Pular para o conteúdo principal

Composições de Emmanuel Mirdad: 8/8/88


Primeira faixa que destaca o piano na Orange Poem, representa bem sua face progressiva, em três atos: revelação (psicodelia com piano, guitarras e baixo), introspecção (piano e voz em tom menor) e elevação (piano, voz, sanfona e guitarra portuguesa em tom maior, alegre). Destaque para o sentimento do piano de Tadeu Mascarenhas e a bela interpretação do cantor Teago Oliveira. Os versos de Emmanuel Mirdad trazem a urgência da juventude em viver o máximo que puder, enquanto o tempo não traz o envelhecimento inevitável.



Ouça no YouTube aqui


Ouça no Spotify aqui



Ouça no YouTube Music aqui


Ouça no Soundcloud aqui


Ouça no Deezer aqui


Ouça na Apple Music aqui


8/8/88
(Emmanuel Mirdad)
BR-N1I-14-00017

Have as much sex as your breath stands
It's not allowed to be immoral, but it's nice destroying the forbidden
To be dangerous is fun and hurting ethics is fame
People underneath their masks really like this
Everybody would like to fill their veins at least in one day of fury

Death is the door right next to the room
And you drown in demands, think you’re imperfect
Damn the gossips, moral and logic
The fear is being a puppet of foolish’s satisfaction
Who in this world of mistakes is free from accepting flaws?

How I’d like to be the lord of the clocks
Control the time and make it life, not death
Happiness with no consequence, sex and wine
A getting old of mundane discoveries with no punishment
Changing life into blast
And death in silence, just that,
Oh young poet’s song!


Faixa 01 - EP Crowd (2014) | Faixa 09 - Orange Poem (2021) | Composta e Produzida por Emmanuel Mirdad | Teago Oliveira - voz | Tadeu Mascarenhas - piano, guitarra portuguesa e sanfona | Marcus Zanom - guitarra | Fábio Vilas-Boas - guitarra | Artur Paranhos - baixo | Gravado, mixado e masterizado por Tadeu Mascarenhas no Casa das Máquinas, Salvador-BA | Encarte EP Crowd: Glauber Guimarães | Capa 2021: Meriç Dağlı (foto) e Emmanuel Mirdad (design)


Composta por Emmanuel Mirdad em 22/11/2005.

Letra original das canções de Emmanuel Mirdad: "Dez Anos no Túnel" de 8/8/1998; "Senhor dos Relógios", de setembro de 1998; e "Young Poet's Song", de 07/05/2001, 26/03/2002 e 04/12/2003.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dez passagens de Clarice Lispector nas cartas dos anos 1950 (parte 1)

Clarice Lispector (foto daqui ) “O outono aqui está muito bonito e o frio já está chegando. Parei uns tempos de trabalhar no livro [‘A maçã no escuro’] mas um dia desses recomeçarei. Tenho a impressão penosa de que me repito em cada livro com a obstinação de quem bate na mesma porta que não quer se abrir. Aliás minha impressão é mais geral ainda: tenho a impressão de que falo muito e que digo sempre as mesmas coisas, com o que eu devo chatear muito os ouvintes que por gentileza e carinho aguentam...” “Alô Fernando [Sabino], estou escrevendo pra você mas também não tenho nada o que dizer. Acho que é assim que pouco a pouco os velhos honestos terminam por não dizer nada. Mas o engraçado é que não tendo absolutamente nada o que dizer, dá uma vontade enorme de dizer. O quê? (...) E assim é que, por não ter absolutamente nada o que dizer, até livro já escrevi, e você também. Até que a dignidade do silêncio venha, o que é frase muito bonitinha e me emociona civicamente.”  “(...) O dinheiro s

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão

Dez poemas de Carlos Drummond de Andrade no livro A rosa do povo

Consolo na praia Carlos Drummond de Andrade Vamos, não chores... A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis casa, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humour ? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te — de vez — nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. -------- Desfile Carlos Drummond de Andrade O rosto no travesseiro, escuto o tempo fluindo no mais completo silêncio. Como remédio entornado em camisa de doente; como dedo na penugem de braço de namorada; como vento no cabelo, fluindo: fiquei mais moço. Já não tenho cicatriz. Vejo-me noutra cidade. Sem mar nem derivativo, o corpo era bem pequeno para tanta