Ruy Espinheira Filho
Foto: Ricardo Prado (interferida por Mirdad)
“Mais pleno é o perdido, pois o resto ainda não se cumpriu”
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“No banco do jardim o silêncio monta guarda à nossa ausência”
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“Com o tempo, só os mortos sobrevivem”
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“Quando manifesto meu desejo maior e mais sábio, chegou a hora de cessar o efêmero”
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“Para onde vamos é sempre ontem. Como de onde fugimos é sempre amanhã”
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“O difícil é aguentar até que a morte chegue. Suportar, por exemplo, a memória do teu corpo”
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“Só o Tempo chegamos a conhecer: no espelho se revela, nos ossos, na memória”
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“O deserto. Logo verás como é vasto. Ainda mais que o mar; e ainda mais que tudo; tão longo e largo e profundo; composto pelo abismo que há entre o homem e o homem”
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“É, cada vez mais, a cidade dos mortos”
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“Jamais poderíamos crer se não houvessem deixado certas coisas gravadas em pedra e palavra”
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“Caminho de volta – mas há outra noite oculta na noite”
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“A vasta e vaga morte, esse outro sonho, não é só outro sonho: é a mais remota ilha de ouro a que nossa derrota nos leva, inexorável, sonho a sonho”
Todas as epígrafes sugeridas acima estão presentes no volume Estação Infinita e outras estações (Bertrand Brasil, 2012), de Ruy Espinheira Filho, retiradas dos poemas A sarça, o vento, a chama; No banco do jardim; Aqui, antes da noite; 70 anos; Destino e fuga; Poema de novembro; Poema para Mario; Poema para Matilde; Os mortos; Dádivas; A janela no espaço e Blind Borges, respectivamente.
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