “uma coleção de contos que apresenta uma plêiade de personagens que vagueiam por aí, levando sua escuridão particular a qualquer hora do dia e da noite, assombrando e tirando o sono dos incautos leitores”.
Em “Botox”, o autor faz um mergulho no mundo das aparências, revelando tramas traiçoeiras que promovem ascensão e ruína social. Já no psicodélico e surreal “Alucinação”, uma peça de dominó escapole do tabuleiro para o nosso mundo, indignada pela morte do seu amor: Rita, a bucha de sena. Em “Pássaros deliram”, o delegado Mauro caça o psicopata Monstro, prolífico no intento de exterminar a humanidade.
“Deserto poema” traz as decepções do consagrado professor Belizário com a literatura. “Cinzas” retrata os seis dias de Carnaval de uma mãe solteira, com duas filhas pequenas. Em “O barão do cagaço”, acompanhamos a paranoia de um medíocre solitário que acabou de ganhar sozinho na loteria e não sabe o que fazer, e em “Absoluto”, a destruição progressiva de Madá por conta de uma paixão obsessiva. No sensível “Formigas”, o velho pai, doente e fraco, observa a sua filha, à beira de um riacho, frágil e trágica. Em “Amante”, as peripécias de um ser atende às necessidades sexuais de diversas mulheres e em “O Reino”, um conquistador barato foge para a Chapada e confronta um adversário mais viril e poderoso: dois falos de pedra maciça encantada, brotados da terra, o mistério do sertão-montanha.
O título da obra foi retirado de uma passagem do conto “Gravidade”, do escritor Mayrant Gallo, para quem Mirdad dedica o livro, com uma epígrafe dele abrindo cada um dos seus 30 contos.
Crítica da booktuber Rita Araújo aqui
“Despedaço” no Tribuna Cultural aqui
Release aqui
Fotos do lançamento aqui
Orelha de Victor Mascarenhas aqui
Posfácio de Carlos Barbosa aqui
Epígrafe e Dedicatória aqui
Origem do título aqui
Sobre a conclusão do original aqui
Sobre a conclusão da escrita do livro aqui
Sobre a conclusão da escrita da primeira versão do livro aqui
Índice com sinopse:
“Absoluto”
A assessora de imprensa Madá esbagaça a sua vida por conta de uma obsessão tresloucada pelo misterioso mímico de rua Absoluto, sem palavras, só gestos.
“Impermanência”
“Impermanência”
Dois amigos conversam sobre a transitoriedade da vida — todos, sem exceção, passam.
“Qualquer um”
“Qualquer um”
Qualquer um volta pra casa, depois do trabalho, e percebe que é só mais um medíocre solitário na multidão de medíocres, que vai morrer só e o seu legado é tão pífio que rapidamente será esquecido, por qualquer um.
“Ela não quis”
“Ela não quis”
Manuela, estudante. Davi, médico. Colegas de natação. Da sedução matreira da garota à proposta arriscada e cretina.
“Formigas”
“Formigas”
O velho pai, doente e fraco, observa a sua filha, nobre e ilustre, laureada de prêmios e acúmulos de títulos, que está surpreendentemente frágil, à beira de um riacho, trágica.
“Que seja duro enquanto sempre”
“Que seja duro enquanto sempre”
O amigo sensato se encontra com o amigo de coração partido num bar de ponta de esquina. O acaso faz tocar a canção Por enquanto, na voz de Cássia Eller.
“Ingênio”
“Ingênio”
Um astro da música brasileira rememora a sua importância para o público e imprensa, remexe as suas lembranças contraditórias e assume o fracasso de ser apenas uma caricatura "genial" que a sua carreira forjou no imaginário popular.
“Sereno aceitar”
“Sereno aceitar”
Um solitário porteiro leva uma vida repetitiva e ordinária, até que um par de sapatos vermelhos importados provoca o fatal alumbramento repentino, forjando o mito do bacana em quem nunca deixou de ser medíocre — embora que ambos sejam ordinários, ao fim.
“Alucinação”
“Alucinação”
Mataram a Rita! E uma das peças, apaixonada pela bucha de sena, irrita-se com a jogada tonta que vitimou a sua musa, e escapole do tabuleiro de dominó, iniciando a saga surreal da alucinação.
“Botox”
“Botox”
A empresária Marília, influente, estrategista, sagaz e bem-sucedida, dona da grife mais valorizada, enfrenta o inimigo implacável: uma doença terminal, repentina e voraz.
“Despedaço”
“Despedaço”
Um profissional, por conta do acaso, se fascina pelo pôr do sol. Outro, caminha pela areia da praia, de terno, desolado. Encontram-se, desabados. O que há de comum além da dor e da redenção?
“Selvagem”
“Selvagem”
Moreno, armado com uma garrafa de água mineral, enfrenta uma barata cascuda na cozinha. Mas ela insiste em não morrer.
“Derrame”
“Derrame”
O romântico nunca deixou de amar as mulheres que um dia declarou o seu amor libertário. De encontro em desencontro, o encanto de uma nova tentativa a livrá-lo dos desencantos da ilusão faminta, da reles possessão desesperada.
“Maestro”
“Maestro”
O mendigo Maestro, bem-humorado e carismático pensador, morador da calçada do açougue, é assediado para disputar as eleições, candidato-fantoche da vez.
“Deserto poema”
“Deserto poema”
As decepções do professor Belizário com a literatura e o encontro de um zumbi telepático, que oferece lições filosóficas a anjos e transeuntes carnais, com a empresária Aisha, cuja especialidade é faturar em cima de mitos burgueses.
“Como uma pedra”
“Como uma pedra”
O marido descobre a traição da esposa e resume a sua mediocridade enquanto homem na obsessiva pergunta, a única que lhe interessa: "Vocês transaram?"
“Vingança”
“Vingança”
O cadeirante espreita o gigante, munido de pólvora e chumbo, degustando pacientemente o prato cruel da vingança.
“Brutalistas”
“Brutalistas”
Para-raios de malucos brutalistas: Cristal, Thiago, Andrômeda, Tavinho, Moloko Veloz, Mestre Ganja, Fuça-fuça, Peripinho, Xica, Virussapiens, Fantasma Comparsa, Carrapatos Suspensos, Mendigos Cheirosos e I’m tired, todos girando no balão frágil.
“O barão do cagaço”
“O barão do cagaço”
Um medíocre solitário ganha sozinho o prêmio de 47 milhões de reais. E, na noite da revelação, vai da euforia incontrolável à paranoia suprema. O que fazer? Quem procurar? Em quem confiar? Onde guardar o papelzinho de merda, única prova que dará acesso à vida de luxo e ostentação?
“Cinzas”
“Cinzas”
Os seis dias de Carnaval de uma mãe solteira, duas filhas pequenas, entre a arrochada de camisola no corredor do hotel para um strip-tease via Skype a uma fossa regrada ao brilhante esmagamento do indivíduo pelo Estado no filme Leviatã.
“A farsa”
“A farsa”
Ele é um grande canalha que finge estar só. Ela é uma atriz que pergunta o que nunca poderá compreender. Não existe “nós” no “eu te amo”.
“Pássaros deliram”
“Pássaros deliram”
O delegado Mauro caça o Monstro, um psicopata abominável, prolífico em sua matança desenfreada, e uma esfinge extremista: não deixa pistas, impressões digitais e o intento de exterminar a humanidade.
“Play it again, Sam”
“Play it again, Sam”
Um pequenino exemplo da diferença no tratamento da opinião pública quando se trata de uma assassina negra e o desencanto do matador de aluguel Claudinho Tamagotchi.
“Sem dó”
“Sem dó”
Uma mulher disposta ao matriarcado que não consegue arrumar um companheiro.
“Farfalla Solar”
“Farfalla Solar”
A borboleta da carne e cor do sol é uma musa que flutua e embasbaca o pobre homem da carne e cor do sol.
“Adonias Chumbo”
“Adonias Chumbo”
Um policial corrupto e o seu rolezinho aditivado para vingar o cunhado Pedra 90 e salvar a deputada caô, sequestrada por quatro esfomeados canalhas.
“Fraseando”
“Fraseando”
Uma patrulheira de redes sociais destila a sua inveja em posts corretinhos.
“Hoje é sexta-feira 13”
“Hoje é sexta-feira 13”
Um homem se torna extremamente sortudo no suposto dia do azar. Demais?
“Amante”
“Amante”
As peripécias de um ser que atende às necessidades sexuais de diversas mulheres, cada uma com um motivo distinto que justifica a traição.
“O Reino”
“O Reino”
O conquistador confronta um adversário mais viril e poderoso: os falos de pedra maciça da mãe Gaia. As “preda’ encantadas do sertão-montanha do Reino!
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