Pular para o conteúdo principal

Vamos ouvir: House of Tolerance, da banda Cambriana

House of Tolerance (2012), da Cambriana



Não consegue visualizar o player? Ouça aqui

Release da Cambriana, disponível no site da banda:

Cambriana é uma banda de “pop psicodélico” de Goiânia, Goiás, inspirada por artistas como Brian Eno, The Kinks, Grizzly Bear, Neil Young, Radiohead, entre outros.

Luis Calil (vocal) iniciou o processo de criação do álbum de estreia da banda, House of Tolerance, no fim de 2010, com ajuda via internet de um amigo de Brasília, Wanderson Meireles, nas composições, e apoio de Rafael Morihisa e Israel Santiago (guitarristas) nas gravações.

Um ano depois, o álbum - gravado, produzido e mixado pela própria banda, sem qualquer ajuda externa - foi disponibilizado na internet, no dia 27 de Janeiro de 2012. Ele se espalhou rapidamente pelas redes sociais, e foi elogiado por praticamente todos os sites de música alternativa do Brasil (como Move That Jukebox, Rock In Press, Rock ‘n’ Beats, Meio Desligado, Miojo Indie, etc).

Em poucos meses, a banda já contava com milhares de seguidores no Facebook e Twitter, dezenas de milhares de downloads, e centenas de milhares de acessos no YouTube. Convites de shows levaram a banda a completar sua formação ao vivo com Pedro Falcão (baixo), Heloísa Cassimiro (bateria) e Wassily Brasil (teclado).

Ao longo de 2012, a banda se apresentou em várias cidades de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, e Brasília. O grupo também tocou em grandes festivais como o Vaca Amarela, em Goiânia (ao lado do Móveis Coloniais de Acaju e Black Drawing Chalks), e o Canto da Primavera, em Pirenópolis, onde dividiu o palco com artistas como o Otto, Marcelo Jeneci, Criolo e Milton Nascimento.

Em Setembro, saiu o primeiro clipe, da música The Sad Facts (que rapidamente alcançou mais de 30 mil acessos), e o lançamento da versão física de House of Tolerance, pelo selo Fósforo Cultural. A banda, no entanto, já estava no segundo mês do processo de criação de um novo EP, que viria a ser lançado no início de 2013.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seleta: R.E.M.

Foto: Chris Bilheimer A “ Seleta: R.E.M. ” destaca as 110 músicas que mais gosto da banda norte-americana presentes em 15 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Out of Time ”, “ Reveal ”, “ Automatic for the People ”, “ Up ” e “ Monster ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 15 álbuns participantes desta Seleta 01) Losing My Religion [Out of Time, 1991] 02) I'll Take the Rain [Reveal, 2001] 03) Daysleeper [Up, 1998] 04) Imitation of Life [Reveal, 2001] 05) Half a World Away [Out of Time, 1991] 06) Everybody Hurts [Automatic for the People, 1992] 07) Country Feedback [Out of Time, 1991] 08) Strange Currencies [Monster, 1994] 09) All the Way to Reno (You're Gonna Be a Star) [Reveal, 2001] 10) Bittersweet Me [New Adventures in Hi-Fi, 1996] 11) Texarkana [Out of Time, 1991] 12) The One I Love [Document, 1987] 13) So. Central Rain (I'm Sorry) [Reckoning, 1984] 14) Swan Swan H [Lifes Rich Pageant, 1986] 15) Drive [Automatic for the People, 1992]...

Dez passagens de Clarice Lispector no livro Laços de família

Clarice Lispector (foto daqui ) “A mãe dele estava nesse instante enrolando os cabelos em frente ao espelho do banheiro, e lembrou-se do que uma cozinheira lhe contara do tempo do orfanato. Não tendo boneca com que brincar, e a maternidade já pulsando terrível no coração das órfãs, as meninas sabidas haviam escondido da freira a morte de uma das garotas. Guardaram o cadáver no armário até a freira sair, e brincaram com a menina morta, deram-lhe banhos e comidinhas, puseram-na de castigo somente para depois poder beijá-la, consolando-a. Disso a mãe se lembrou no banheiro, e abaixou mãos pensas, cheias de grampos. E considerou a cruel necessidade de amar. Considerou a malignidade de nosso desejo de ser feliz. Considerou a ferocidade com que queremos brincar. E o número de vezes em que mataremos por amor. Então olhou para o filho esperto como se olhasse para um perigoso estranho. E teve horror da própria alma que, mais que seu corpo, havia engendrado aquele ser apto à vida e à felici...

Dez passagens de Jorge Amado no romance Capitães da Areia

Jorge Amado “[Sem-Pernas] queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos (talvez tivessem sido apenas meses ou semanas, mas para ele seriam sempre longos anos) que vivera sozinho nas ruas da cidade, hostilizado pelos homens que passavam, empurrado pelos guardas, surrado pelos moleques maiores. Nunca tivera família. Vivera na casa de um padeiro a quem chamava ‘meu padrinho’ e que o surrava. Fugiu logo que pôde compreender que a fuga o libertaria. Sofreu fome, um dia levaram-no preso. Ele quer um carinho, u’a mão que passe sobre os seus olhos e faça com que ele possa se esquecer daquela noite na cadeia, quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas de dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A...