Pular para o conteúdo principal

Vamos ouvir: EP Azul Profundo, do Reverendo T e os Discípulos Descrentes

Azul Profundo (2014) - Reverendo T e os Discípulos Descrentes


Para ouvir, clique no player laranja abaixo, à esquerda do nome do artista.



Não consegue visualizar o player? Ouça aqui

Release disponível no soundcloud do artista:

"Azul Profundo é o nome do novo Ep do Reverendo T e os Discípulos Descrentes, nome que faz menção clara à linguagem blueseira que permeia todas as suas canções, mas não pense em blues como algo reducionista e sim como porta de entrada para um mundo experimental, extravagante e amplo de influencias e citações.

Pra começo de conversa a forma particular que o Reverendo tem ao interpretar suas canções só encontra referência em gênios do quilate de Tom Waits e Lou Reed, no Brasil cito o underground Luís Capucho, ou seja, ouvidos destreinados vão estranhar, e muito, o canto falado, declamado e sussurrado que assombra as melodias melancólicas do álbum.

Musicalmente esse álbum difere dos outros por ser calcado nas guitarras, se em outros se deu destaque aos pianos ou bases eletrônicas, nesse a pegada tanto minimalista quanto exuberante das guitarras trazem o clima perfeito (com solos, dedilhados, arpejos e tudo mais que um guitarrista de bom gosto pode oferecer) pra esse que periga ser o melhor sermão do Reverendo T.

Os Discípulos Descrentes estão aqui muito bem representados por Felipe Britto nas guitarras, Jorge Afonso no violão e guitarra e na bateria de Wilson PDM.

Além de composições próprias e parcerias com Felipe Britto, temos uma velha parceria de Jorge Afonso e André Luyz (seu irmão que faleceu em 1983) e uma canção que se tornou hit nacional na voz de Fagner que é da autoria de Clodô e Clésio, e de quebra, como bônus, uma brincadeira com as sonoridades que dominaram os outros lançamentos do Reverendo T e os Discípulos Descrentes, mostrando que não sabemos o que esperar desse visionário e o testemunho que nos será servido em suas próximas aventuras musicais.

Creia sem moderação!"

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seleta: Gipsy Kings

A “ Seleta: Gipsy Kings ” destaca as 90 músicas que mais gosto do grupo cigano, presentes em 14 álbuns (os prediletos são “ Gipsy Kings ”, “ Este Mundo ”, “ Somos Gitanos ” e “ Love & Liberté ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 14 álbuns participantes desta Seleta 01) Un Amor [Gipsy Kings, 1987] 02) Tu Quieres Volver [Gipsy Kings, 1987] 03) Habla Me [Este Mundo, 1991] 04) Como un Silencio [Somos Gitanos, 2001] 05) A Mi Manera (Comme D'Habitude) [Gipsy Kings, 1987] 06) Amor d'Un Dia [Luna de Fuego, 1983] 07) Bem, Bem, Maria [Gipsy Kings, 1987] 08) Baila Me [Este Mundo, 1991] 09) La Dona [Live, 1992] 10) La Quiero [Love & Liberté, 1993] 11) Sin Ella [Este Mundo, 1991] 12) Ciento [Luna de Fuego, 1983] 13) Faena [Gipsy Kings, 1987] 14) Soledad [Roots, 2004] 15) Mi Corazon [Estrellas, 1995] 16) Inspiration [Gipsy Kings, 1987] 17) A Tu Vera [Estrellas, 1995] 18) Djobi Djoba [Gipsy Kings, 1987] 19) Bamboleo [Gipsy Kings, 1987] 20) Volare (Nel

Seleta: Ramones

A “ Seleta: Ramones ” destaca as 154 músicas (algumas dobradas em versões ao vivo) que mais gosto da banda nova-iorquina, presentes em 19 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Ramones ”, “ Loco Live ”, “ Mondo Bizarro ”, “ Road to Ruin ” e “ Rocket to Russia ”). Ouça no Spotify aqui [não tem todas as músicas] Ouça no YouTube aqui Os 19 álbuns participantes desta Seleta 01) The KKK Took My Baby Away [Pleasant Dreams, 1981] 02) Needles and Pins [Road to Ruin, 1978] 03) Poison Heart [Mondo Bizarro, 1992] 04) Pet Sematary [Brain Drain, 1989] 05) Strength to Endure [Mondo Bizarro, 1992] 06) I Wanna be Sedated [Road to Ruin, 1978] 07) It's Gonna Be Alright [Mondo Bizarro, 1992] 08) I Believe in Miracles [Brain Drain, 1989] 09) Out of Time [Acid Eaters, 1993] 10) Questioningly [Road to Ruin, 1978] 11) Blitzkrieg Bop [Ramones, 1976] 12) Rockaway Beach [Rocket to Russia, 1977] 13) Judy is a Punk [Ramones, 1976] 14) Let's Dance [Ramones, 1976] 15) Surfin' Bi

Oito passagens de Conceição Evaristo no livro de contos Olhos d'água

Conceição Evaristo (Foto: Mariana Evaristo) "Tentando se equilibrar sobre a dor e o susto, Salinda contemplou-se no espelho. Sabia que ali encontraria a sua igual, bastava o gesto contemplativo de si mesma. E no lugar da sua face, viu a da outra. Do outro lado, como se verdade fosse, o nítido rosto da amiga surgiu para afirmar a força de um amor entre duas iguais. Mulheres, ambas se pareciam. Altas, negras e com dezenas de dreads a lhes enfeitar a cabeça. Ambas aves fêmeas, ousadas mergulhadoras na própria profundeza. E a cada vez que uma mergulhava na outra, o suave encontro de suas fendas-mulheres engravidava as duas de prazer. E o que parecia pouco, muito se tornava. O que finito era, se eternizava. E um leve e fugaz beijo na face, sombra rasurada de uma asa amarela de borboleta, se tornava uma certeza, uma presença incrustada nos poros da pele e da memória." "Tantos foram os amores na vida de Luamanda, que sempre um chamava mais um. Aconteceu também a paixão