Pular para o conteúdo principal

Epígrafes de Ruy Espinheira Filho — Parte 01

Ruy Espinheira Filho
Foto: Ricardo Prado (interferida por Mirdad)


“Mais pleno é o perdido, pois o resto ainda não se cumpriu”

--------

“No banco do jardim o silêncio monta guarda à nossa ausência”

--------

“Com o tempo, só os mortos sobrevivem”

--------

“Quando manifesto meu desejo maior e mais sábio, chegou a hora de cessar o efêmero”

--------

“Para onde vamos é sempre ontem. Como de onde fugimos é sempre amanhã”

--------

“O difícil é aguentar até que a morte chegue. Suportar, por exemplo, a memória do teu corpo”

--------

“Só o Tempo chegamos a conhecer: no espelho se revela, nos ossos, na memória”

--------

“O deserto. Logo verás como é vasto. Ainda mais que o mar; e ainda mais que tudo; tão longo e largo e profundo; composto pelo abismo que há entre o homem e o homem”

--------

“É, cada vez mais, a cidade dos mortos”

--------

“Jamais poderíamos crer se não houvessem deixado certas coisas gravadas em pedra e palavra”

--------

“Caminho de volta – mas há outra noite oculta na noite”

--------

“A vasta e vaga morte, esse outro sonho, não é só outro sonho: é a mais remota ilha de ouro a que nossa derrota nos leva, inexorável, sonho a sonho”


Todas as epígrafes sugeridas acima estão presentes no volume Estação Infinita e outras estações (Bertrand Brasil, 2012), de Ruy Espinheira Filho, retiradas dos poemas A sarça, o vento, a chama; No banco do jardim; Aqui, antes da noite; 70 anos; Destino e fuga; Poema de novembro; Poema para Mario; Poema para Matilde; Os mortos; Dádivas; A janela no espaço e Blind Borges, respectivamente.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Seleta: R.E.M.

Foto: Chris Bilheimer A “ Seleta: R.E.M. ” destaca as 110 músicas que mais gosto da banda norte-americana presentes em 15 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Out of Time ”, “ Reveal ”, “ Automatic for the People ”, “ Up ” e “ Monster ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 15 álbuns participantes desta Seleta 01) Losing My Religion [Out of Time, 1991] 02) I'll Take the Rain [Reveal, 2001] 03) Daysleeper [Up, 1998] 04) Imitation of Life [Reveal, 2001] 05) Half a World Away [Out of Time, 1991] 06) Everybody Hurts [Automatic for the People, 1992] 07) Country Feedback [Out of Time, 1991] 08) Strange Currencies [Monster, 1994] 09) All the Way to Reno (You're Gonna Be a Star) [Reveal, 2001] 10) Bittersweet Me [New Adventures in Hi-Fi, 1996] 11) Texarkana [Out of Time, 1991] 12) The One I Love [Document, 1987] 13) So. Central Rain (I'm Sorry) [Reckoning, 1984] 14) Swan Swan H [Lifes Rich Pageant, 1986] 15) Drive [Automatic for the People, 1992]...

Seleta: Nirvana

A “ Seleta: Nirvana ” destaca as 80 músicas que mais gosto da banda norte-americana (entre covers e autorais), presentes em 12 álbuns da sua discografia (os prediletos são “ Nevermind ”, “ MTV Unplugged in New York ” e “ In Utero ”). Ouça no Spotify aqui Ouça no YouTube aqui Os 12 álbuns participantes desta Seleta 01) Lake of Fire [MTV Unplugged in New York, 1994] 02) Where Did You Sleep Last Night [MTV Unplugged in New York, 1994] 03) The Man Who Sold the World [MTV Unplugged in New York, 1994] 04) Heart-Shaped Box [In Utero, 1993] 05) Come as You Are [Nevermind, 1991] 06) Smells Like Teen Spirit [Nevermind, 1991] 07) Drain You [Nevermind, 1991] 08) Lithium [Nevermind, 1991] 09) In Bloom [Nevermind, 1991] 10) Plateau [MTV Unplugged in New York, 1994] 11) Oh Me [MTV Unplugged in New York, 1994] 12) Jesus Doesn't Want Me for a Sunbeam [MTV Unplugged in New York, 1994] 13) Something in the Way [Nevermind, 1991] 14) You Know You're Right [Nirvana, 2002] 15) Rape Me ...

Dez passagens de Clarice Lispector no livro Laços de família

Clarice Lispector (foto daqui ) “A mãe dele estava nesse instante enrolando os cabelos em frente ao espelho do banheiro, e lembrou-se do que uma cozinheira lhe contara do tempo do orfanato. Não tendo boneca com que brincar, e a maternidade já pulsando terrível no coração das órfãs, as meninas sabidas haviam escondido da freira a morte de uma das garotas. Guardaram o cadáver no armário até a freira sair, e brincaram com a menina morta, deram-lhe banhos e comidinhas, puseram-na de castigo somente para depois poder beijá-la, consolando-a. Disso a mãe se lembrou no banheiro, e abaixou mãos pensas, cheias de grampos. E considerou a cruel necessidade de amar. Considerou a malignidade de nosso desejo de ser feliz. Considerou a ferocidade com que queremos brincar. E o número de vezes em que mataremos por amor. Então olhou para o filho esperto como se olhasse para um perigoso estranho. E teve horror da própria alma que, mais que seu corpo, havia engendrado aquele ser apto à vida e à felici...